tag:blogger.com,1999:blog-309809182024-03-13T05:04:58.892-03:00As ImediatasCenas do cotidiano sob a ótica de duas jovens senhouras: babados, buchichos, teorias conspiratórias, noias, destilação de venenos e afins. E mais imediatas do que nunca!Imediatahttp://www.blogger.com/profile/06067906770283006256noreply@blogger.comBlogger378125tag:blogger.com,1999:blog-30980918.post-8371820566362494172021-04-07T11:32:00.002-03:002021-04-07T11:32:50.221-03:00Você conhece Georgina Albuquerque?<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center; text-indent: 1cm;"><span style="background: white; color: #202122; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: left; text-indent: 1cm;"><span style="background: white; color: #202122; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%;">Vamos começar uma série aqui no blog As Imediatas com temas que mostram a importância das mulheres em vários segmentos da nossa sociedade. Vamos começar pelas artes, área que tem uma grande dívida com mulheres como Georgina Alburquerque. Ela foi pioneira em várias atividades artísticas, mas passa despercebida pela história apenas pelo fato de ser do sexo feminino. Quem nos apresenta esta personalidade é a especialista em História da Arte, Elisa Silva. Boa leitura! </span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center; text-indent: 1cm;"><span style="background: white; color: #202122; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%;"><b>Georgina
Albuquerque: A Pioneira</b><o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;"><span style="background: white; color: #202122; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%;">Nascida
em Taubaté, Georgina (1885-1962) começou a estudar artes com quinze anos, seu
primeiro professor foi o italiano Rosalbino Santoro, quando mudou-se para o Rio
de Janeiro foi estudar na ENBA (Escola Nacional de Belas Artes) com Henrique
Bernardelli.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;"><span style="background: white; color: #202122; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%;">Nossa
artista casou-se em 1906 com Lucílio de Albuquerque com quem dividiu a vida e a
carreira, na medida em que ele também era pintor. Lucílio ganhou o prêmio
viagem para estudar artes em Paris, então o jovem casal parte para cidade-luz visando
concluir seus estudos. Chegando lá Georgina é aprovada em 4º lugar na <i style="mso-bidi-font-style: normal;">École Nationale Supérieure des Beaux-Arts</i>,
sendo a primeira mulher brasileira a ingressar nesta importante escola, ao
mesmo tempo em que frequenta aulas livres no estúdio Julian. Infelizmente, não
há registro da sua passagem pelo estúdio Julian, pois os arquivos de ateliês
femininos não eram preservados.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;"><span style="background: white; color: #202122; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%;">Em
Paris foi influenciada pela pintura impressionista e, além das pinceladas
grandes e soltas, adota uma paleta de cores claras e vibrantes, tal qual os
impressionistas europeus. Essa técnica acompanha a artista por toda sua
carreira, porém a paleta de cores com o passar do tempo se torna mais escura.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;"><span style="background: white; color: #202122; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%;">De
volta ao Brasil, em 1911, faz sua primeira exposição em nome próprio e a partir
deste ponto passa a expor regularmente na exposição geral de belas artes. Antes
já tinha exposto seus trabalhos em outras oportunidades, mas como aluna, o que
equivale dizer que as conquistas eram atribuídas aos mestres e muitas vezes os
nomes das artistas mulheres nem mesmo apareciam.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;"><span style="background: white; color: #202122; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%;">Após
a morte do marido em 1940, Georgina funda em sua casa o museu Lucílio Albuquerque,
tornando-se pioneira no ensino de desenho e pintura para crianças. Além disso,
passa a dar aulas na ENBA (Escola Nacional de Belas Artes) primeiro como
livre-docente, depois como catedrática-interina e, em 1952, torna-se a primeira
diretora mulher da ENBA.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;"><span style="background: white; color: #202122; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%;">Ela
também foi a primeira mulher a participar de um júri de pintura, o que
consolidou sua posição dentro da academia, seus feitos institucionais são
formidáveis, mas o brilhantismo da sua carreira não se limita apenas as
questões acadêmicas, sua temática foi inovadora e quebrou paradigmas, pois ela
foi a primeira mulher a se aventurar na pintura histórica nacional, área até
então exclusivamente masculina.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;"><span style="background: white; color: #202122; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%;">Em
1922, como parte das comemorações do centenário da independência, Georgina
