É claro que vamos falar de BBB. Porque isso é vida real,
sim. Estou acompanhando o reality show e não apenas dando uma “passadinha” em
frente à tv. Diferente da última versão (que também assisti e foi minha tábua
de salvação quando recém começou o confinamento da pandemia), esta versão não
só voltou a colocar o feminismo em pauta, como também lançou luz ao tema
racismo.
Em 2020, as meninas mandaram muito bem. Clap, clap, clap. Mas
este ano.... Garotas, meu Deus. Muito discurso, muito choro, muito
psedointelectualismo, muito mimimi. Raso, como tanta coisa do mundo virtual. Deveriam
aproveitar este espaço superprivilegiado da tv brasileira para levar o debate até
as classe mais populares. Mas o que se vê é muita lacração, preocupação em
fazer bonito em frente às câmeras. Falam de empoderamento feminino de uma forma
descabida. A expressão se tornou uma coisa tão chata, tão banal que nem posso
mais ouví-la. Assim como “lugar de fala”. Para mim virou sinônimo de blablablá.
Me dá arrepios. Pena porque são conceitos tão essenciais , que custam tão caro a
quem sofre preconceito. Como diz Jojo Todynho: “ muita hipocrisia, muita
falação e pouca atitude. Lacre menos”. Karol
Konká, a musa do rap feminino, que o diga. Deveria estar focada em sua causa
(que tanto fala em frente à tv). Na verdade,
está demolindo sua carreira ao utilizar autoritarismo para defender o empoderamento
feminino. A sister Lumena, “a deusa- mor da razão”, também está se ofendendo
com coisas ínfimas e deixando de lado a oportunidade de utilizar seu discurso,
provavelmente enriquecedor (a garota
parece ter potencial), para fazer a diferença de verdade. Lamento.
Mudando de canal vemos as deslumbradas apresentadoras do programa
“Saia Justa” que também servem mais do
mesmo: muita história, muita discussão
e...pouca atitude. Mais uma oportunidade de falar de verdade com as massas e o
que se vê? Lacração apenas. Tá na hora de cancelar o mesmo discurso e partir
para uma fala que realmente faça diferença.
Ps: O título deste artigo está incompleto não por esquecimento, não. O que você eliminaria da tv que também enfraquece o empoderamento feminino?