13.8.20

Menos namastê, mais uppercuts!

 

Na minha outra vida, aquela, que a gente deixou pra trás por causa da pandemia, eu levava uma rotina bastante ativa. Corria e praticava natação com regularidade. Claro que eu sabia que isso me fazia bem, mas só fui sentir o peso de todo aquele bem-estar glorioso após o início da quarentena. Sem praticar nenhuma atividade física, comecei a sentir uma inquietação, um estresse já potencializados por este momento atípico e compreensivamente recluso.

Só fui curtir exercícios físicos bem depois dos 30. Antes disso minha vida era basicamente trabalho/bar/casa. Trabalhe, beba, fume, coma, durma, repeat. Não vou negar: saudades.

Anyway, comecei a sofrer de abstinência de hormônio do prazer, de ficar embriagada de endorfina, mas como proceder quando não há muitas alternativas seguras para se exercitar fora de casa? A resposta estava ao alcance das minhas mãos e dona internet comunicou-me sobre um aplicativo de marca famosa de tênis que te passa treinos personalizados pra praticar em casa.

Academia é aquilo, né, gente? Tem quem ame e tem quem odeie. Sou do segundo time, acho um tédio absoluto. Sempre observei com curiosidade cômica aquela galera que subitamente vira crossfiteira e aí dá-lhe burpee, arrastamento de pneu e balanço de corda, misturado com quilos de peito de frango, whey e clara de ovo.

Então foi meio irônico porque agora me transformei numa pequena e rechonchuda musinha fitness, e tome burpee no meio da minha sala. A língua é o chicote do cu, já diria mamãe. Agachamento, flexão, prancha, o abdominal oblíquo é o limite.

Mas tem coisas que, né?, não vão. Neste plano montado pelo aplicativo em questão, um dos dias de treino é yoga based. Ou seja, coisas bizarras como árvore, cachorro olhado pra baixo e montanha são abordados com naturalidade. Eu via a galera saudando o sol na praia e dava risada, vou confessar. Aquela pose clássica pra foto do insta, sabe?, pessoa sentada no chão, mãos postadas, curtindo o sunset. Nunca me pareceu natural.

Só podia ser preconceito, eu pensava. Nunca fiz, nunca entrei na onda, só pode ser despeito. Não desta vez. Que. Coisa. Mais. Chata. Disus! Não aguentei cinco minutos do treino de yoga, juro. E não porque achei puxado, só achei chato mesmo. Eu não admito ficar paradinha por tanto tempo. Nem sou das mais agitadas, mas aquilo pra mim não desce. Enfim, agora posso zoar dos iogues com tranquilidade.

Em contrapartida ontem fiz um treininho de boxe que, puta merda, coisa mais querida. Então é isso, menos namastê, mais uppercuts pra esta senhora aqui. E claro, cada um faz a atividade que mais lhe apetecer, mas não me chame pra aplaudir o pôr do sol.



3.8.20

Pai: nosso primeiro príncipe ou nosso primeiro sapo?


Olá, garota. Tudo bem? Mais um Dia dos Pais vem aí. E sabe o que eu tava pensando? Em como o jeito de ser de nossos pais influencia na escolha dos homens que queremos para nossa vida. Procuramos a cara-metade que seja um espelho de nossos progenitores. Não sei dizer o porquê. Talvez Freud explique. Talvez porque procuramos o que nos seja comum, o que nos seja confortável...porque é com isto que estamos acostumadas (mesmo nem sempre isso sendo bom). E às vezes o que mais criticamos é o que mais vem ao nosso encontro (não se ache maluca: algumas terapias alternativas explicam bem isso. Tudo tem um motivo, pode acreditar). Você já ouviu um papo que filhas mulheres pagam por pais que zoaram a cabeça da mulherada na juventude? Eu sempre achei esta conversa tão injusta. Talvez tudo isso que estamos conversando seja o motivo para isso.


Os pais são a primeira referência que temos de um homem. Eu me lembro de como a presença masculina do meu avô passou confiança para minha mãe. Nunca a ouvi falar que “todo homem é vagabundo, que não presta” porque pra ela a sua imagem masculina era extremamente positiva. Eu pai era um homem de personalidade difícil, meio mandão mas, assim como meu vô, tinha uma vida muito familiar. Então, pra mim, acreditar nunca foi uma tarefa muito complica.

O que eu gostaria é que este nosso bate-papo se tornasse um conselho para os que são ou serão pais: pense bem quanto vocês influenciarão a vida de suas pequenas. Isso vai fazer toda a diferença para elas no futuro. Pode acreditar.


E você, tem alguma história pra contar do seu pai? Comente aqui ou envie email para asimediatas@gmail.com. Beijo e boa leitura!


Leia e depois veja filmes fofinhos de pai e filha:


Estes são só alguns. Escreva nos comentários outros filmes sobre a história de pai e filha que você gostou.