30.9.07

As Marcianas, o Hominho e o vestido prata

Graças a Deus eu não comprei o vestidinho prata! Glória Jesus. Passei o fim de tarde de domingo trabalhando E vendo - pela TV - o glamuroso show com As Marcianas, em comemoração ao aniversário de uma emissora de TV ligada a universidade de Shark city. Foi um dia legal, cheio de apresentações de artistas locais, bastante populares, e o povão adorou, pôs roupa domingueira e veio prestigiar. Massa.
A questão é As Marcianas. Cara, quando eu era criança elas já existiam há tempos. Aí fui descobrir que a dupla é renovada de tempos em tempos. Só que agora há uma disparidade grande: uma marciana já deve estar dobrando o cabo da boa esperança dos 50, e a outra ainda tá gata, 30 e tantos. Magra, e tals. A cinquentona, ai, coxas meeeega volumosas, eu sou uma sílfide perto dela. Barriguinha sexxxy. As moças, claro, como toda dupla sertaneja, foram vestidinhas de par de vaso. E agora vem meu momento de alívio máximo: as fofas se exibiam em puro lamê PRATEADO. Curtíssimos, ajustados na barriguim. O povo lá de baixo deve ter tido uma visão privilegiada de suas partes pudentas - principalmente as partes pudentas da véia mais "robusta", por assim dizer.


Aí que no sábado eu finalmente comprei meu vestidim pra ir pro casório da Grasi. Fiquei entre duas peças fofas e baratinhas, um dourado e um PRATEADO. Tá, já dá pra imaginar que eu vou de golden girl pro festerê, né? Glória, Jesus.

E PÁRA TUDOOO!!!!!!! Quem acompanha o blog e as historietas fantásticas de Madame Louise já leu a respeito de seu humilde serviçal, o Hominho. E adivinha quem tava SE REQUEBRANDO na frente do palco das Marcianas, gritando uhu, braços pra cima, feliz da vida? SIMMM, o HOMINHO, eu tô vendo ele pela TV agorinha mesmo! Ah, o que é a alegria de viver, não é mesmo, minha gente? Hominho agora esticou o braço esquerdo e pôs a mão direita no peito, simulando estar dançando acompanhado. Desceu até o chão. Alguém me socorre, pelamor... "Vou te amarrar na minha caaaaaama, só pra fazer amor comiiiiigo...".

P.S.: Não agüentei e fui ver na
Wiki, saca só (copiado e colado, itens alterados em itálico): As Marcianas é uma dupla sertaneja brasileira que surgiu na década de 1980 e tem como uma das integrantes Celina Santangelo, filha do cantor João Mineiro (acho que esta deve ser o açougue ambulante). Conquistou o público brasileiro devido ao estilo romântico e... (atenção agora) ÀS ROUPAS SENSUAIS (caixa alta é por minha conta). Ganhou vários troféus e prêmios, entre eles alguns discos de ouro e até mesmo de platina. Sempre comparecendo em programas de televisão, teve como grande sucesso Vou te amarrar na minha cama, de 1992. Celina integra a dupla ao lado de sua amiga, Adriana, e ambas curtem a natureza quando não estão trabalhando (Cuén?).





Viu? Graças a Deus que eu não comprei o vestido prata (crédito da fotinho: Lougs D.)

