29.7.08

Telefone sem fio e outras maravilhas da vida adulta

Sexta-feira à noite e, de acordo com a mais nova mania dos jornalistas e agregados sharkcitianos, galerinha firmeza nas dependências do Youngest Child, bebericando Originais (até que estas se esgotaram e foram substituídas por skolzinhas modestas). Vários mexericos, babados, futricas e inverdades venenosas rolando soltíssimas, como de hábito. Constrangemos horrores o amigo Andrezãããão diante de sua amiga Elaine, recém-introduzida no grupinho, e Elaine tratou de constranger Andrezãããão diante de nós, juntando a fome com a vontade de comer - torturar Andrezãããão é uma das atividades mais unanimamente deliciosas do bando.
De repente, após insistentes cochichos ao pé do ouvido, envolvendo uns e outros, surgiu a brilhante e maduríssima idéia de brincarmos alegremente de telefone sem fio. Sucesso que tem tudo para se transformar no clímax das noites de sexta.
Ninguém lembrou da origem, mas no fim a mensagem era: "O pão do André solta fogo pelo rabo". Mas há controvérsias. Posteriomente, marido garantiu que a frase formada foi: "André soltou um pão pelo rabo", or something. Whatever.
Anyway, chegamos à conclusão de que precisamos mudar de point, unfortunelly. Youngest Child não nos merece - nem bem soam as badaladas indicando duas da matina e a garçonaria assanhada inventa de atrasar a cerveja, retirar mesas e cadeiras e bloquear a entrada para o banheiro. Até mesmo - pasmem - apagar as luzes, só pra dar aquele sustinho.
Estamos à procura de uma nova sede. Ai, que saudades do Laio...

23.7.08

(como se fosse) A primeira vez

Moça pura e virginal, Susan Rock foi instruída a procurar atendimento especializado e descobrir as razões para seus calores internos, suores frios, arrepios na espinha, inchaço dos seios e espasmos vaginais.
A senhorita mais correta e casta da família Teixeira, portanto, procurou o postinho de saúde mais próximo, na putaqueopariu, e lá chegou bem cedinho, antes das sete da madrugada. "Sentei-me lá e esperei durante toda a manhã. Chegou todo tipo de gente, coxos, cegos, epiléticos e possuídos pelo demônio, e nada de eu ser atendida", relata.
Meio-dia e meia, postinho vazio e finalmente uma atendente chama a ingênua e angelical moça, já em cólicas de ansiedade. "Tire toda a roupa e ponha esta camisola aqui", ordenou a funcionária, atirando-lhe um trapo que não cobria nada.
Deveras constrangida, Susan delicadamente se deita na maca, perninhas juntas. A mulher determina que a paciente encaixe as pernas na engenhoca de ferro frio que permite visualizar os recônditos mais secretos de uma fêmea.
Mademoiselle Susan, neste momento, já ardia de vergonha por expôr tão explicitamente suas indecências até então imaculadas. Foi quando passou a observar a enfermeira providenciar o equipamento para fazer um ultrassom transvaginal.
"A mulher puxou um tabaco de aço bem grosso, gigantesco, e encaixou uma camisinha. Sem cerimônia, virou para mim e foi metendo aquela monstruosidade grotesca em minhas entranhas", confidenciou aos amigos mais íntimos.
Susan, praticamente uma noviça, enrijeceu-se totalmente. Prática e bem treinada, a funcionária a incentivava, enquanto alisava o estômago retraído da pobrezinha: "Relaxa, querida... relaxa que melhora"...
Instrumento de aço vem, instrumento de aço vai, e de repente um grito desesperado e lancinante corta o silêncio no postinho de saúde. "AHHHHHHHHHHHHHHHH!!!".
Susan Rock estava curada.