27.9.07

Vive la fête

Madame levou alguns minutos para abrir as portas da mansão, quando nos anunciamos. Por alguma razão desconhecida, imaginou ela que, ao invés dos reles mortais Cíntia e Caetano, recebia a visita de Fabiana e Geraldo, estimados sobrinhos que costumam bater em sua porta eventualmente. "Se, ao invés de vocês, fossem eles, aí eu deveria preparar melhor o ambiente", disse, preocupada com o bom nível e a estirpe do casal de irmãos. Conosco, no entanto, beiju com cafezinho já bastam.
Bastante receptiva, Madame Louise cumprimentou-nos, como de praxe, com duas suaves bitocas nas bochechas, envolvendo-nos numa suave nuvem de seu perfume predileto, Chanel nº 5. Sugeriu que sentássemos nas poltronas do living room e iniciou uma de suas história pra lá de agradáveis - no entanto, o relato foi iniciado sem uma introdução.
"Então, quando cheguei foi uma festa, tava todo mundo lá. Gente que eu não via fazia... o que? Mais de 20 anos, boba!", exclamava, ela mesma admirada da dimensão do tempo. Na "festa" de Madame muita coisa boa rolou, muita fofoca quente foi posta em dia, muita gente pode se reencontrar após anos a fio. Entre croquetes e bolinhas de queixo, além de muito cafezinho recém-passado, tios, sobrinhos, primos e agregados resgataram historietas do Arco da Velha, riram a valer, divertiram-se como nunca.
"A minha paixão* foi ter perdido o Ogeno. Ah, o Ogeno... ele baba. Mas é bom da cabeça, trabalha num banco. O Ogeno casou com uma japonesa, ela morreu. Agora tá viúvo. Todo mundo viu, menos eu, tinha saído aquela horinha!", lamentava madame, referindo-se a Eugênio, primo que há muitos anos foi residir no Norte catarina.
Animada com tantas novidades simultâneas, tentava eu, em vão, interromper o relato emocionado para perguntar quando tal grandiosa festa havia ocorrido. Muitos minutos depois consegui meu objetivo. "Ah, foi lá no velório do tio Jacó", informou Louise, às gargalhadas, enquanto enfiava na boca mais um pedacinho de rosca.

* paixão, neste caso, é sinônimo de frustração.

26.9.07

Momento celebrities

Ó, eu até não tinha nada contra o arremedo de atriz Daniele Winnitz (eu não sei como se escreve e juro que não vou procurar no google). Aí que a bicha engravida e bléarrrrghhhh, chega a me dar náuseas. Olha só: a brega e a moça do maridón maquiado dela estão espalhando que o filho vai se chamar BENÍCIO, pai amado, Benício só não é pior que Nicanor, pra mim o nome mais feio do mundo. Também estão "divulgando" que a criaturinha foi "feita" em Paris, porque o casal se hospedou lá numa viagem bate-e-volta de fim de semana, num hotelzinho de quinta, ralou a bacurinha e a monstra engravidou. Agora diz que o Benício foi feito na França. Eu mereço. Vou pra Martinica, engravido lá e espalho pra galera. Pelo menos vai ser mais original.

Upgrade: Céus, a ermã Elaine lembrou que BENÍCIO é o nome do filho da ANGÉLICA E DO LUCIANO UGH! Há! E o nome do filho da Winnits (tive que procurar no gógle) ainda não foi devidamente "divulgado". Dá nada. Thanx, Lane!




E circulando pelo óoooootzimo Te dou um dado?, encontro esta foto. Ai, eu nem sei o que dizer...


25.9.07

Cantadas baratas

Coisa mais deprimente na face da Terra é você observar, de camarote, alguém passando uma cantada em alguém. Digo aquelas cantadas inconvenientes, sem local e hora definido, do nada, durante o expediente, por telefone, numa reunião de negócios; e não a cantada adequada, num bar ou no corredor do supermercado, sei lá - porque cantada sempre é bom, minha gente, mas se bem-feita, claro.

Semana passada presenciei uma destas saias justas e quase sucumbi à Vergonha Alheia. Um cara (35 a 40, metido a galã, camisa branca com botões abertos, peito cabeludinho a mostra), que tem cargo relativamente importante num órgão público destes da vida, conversava com uma secretária (que foi rapidamente apelidada de Formiga por nosso obsceno fotógrafo, dado seu farto derriére, like a saúva).


A bunda da moça era grande. De frente a menina era normal, nem gorda, nem magra. Ao se virar, no entanto, exibia extensão de carne das mais grandiosas. A coisa ia espichando pra trás que até dava medo, parecia uma carreta cegonheira.

Whatever, penso que o mocinho funcionário público deva ter gostado do material (ah, eu metido naquelas carnes...). Devo lembrar que obviamente não existia intimidade entre ambos, e conhecendo o mundo masculino como eu conheço (ha!), pude observar que o rapaz certamente percebeu que a cuzuda não exibia um bambolezinho dourado no dedo.
Na hora de lançar a cantada barata, a cara do sujeito se desmancha. Sim. Ele fica com um aspecto meio molóide, meio bobalhão. A voz fica melosa, mais grave, mais baixa, meio que embriagada (senÇual, diriam eles, para si mesmos). O peito infla, a postura torna-se mais ereta e rígida (conotação sexual?), e as mãos... ahhhhh, as mãos.
De uma hora para outra, o funcionário público, que certamente havia feito uma solicitação de qualquer coisa para a bunduda (um copo de água ou um blowjob) agradecia pelos serviços ainda não prestados acariciando-a nas costas. Sua mão ia e vinha, ia e vinha, ia e vinha. Primeiro, exatamente no meio das costas. Depois, os limites foram sendo ultrapassados. No fim, o cara já tava alisando a gata da nuca até o cóccix. Foi quando percebeu meu olhar zombeteiro. Aí parou tudo, estávamos em um lugar público. Mas eu o vi, minutos depois, passando um cartãozinho pra rabuda-girl. E ele TINHA o bambolezinho dourado no dedo...