20.7.08

Nove anos depois (ou "uma parte de mim")

Mesmo que ela chegasse com o cabelo detonado, roupas bagaceiras e adereços exóticos, mesmo que ela estivesse gorda, velha e precisando de uma esfoliação facial urgente, mesmo que ela surgisse loira blond ambition, de legging tigrado e saltos 15, eu não me enganaria. Mas ela apareceu e foi como se quase longos dez anos ficassem para trás. Cabelos impecáveis (tô cheia de fios brancos, ela disse), pele de pêssego (uso renew de manhã e à noite, religiosamente, revelou), cinturinha silfídica, jeans 36 (ou 34?). Lindíssima e ainda mais doce do que minhas últimas recordações. Sim, Lora W. is back, baby!
Quem me conhece há alguns anos sabe que por um longo e produtivo período - da pré-adolescência ao início da vida adulta - me and Lora éramos unha e carne, meia-calça e cinta-liga, chicotinho e salto alto. Corda e caçamba. Gelo e limão (chega de comparativos).
Mas as idiotices daquela enfadonha fase menina/mulher e estudante em fase de TCC fizeram com que nos afastássemos. Era 1999. Neste fim de semana, nove anos depois, o reencontro.
Encontrei uma mulher mais madura, muito mais segura, mais centrada, um quê casadoira (se cuida, S!). Mas também (re)encontrei a mesma menina franca, delicada, mas firme, amiga daquela Skol geladinha (tás sempre com o copo na mão, né, nega?), dedicada à família, romântica, amiga.
Foi com Lora que tomei os primeiros (e muitos) porres homéricos, foi para ela quem contei de minhas primeiras experiências românticas, dividi angústias e aflições adolescentes, com ela (e com a mãe maravilhosa dela) li meu nome entre os aprovados no vestibular. Com ela teve praia, Canto Grande, Carnaval, Barbatana, Ssssssíder, moda e modismos, terceirão, universidade, planos para o futuro.
Fico em dúvida se realmente nos distanciamos por nove anos ou se por apenas um dia muito longo e conturbado. Porque tudo foi tão natural, fluído, rápido, divertido (embora com momentos dramáticos), foi tudo uma grande e revigorante sessão de terapia.
Foi dela que eu precisei tantas vezes nestes longos anos, em diversos momentos cruciais. Mas o que são nove anos passados, se ainda temos meros 30 e uma vida inteiríssima repleta de possibilidades pela frente?

(devido à ânsia em atualizar-nos mutuamente, cometi o erro medonho de não registrar o reencontro fotograficamente. Mas Lora W. há de me enviar uma fotinho, ainda que das antigas, né?)

18.7.08

Erasure, o celular e o motoboy

Aí a morenaça belzebu mais alisada ever - sempre ela - resolve quebrar o marasmo da noite de quarta-feira com a seguinte pérola:


Eu: Então, Manékia diz que todas as músicas do mundo são dela, a fazem lembrar de bons momentos de sua vida. Seu "hino", por exemplo, vejam só, é a breguérrima "Deixa a vida me levar, vida leeeeva eu...", cantarolei.

Esperta e antenadíssima, Charlotte rebate, muito defensorinha das raízes da Música Popular Brasileira:

- Ah, mas essa tudo bem, né? Martinho da Vila é legal.


Silêncio...


Manékia quebra o gelo observando:

- Mas isso aí é Zeca Pagodinho...


Ok.


Com a chegada da nova integrante do clubinho mais restrito do mundo, Talita, os ânimos se inflamaram. Skolzinha vai, Skolzinha vem, acabou o estoque.

- Liga pro motoboy e pede maaaaais! Eu pago! - bradou a nordestina latifundiária e cacaueira.

Charlotte, obediente e já de boca seca, se agarra ao telefone e encomenda mais uma dúzia. Quando o motoboy chega, no entanto, não havia troco para uma das inúmeras notas de R$ 100 de nossa rica anfitriã. Belzeba se agita:

- Mas como assim? Eu PEDI troco! - garantia, categórica.

O jeito foi o rapaz deixar seu próprio telefone celular como garantia, até trazer o devido troco. Aí começou a festa.

Primeiro porque, de posse do celular, e esquecendo momentaneamente conceitos importantes como respeito ao próximo, tratei de fuçar as mensagens do rapagão. Eram duas. A primeira dizia:

"Fiquei muito preocupado com você, princesa. Chegou bem no castelo?".