24.9.07

Regras de etiqueta para o mundo virtual

Ah, a internet e os constrangimentos que tanto nos proporciona... Tá pra nascer o sujeito que, desde os tempos imemoriais do e-mail (épocas em que Zipmail era rei), ainda não tenha pago um bom miquinho enviando mensagem para a pessoa indevida; excluindo aquele mala-sem-alça do messenger sem muito tato; deixando scraps mal-criados e desaforados no Orkut ou, pior, postando fotos comprometedoras e só depois vê-las parar em comunidades como o Vergonha Alheia ou pior, no Kibe Loco.

E se todo mundo tem uma boa gafe internética pra contar, o que dizer de quando somos nós as vítimas desta gafe? Exemplinho: você que tem mais de 50 amigos no site de relacionamentos Orkut e que, paralelo a isso, preza por um texto caprichado e bem escrito já deve ter passado pela saia justa de receber um scrap ou mesmo um depoimento (testimonial) com garatujas digitadas em idioma incompreensível.

O que fazer? Afinal de contas, recusar a homenagem feita pelo coleguinha com quem você cruzou duas ou três vezes na academia ou deletar as honrarias escritas com o suor do rosto da moça que você conhece do balcão da padaria ou da locadora não é nada simpático. Seu contato (desconhecido) de Orkut passou trabalho pensando em você e em suas inúmeras qualidades (as quais, mesmo que raras, ele não teve chance de conhecer) para deixar uma marca em sua página, vista e revista diariamente por tantos e tantos admiradores (assumidos ou mesmo secretos, que a Bina do Orkut não me deixa mentir).

Quer uma dica? Aceite. Aceite e peça praquele amigo metido a poeta e/ou escritor que, em seguida, lhe escreva um mega testemunho (mesmo que falso e forçado, vá lá) para ocultar ou eclipsar o vexame que a sobrinha de 13 anos daquela amiga de colégio ou o filho do porteiro do prédio lhe fez passar. Tudo para manter sua imagem intacta.

Você também pode ser mais cara de pau e dar umas dicas preciosas para os analfabetos funcionais que habitam seu Orkut, condenando os miguxismos e o internetês, por exemplo (o que já seria fantástico).

Modelito - Agora, caso você se enquadre no outro lado da história e escrever uma lista de compras lhe parece um martírio, vamos facilitar-lhe a vida. Simplérrimo. Não sabe escrever, basta seguir o "molde para depoimentos no Orkut". Fácil, rápido, barato e nada cansativo (embora a fórmula já tenha sido desenvolvida e descoberta por 70% dos usuários deste universo paralelo). Assim, ó:
"O que dizer de ________________ (preencher com o nome do homenageado)? Amiga (o) para todas as horas, esta pessoa (aí entra ou o nome, de novo; ou o apelido ou expressões como "criatura" ou "filho da puta") já fez muita festa/ tomou muitos porres/ participou de muitas orgias/ dançou muito na boquinha da garrafa/ qualquer coisa que o homenageado certamente não costuma sair revelando por aí. Cara (ou gata, ou linda, ou bródi), te considero pra caramba. (E pra concluir): Te doluuuuuuuuu!". Viu como é fácil?

21.9.07

Novo bloguinho na área

ÓOOOOOOOOdio mortal de Charlotte C. Porque a bicha abriu blog anteontem e já tem gente deixando comentários mil por lá. Inclusive minha própria IRMÃ, vejam só, que JAMAIS acessa meu blog, quando mais deixar um mísero comentariozinho. Só pode ser puxa-saquismo. Aliás, aos que se interessarem, vão lá, no blog da Carlotinha, the brunette belzebu. Em breve, eu incluo o Pimenta nos meus favoritos, aí do lado. E certamente não deverei esperar por retribuição, não é mesmo?

Hoje fomos a um churrasquinho óóóótzimo da press sharkcitiana, tão bombardeada por mim, esta infiel, nos últimos dias. Tantas e tantas observações engraçadinhas, mas, curiosamente, não me animo, agora, a enquadrá-las aqui. Só posso dizer que foi bonito ver o prefeitinho mais rosado do Sul-catarina vir nos comprimentar, eu, Cíntia, e Micheline Z., todo sorridente, dizendo: "Olá, Jaqueline, olá, Milena!". Desmontei.

20.9.07

"Amiga, sou eu, o Gegê!"


Gente, assim, ó: eu sei que não é nada bonito tripudiar do trabalho, do suor e do esforço alheio; sei também que ninguém é perfeito, todos cometem erros, tropeçam, caem, capitulam diante das adversidades da vida. Sei que todo bom macaco deve olhar para o próprio rabo, e quem sou eu, ora bolas, para apontar meu dedinho petulante às feridas do vizinho? Mas não dá. Desta vez, não dá. E o blog é meu, convenhamos, posso sentar a lenha em quem eu quiser.
Em se tratando de "Jornalismo", eu, como representante da categoria, diplominha guardadinho numa pasta esquecida no canto do armário, posso discordar da linha de pensamento de gente como Clóvis Rossi, Ricardo Kotscho, Mônica Bergamo, Rosana Hermann e Nina Lemos, for example, quando achar necessário. Posso até sentar a lenha em seus respectivos lombos, também pelo caráter público destas celebridades da comunicação - que chegaram onde estão não foi por incompetência nem falta de talento, vamos e venhamos.
Posso também falar de minhas próprias (e inúmeras) mancadas, nas de meus coleguinhas de redação, nas do marido (coisa que faço com freqüência, mesmo sem ele pedir). Mas quando retornei a terrinha natal, tenho me surpreendido cada vez mais com o (baixo) nível dos colegas de press que habitam estas plagas. Céus, é coisa do demo, arco-da-velha, da pqp, do diabo a quatro, cão chupando manga, o horror, o horror! Prato fartíssimo para qualquer um destes sites que vão do Kibe Loco ao Xingatório da Imprensa.
Mesmo assim permaneci (mais ou menos) em silêncio durante todo o tempo do blog (pouco mais de um ano), sendo que neste período tive oportunidades ímpares de satirizar com pessoinhas da pá virada que lançam mão das mais nonsenses expressões jamais criadas na literatura brasileira (vide "dragão de sete cabeças" e "farol de milho").
Mas hoje não deu pra agüentar. Caras, não me é possível suportar tamanho rojão sem dar uma zoadinha básica no bloguinho mais debochadinho de Shark Blue City. O pior (ou melhor?): a pérola foi escrita por uma criatura NÃO-JORNALISTA. Trata-se de um jornal diário que, dizem, já viu dias melhores e hoje se mantém contratando qualquer maluco que bater à porta. A garota já é famosa no meio por sua "exuberância" na hora de redigir suas "matérias" e pelo "excesso" de "aspas" em seus textos "medonhos".
A notícia era a seguinte: ontem a cidade foi uma das contempladas com o credenciamento para realizar tratamento oncológico, coisa pela qual vinha lutando há bons anos. Legal, excelente notícia, palmas para todos, ipi, ipi, urra. A lindona abre com a seguinte pérola (nomes serão omitidos):

"Redação do XXXX, exatamente 15h30min. Telefonema 1: "Amiga, sou eu, G. Olha que coisa mais linda: o hospital foi credenciado pelo SUS. Graças a Deus! Se a irmã quiser já pode começar amanhã mesmo".
Redação do XXXX, exatamente 15h35min. Telefonema 2: "Z., sou eu, A. Graças a Deus, à Nossa Senhora Aparecida, a todos os santos e mais um monte de gente. O credenciamento do hospital saiu!".