Achei fofo, bonitinho, mega-romântico, uma graça. Aí, a segunda mensagem, em caixa alta:

"VOCÊ É CASADA???".


...


Charlotte, a DJ nas horas vagas, trata de zapear o cellphone do rapaz em busca de hits musicais. Tinha Aerosmith, tinha Engenheiros do Hawaií e tinha até MV Bill, que o mano não era fraco. Mas aí descobrimos Erasure:


A Little Respect


I try to discover

A little something to make me sweeter

Oh baby refrain

From breaking my heart

I'm so in love with you

I'll be forever blue

That you give me no reason

Why you're making me work so hard

That you give me no

That you give me no

That you give me no

That you give me no

Soul, I hear you calling

Oh baby please

Give a little respect

To meeeeeeee!!!!!!!!


Vibramos, ensandecidas com o revival oitentista. Cafofo de Manékia transformou-se em boate badalada. Todo mundo rebolando até o chão. Toca o interfone.

"Ai, o celular do rapaz!", gritamos, as quatro. E quem diz que a técnica em telefonia celular nas horas vagas, Charlotte C., conseguia desligar a geringonça? Aperta daqui, aperta dali, e o motoboy subindo.

Me escondi atrás do armário, riso convulsivo, vergonha absoluta.

A gênia da Charlotte calculou que seria interessante trancar-se no banheiro com o celular disparado nas mãos.

Manékia conseguiu recobrar um tantinho de bom senso e esmurrou a porta do bathroom exigindo o telefone, enquanto "A Little Respect" tomava conta de todo o ambiente.

O rapaz, já na porta, felizmente gargalhava.
A morenaça, um quê constrangida, abriu uma micro-frestinha da porta, esticou o braço e entregou o telefone a uma nordestina em pânico, com o sonzinho no último volume.
Celular entregue, desculpas sinceras aceitas, e reparamos que o bofinho se encontrava com o zíper abertíssimo.
Desfaleci...

Alguns goles depois, decidimos, finalmente, ir embora. No caminho, brunette lembrou-se de solicitar os préstimos de um mototaxista, que o conduziria até sua residência.
Enquanto esperávamos, ríamos da noite conturbada, torcendo para não cruzarmos mais com o mocinho do celular do Erasure, pelo menos nos próximos meses.
A moto de Charlotte desponta na esquina da padre Bernardo. E adivinha quem era o motoboy?

16.7.08

O retorno de Madame (ou "A Inhóga")

A escolinha da neta de Madame Louise, para os ignorantes uma das figuras mais influentes na sociedade sharkcitiana, realiza, com certa freqüência, eventos que envolvam pais e filhos. Pois bem. No último fim de semana Madame, cercada por seus asseclas (princesa Déia e os súditos Guigui e Henrique), acompanhou Rafaela I ao colégio, onde a pequena participaria de um divertidíssimo convescote social. Divertidíssimo é apelido.
Todos sabemos aqui da relutância de Madame ao aceitar os milenares hábitos e costumes orientais. A prática da swásthya yoga, por exemplo, é capaz de fazer Madame adormecer em questão de segundos. "Inhóga... humpf!", resmunga Louise, questionando a eficácia dos movimentos lentos e delicados feitos sobre um colchonete fino.
"Várias salas foram transformadas em oficinas para a realização de atividades das mais diversas. Em uma delas, encontramos os tais colchonetes espalhados pelo chão. Não tive dúvidas, chamei Guigui e Henrique e nos jogamos", conta princesa Déia, que, como se sabe, não paga imposto para rir (ou gargalhar, ou perder o fôlego e se afogar em lágrimas de tanto riso). Não deu outra. Todos posicionados, perceberam a presença de Madame, contrariada, pertinho da porta, sentada em uma cadeirinha, tentando controlar seu ar blasé.
A mulher-instrutora de inhóga, de frente para o grupo, pede que todos relaxem, respirem bem fundo e "imaginem uma luz branca entrando". Madame se contorce na cadeira, faz aquela cara de quem perguntava "entrando aonde?" e passa o dedo indicador pelas narinas, como que se livrando de um incômodo fio de cabelo ou de uma gota de coriza, gesto universalmente reconhecido por todos os integrantes do clã Teixeira, independente de qual continente habitem.
Pra piorar o quadro, instrutora pede que todos executem o mais famoso mantra da técnica de relaxamento, o Ohmmmmm. Pronto. Madame geme alto e circunda os lábios com o indicador e o polegar, como se limpasse os contornos de um batom mal-aplicado. Foi a gota d´água. Princesa Déia não se contém e atira-se sob o colchonete, em movimentos convulsivos. Foi retirada da sala pela segurança do campus universitário.