Sacaram? Vamos traduzir para os que caíram de pára-quedas por aqui. O assunto é sério. Seríssimo. Foi uma grande conquista para a cidade e vai ajudar a um bando de gente que faz tratamento quimioterápico e que tinha que ir a Floripa todo dia. A gata, no entanto, parece estar falando dos organizadores do jantar-dançante da comunidade, que conseguiram a doação de mais um engradado de cerveja (uhu, caraca, gata conseguimos!).
Não bastasse, vamos aos nomes. G. é deputado. DEPUTADO! E ele chama a TODAS as mulheres do mundo de coisas que vão do "amiga" ao "princesa", passando pelo gata, cheirosa, gostosa, coisinha do papai e meu chêro. Whatever, você aí, que escreve pra qualquer jornal de bairro do mundo, deve saber que isto é IRRELEVANTE, ele podia tê-la chamado de puta, e aí?
Mais uma: A. é um secretário de Estado, famoso por sua fervorosa religiosidade. Se eu fosse ele, mandava massacrar a louca que o ridicularizou por tão desnecessários comentários extras.
Outra: há de se destacar o caráter politiqueiro da conquista, agora só vai dar gente querendo ser o pai da cria. Por um acaso, os dois políticos amigooooos da repórter são do mesmo partido, o que dá uma cara meio tendenciosa (meio?);
Para acabar com esta palhaçada: cansei de observar o que eu achei absurdo neste lead fantástico que vai entrar para os anais do jornalismo bizarro de Shark City. Desde a primeira frase até a última, tudo é tão absurdo que ainda não entendemos como a universidade que forma jornalistas, aqui na região, e o sindicato da categoria ainda não pularam nos pescoços destes hereges, exigindo fechamento imediato daquela pocilga. Mas aí seria ruim. Com o que nos divertiríamos (ou nos horrorizaríamos) todos os dias?



P.S.: Argh, bem que eu tentei dar um print-screen básico, mas o resultado fica muuuito ruim, então esqueçam. Ódio.
P.S.2: Conseguiiiiiiiiiiiiiiiiiii!!!!! Hahá!


19.9.07

Tópicos tensos

  • Eu me preocupo quando estou "de TPM" sem estar na TPM really. Acho que deve ser algo tipo disfunção hormonal, or something else. Mas de vez em quando não consigo relevar. E o mundo parece mais idiota que o habitual.
  • No momento tenho (pausa para contar) três bons livros em minha mesinha de cabeceira (ou criado-mudo, whatever). Crime e Castigo, de Dostoiévski; Corpo Presente, o primeiro livro do brilhante João Paulo Cuenca, e infelizmente não tão brilhante assim (o livro); e "O Silêncio dos Inocentes", de Thomas Harris, que deu origem ao filme (que eu acho ótimo, aliás. O filme. A-do-ro Anthony Hopkins). E mesmo assim fico na TV até meia-noite e caio duríssima na cama. Sem leitura nenhuma. Que o diga marido, que levou quase quatro meses pra terminar Moby Dick, haha! Era ler uma página e capotar com o livro sobre a barriga. Sexxxy.
  • Mas concluí Clube dos Suicidas, de Robert Louis Stevenson. Interessante.
  • Na quarta-feira coraçãozinho bate mais do que o habitual. É a maldita Chama se aproximando, com DJs-bandas de pagode-malabares-e-venda-de-ingresso-no-canáriocafé.
  • E dane-se a dieta. Quando o homem inventou o pão, estava inspirado por Deus. Massa é mais! E o doguinho do Chafariz é o que há! Agora, é compensar nas corridinhas matutinas.
  • Blog há dias desatualizado por conta de uma enxaqueca arrasa-quarteirão, acompanhada de trabalho extra durante folga do marido. Agora, tudo normal. Tanx, God.
  • Crime e Castigo vai empoeirar e juntar traça...

13.9.07

Um buquê de lírios...


Morreu hoje o ator/comediante/jurado (???) Pedro de Lara, aos 82 anos, de câncer de próstata. Achei curioso: o sujeito recusava tratamento. Já em fase terminal, passou mal e foi levado às pressas à clínica mais próxima, onde chegou morto. Je sui désolé. Tenho uma fortíssima ligação sentimental com júris de show de talentos e protagonistas de pegadinhas do Silvio Santos, coisa da infância, you know what I mean. Tudo bem, tem gente que prefere o Renato Aragão...
P.S.: coroas de flores com lírios certamente não vão faltar.




12.9.07

O escracho mora ao lado

A serelepe Charlotte, the brunette girl (a única que pode manter aquela coloração de cabelos no Brasil e no mundo), mostrou suas garrinhas afiadas na noite de terça-feira. A moça, em visita à simpática residência de seus queridos vizinhos, provou que é digna o suficiente para sustentar seus pontos de vista, sempre polêmicos, polvilhados com aquela agressividade saudável que é sua marca registrada. A english teacher mais querida do Sul-catarina desafiou a tubaronense residente ao clamar: "Em Shark city só existe MULHER FEEEIIIIAAAA!!!", sentenciou, juridicamente, não se importando com a cara de mágoa de cabocla da mocinha ao lado. "Não, Charla, honey", tentei argumentar. No chance. "Feiaaaaaaaaaaaas!!!!!! E barangas!", garantia, do alto de seu 1,80m, sem saltos, e por trás de impenetráveis olhos verdes faiscantes. De acordo com a teoria de Charlotte girl, as moças bonitas vistas circulando por Shark city são provenientes de Fortune River, Big Stones e Capiva Under, cidades vizinhas. Ninguém belo de fato nasce no HNSC.
A moça empolgava-se no discurso quando um clip oitentista, no VH1, chama sua atenção. "Argh!", exclamou, após esvaziar a garrafa de vinho rosé "ruim, ruim, horrível!", da vizinha. "Eu DETESTO estes caras que fazem cabelo estilo MOSAICO". A bonita referia-se ao cabelo moicano, diga-se de passagem.
Ainda indignada com a baranguice escrachada da mulher sharkcitiana ("São todas umas Schirleynnes e umas Khênocas", afirmava, citando nomes fictícios), nossa heroína paulistana predileta percebeu que havia esvaziado a terceira garrafa de vinho (ruim, muuuuito ruim). "Eita, foi mais uma. Tás bebendo demais, hein, Cíntia?", gritou, ameaçadora. Depois, decidiu reconsiderar. "Amanhã eu trago uma garrafa pra ti", prometeu, pela 14ª vez. Duas horas mais tarde, após beber todo o aceto balsâmico e o vinagre de álcool da casa, Charlotte decidiu nos deixar, para nossa tristeza.

Taís? Quem é Taís?

Só agora posso perceber que meu boicote à Globo e à revista Veja, às vezes (bem raramente), apresenta alguns inconvenientes. Por exemplo: não há lugar do mundo onde eu vá ou blog que eu leia que não se fale/escreva sobre a famigerada morte da tal Taís (Alessandra Negrini, também não sou tão alienada assim). A questão que mais interessa ao brasileiro médio, do Oiapoque ao Chuí, nas últimas semanas, é quem matou a personagem. Crise aérea, cassação de Renan Calheiros, (mais um) vexame da Britney Spears? Mas, bah! O interessante é saber quem matou Taís. Chovem teorias e esquemas elaborados quanto à identidade do até agora desconhecido assassino. Coisas das mais fabulosas do mundo. Miche diz que a irmã má matou a boa e tomou o lugar dela, mas eu não consigo entender direito o que isso significa. Devo lembrar: não assisto, nunca, a tal novela. Nem as chamadinhas. Aí que meio que me senti deslocada. Mas passa. Até a novela acabar. E até começar a próxima, claro.

11.9.07

Seis anos

O assunto que rege a maioria dos blogs, hoje, é, sem sombra de dúvida, o ataque terrorista de 11 de setembro, nos EUA. O aniversário de seis anos do pior pesadelo americano quase ofuscou o papelão de Britney Spears no VMA, que ainda rende comentários dos mais diversos (Free, Britney!). Sou do Sul do país e, naquela fatídica época estava morando em Pernambuco, para onde havia ido a trabalho, malas e cuia. Ao sair para o almoço, passei por um dos quiosques do gigantesco Shopping Recife e reparei numa multidãozinha de tamanho considerável, embasbacada, olhos grudadinhos numa TV de tela grande, sem som. Não conseguia entender direito aquele aviãozinho que "sumia" por trás do portentoso WTC.
Aí começaram as especulações, os comentários e as teorias conspiratórias mais absurdas do mundo (absurdas agora, naquele momento a força das imagens e o medo estampado na cara dos jornalistas da Platinada me faziam acreditar em tudo). Alguém lançou que haviam acabado de derrubar a Estátua da Liberdade, símbolo-mor da Terra das Oportunidades. Um outro garantia que um avião teria despencado sobre a Disney, exterminando milhares de vidas infantis. Ninguém percebia que no momento dos ataques os EUA haviam acabado de acordar _ e a Disney, assim como o World Trade Center, acabara de abrir as portas. Falava-se em 100 mil mortos, um pesadelo.
Liguei pra minha mãe, em pânico. Me sentia sozinha, desamparada, e se fosse para morrer em uma grande guerra nuclear, queria era estar ao lado dos meus. Desejei ardentemente voltar para casa. Mas não arriscaria tomar um avião. Não naquele momento...