A Estranha Perfeita (nem tão perfeita assim)

Baseado em fatos reais:

Por algum motivo ainda desconhecido da humanidade, acreditamos piamente que as mazelas sofridas pelos outros jamais irão bater em nossas portas - até o dia em que batem. Acidentes bizarros, confusões absurdas, dramalhões mexicanos, grandes problemas familiares, tudo parece muito distante de nossas pacatas realidades quando nos encontramos na função de meros expectadores.
Alceu acompanhava, indignado, os noticiários da TV, onde a podridão da sociedade é cruelmente dissecada, todos os dias. Jamais imaginou que um revés digno de Manoel Carlos se abateria sobre sua vida. Bem casado, Alceu julgava ser uma pessoa desmedidamente feliz. Para espantar os momentos de solidão longe da amada - o casal, modernamente, vive em casas separadas - o rapaz teve a infeliz idéia de circular por determinados ambientes virtuais que lhe proporcionassem certo amparo sentimental.
Foi quando conheceu Danielle B. A moça, carente e solitária, eternamente à procura de um grande amor, contou passar seus dias entre a fábrica onde ocupava um importante cargo de engenheira e sua casa, onde morava com sua mamã. Curiosamente, a pobreza de vocabulário e a estreiteza das idéias não provocaram desconfiança a Alceu.
Da sala de bate-papo a amizade migrou para endereços de e-mail e de conversas instantâneas mais privadas. Quando deu por si, o rapaz já havia se habituado ao frescor de uma conversa descompromissada em meio ao seu turbulento ritmo de vida; habituou-se à bajulação da admiradora à distância, sempre tão solícita, disponível, compreensiva e carinhosa. Seu ego e sua auto-estima foram parar nas alturas e até o relacionamento com a esposa, sempre tão tranqüilo, tornou-se subitamente mais picante e passional.
"Certo dia ela me contou que faria uma delicada cirurgia de períneo. Deu detalhes, revelou que sofria com incontinência urinária e que sempre sonhara em acordar limpinha e seca em sua cama. Disse que também iria aproveitar a intervenção cirúrgica para cauterizar algumas verrugas genitais, coisinha básica. No dia da cirurgia, mandei mensagem desejando boa sorte. Logo depois, enquanto resolvia importantes questões de trabalho, na firma, recebo uma ligação dela. O céu desabou", relata Alceu, o idiota.
Danielle - se é que ainda podemos chamá-la assim - parecia outra. Não mais a moça inexperiente de antes. Uma outra mulher, de língua ferina e vocabulário (ainda mais) chulo. Revelou não se chamar Danielle B., não trabalhar em fábricas paulistas, não ser engenheira, não nada. Contou uma história maluca onde teria sido muito bem paga para fisgar o otário do Alceu e levantar o máximo de material possível - entre e-mails, conversas de messenger e telefonemas - que comprovassem o menor indício de infidelidade da parte do gajo. O plano maligno visava chantagem.
"Meu trabalho aqui já foi feito, encomendado por uma pessoa que te odeia muito e que quer destruir o teu casamento" (sim, foram estas as palavras usadas pela golpista, e não apenas um recurso literário piegas). "Fiquei tão nervoso que, se fosse mulher, minha menstruação teria descido na mesma hora", contou Alceu aos amigos, depois.
Drama maior foi contar toda a travessura para sua tão amada esposa - antes mesmo que esta descobrisse por outras vias. Tudo foi resolvido e o casal, felizmente, voltou às boas.
Alceu abandonou de vez a internet - hoje só a usa para trabalhar.
E Danielle B.? Esta, enquanto trata de suas verrugas genitais - este ponto, de acordo com a mesma, era o único verdadeiro - está sendo cuidadosamente vigiada. Por enquanto, à distância. We´re watching you, Danny girl...