7.9.07

O desfile cívico e a catapora

Não sou do tipo que pinta a cara de verde e amarelo quando insatisfeita com o governo. Também não me visto de Seleção em épocas de Copa do Mundo. Mas confesso gostar bastante do desfile cívico de 7 de Setembro, com todo aquele patriotismo - em outros momentos do ano engavetado - aflorando, ainda que de maneira tímida em Shark city. Adoro ver crianças e jovens representando suas instituições de ensino, acho bacana as coreografias ensaiadinhas das meninas de saia rodada e as evoluções das bandinhas marciais (mesmo que estas tenham nos infernizado meses antes do feriado).
Como bom refugiados que somos (sim, eu e marido fugimos assustados de nossa residência, ontem à noite, devido à maldita Chama, que vai me pagar o infortúnio com juros e correção), rolou de acordar diante da avenida mais movimentada da cidade, e utilizada como passarela para o desfile da Independência. Adoro.
Lembrei-me de mim mesma, há uns 20 anos (ou mais), enquanto me produzia, ansiosa, para meu primeiro 7 de Setembro. O tênis imaculadamente branco (naquela época era assim, hoje acho que não é mais), ligeiramente grande demais para meus pezinhos (coisa de mãe, pra aproveitar bastante, caso eu crescesse); o uniforme cheiroso e impecavelmente passado. Passava eu um pente pelos cabelinhos quando olho no espelho. Pintinhas avermelhadas, como num passe de mágica, tomaram conta de todo o meu ser. Era pinta do couro cabeludo até os dedinhos dos pés em tênis novos (incluindo partes pudentas). Diagnóstico: catapora.
Sério: nerd como era, chorei de soluçar com medo de perder pontos na média (era a ameaça, para comparecermos em massa) e triste por não participar desta festa tupiniquim. Não pude ir, minha mãe me deixou em casa, e iniciou os preparativos para o almoço do feriadão enquanto ouvia a rádio local, que informava o andamento do evento.
Só pude concretizar o sonho de marchar garbosamente pelo Centro de minha bela cidade azul um ano depois. Mas valeu muito a pena. Foi lindo de se ver. Os tênis? Sim, eram aqueles mesmos, jamais usados até então. Não disse que eram grandes demais?

4.9.07

Avalanche do ódio

Sempre quis ser rica. Para comprar bastante, de um tudo. Jeans, bolsas, sapatos, perfumes e make-ups. Presentes pra todos. Salmão no doncamilo dia sim, dia não. Sushi sem data comemorativa. Champã e vinho do bom na geladeira. Às vezes, no entanto, tenho desejos incontroláveis de ser MUITO rica. Para (que minha mãe não leia isso) parar de trabalhar. Porque - e aí vou chover no molhado - já disse isso várias vezes, eu adoro o que faço e já me readaptei a esta cidadezinha provinciana e azul no Sul do mundo. Mas há um problema: não suporto, não consigo aturar o convívio com gente incompetente, burra, limitada, preguiçosa e egoísta.
E se as características acima relatadas designassem apenas UM colega de trabalho, talvez o mundo não fosse um lugar tão amargo. Mas não. São dois. DOIS. Dois débeis mentais, absolutamente retardados, lesados, brutalizados, em permanente estado alterado de consciência, se é que vocês me entendem. E querem me dar ordens. E querem mandar. AHHHHHHHH, céus, como eu queria ser rica, beeeeem rica, pra mandá-los tomar no imundo buraco de seus cus.
E ó, enganem-se quem pensar que eu os odeio. É desprezo em seu mais puro grau. Só não quero ter o desprazer, nos próximos quatro anos de casa nesta boa empresa que me abriga, de ter que compartilhar tarefas com estas duas crias do Cão (não, Germana, não tô falando de ti!).
Digo mais: rehab neles. Urgente. Tenho nojo e preconceito de drug addict. Falei, pronto.

P.S.: dieta pegando fogo em seu segundo dia (tá, há dois meses disse que estava de dieta, mas marido anda tãããão relapso... agora é sério). Aí é só somar fome intensa + TPM brava + retardados no ambiente de trabalho = Cíntia pronta para saltar da janela do sexto andar.