Relato de uma noite em Shark city

Nem bem se assentava a segunda Original e a pernambucaninha arretada já pedia água - ou melhor, pedia louça. Aí que euzinha aqui fiquei por longos 20 minutos solita na mesa do lendário Youngest Child, em Shark, reduto das beldades mais cinquentonas do Sul catarina.
Fiquei então a observar a movimentação intensa da casa que serve deliciosas "carnes na tauba ®", onde a voz e violão de ocasião capricha num mix entre Djavan, Jota Quest e Ivetinha, levando muitas às lágrimas enquanto cantarolam: "Voe por todo o má-ar, e volte aquiiiiii, pro meu peeeeeitooo".
Nordestininha girl volta, finalmente, translúcida e suando frio: "Olha, acho que botei a febre pra fora", observou. A febre, as taças de Original e o filezinho-falcatrua.

A galerinha foi chegando e se aboletando à mesa e eu finalmente me digno em ir ao bathroom. No recinto, três gatinhas que já ultrapassaram o cabo da boa esperança há milhões. Uma delas, a mais "madura", se exibia faceira em um caftan (há, pergunta se ela sabia o que era caftan?), de tecido vaporoso e print felino (esta eu aprendi lendo a Estilo). As companheiras, em uníssono:
- Ai, amiga, que brusa linnnnnnda!
- É, né? Comprei na ABaratinha. Lá as peça é tudo excrusivo. Se alguém levar uma, tu não achas igual. Se não tiver do teu tamanho, tu vais ficar sem. Esta blusa aqui, por exempro, você já não vai encontrar mais por lá".

Pensei: "Graças a Deus".

A noite terminou de maneira tranqüila e habitual, com os garçons do Youngest Child nos colocando para fora do recinto, junto com o lixo. Sim, eu também estou nesta comunidade do Orkut...

11.7.08

Saia justa ao vivo

E então o apresentador/colunista mais popular da TV catarinense entrevistava a cantora Marina Lima, que toca em Floripa neste findi, I guess. Sou da época em que "À Francesa" não era conhecida apenas como um pagode do "Jeito Maluco" (né, Teteu?) e sempre gostei da moça. Aí que após um período conturbado na carreira (de acordo com o colunista, depressão, síndrome do pânico, perda de voz e etecétera), Marina volta à carga. Mas a entrevista, oh, meu Pai do céu, foi o cúmulo da Vergonha Alheia, coisa jamais vista por moi.
Primeiro que o moço já tascou perguntinha indiscreta querendo saber se a mulher se identificava com a diva Amy Winehouse. Ai. Aí que Marina disse que nem sabia direito quem era ela, desconversou, sem graça. Afinal, não é muito legal ser comparada com uma absurdinha de 20 e poucos que se embriaga diariamente em frente às câmeras e defende o marido-marginal em público, com unhas e dentes - apesar de toda a sua genialidade, devo admitir, como fã da inglesinha.
(observação pertinente: Marina não dava sinais de total lucidez ou controle sobre si mesma, acho que a síndrome do pânico ou o TOC ou o transtorno bipolar ainda não foram curados).
Pergunta besta vai, pergunta besta vem, e aí surge o horror:
O colunista observa:
- 1980, eu e Nelsinho Motta acompanhamos um de seus primeiros shows, na Bahia. De lá pra cá, o que mudou?
Marina, emputecidíssima e louca da calcinha, rebate:
_ Ah, é? E vocês, continuam juntos?

...

O rapaz, casado e pai de filhos, totalmente sem graça, só balbucia:
- Somos grandes amigos.

Cuén.