expôs o quadro chamado Sessão do Conselho de Estado, que representa a
proclamação da independência como um evento diplomático, cuja personagem
principal é a Imperatriz Maria Leopoldina da Áustria.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;"><span style="background: white; color: #202122; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%;">A
cena representada por Georgina é absolutamente diferente dos outros quadros
sobre a proclamação da independência, os quais representam cenas de batalhas e
um viril D. Pedro I, como podemos ver na pintura do mesmo tema de Pedro Américo,
por exemplo. Considerando que a proclamação da independência foi um processo
cujas negociações foram de 1821 até 1825, a cena representada por Georgina tem
muito mais fundamento histórico do que o quadro de Pedro Américo, apesar de que
essa obra é um primor do ponto de vista técnico.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;"><span style="background: white; color: #202122; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%;">A
cena que outorga o protagonismo histórico a Imperatriz Maria Leopoldina não
poderia ser concebida em um momento mais oportuno, o ano de 1922 foi marcado
pela luta feminina pelo direito ao voto. Neste ano também aconteceu o 1º
congresso feminista organizado por Bertha Lutz e a fundação da Federação
Brasileira do Progresso Feminino, instituição cujo objetivo era lutar pelos
direitos civis e políticos das mulheres.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;"><span style="background: white; color: #202122; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%;">A
autora Ana Paula Cavalcanti Simioni chama atenção ao fato de que a obra de
Georgina de Albuquerque surge em um momento histórico-social no qual as
mulheres que desejavam seguir a carreira artística enfrentavam dificuldades de
gênero. Isso se devia ao caráter excludente do sistema acadêmico, que impedia
alunas de frequentarem aulas de desenho e estudo do nu artístico, fase
fundamental para a formação da carreira do artista.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;"><span style="background: white; color: #202122; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%;">Dentro
desse contexto, Vicentis defende que a composição de <span style="mso-bidi-font-style: italic;">Sessão do Conselho de Estado</span> oferece
respaldo à luta feminista pelo reconhecimento do direito da mulher ao voto e à
cidadania plena ao retratar, pela primeira vez, uma mulher decidindo os rumos
da política do Brasil.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;"><span style="background: white; color: #202122; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%;">Assim,
o quadro não é apenas uma alternativa histórica a cena da proclamação da
independência tradicional, ele quebra paradigmas e chama a atenção para
importância da mulher na sociedade.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;"><span style="background: white; color: #202122; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%;">Georgina
Albuquerque foi uma grande artista, uma professora de artes renomada, pioneira
em vários sentidos e uma mulher fantástica, muitos artistas brasileiros não
colecionam os feitos desta notável pintora. Contudo, o papel a ela atribuído
nos livros de artes é de impressionista brasileira, sem a notoriedade que
muitos artistas inferiores a ela receberam pelo simples fato de serem homens.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;"><span style="background: white; color: #202122; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="background: white; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%;"><b>Elisa Silva, especialista em
História da Arte e autora dos livros Paris - Sonho Meu e Paris - uma viagem
impressionista</b><o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="background: white; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg-584NHv432Z3wR05KfVx-gKvN4MJBccCceeNqwd-L7kmSuT38cr0T4MUZa-2kvdz2YQGxV2Xp_Vo8SRJIr8RqwH_bOL1sgstNVwydNorVNBHmaPKlnGaCMzaspa_jKjjNv_u4/" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="170" data-original-width="231" height="235" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg-584NHv432Z3wR05KfVx-gKvN4MJBccCceeNqwd-L7kmSuT38cr0T4MUZa-2kvdz2YQGxV2Xp_Vo8SRJIr8RqwH_bOL1sgstNVwydNorVNBHmaPKlnGaCMzaspa_jKjjNv_u4/" width="320" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><sup><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: #202122; font-size: 10pt; line-height: 107%;">Georgina Albuquerque, Sessão do Conselho de
Estado, 1922</span></sup></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><sup><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: #202122; font-size: 10pt; line-height: 107%;"><br /></span></sup></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><sup><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: #202122; font-size: 10pt; line-height: 107%;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjFz8-eNqHSCGd3aQ8gZlfAhy5MUM3ofrHK7MnQ5z2w8hpJTG22Yu0IWx7eMd0wvuJwxOXq-meiX1ToWC5aQnmsSU2LNklZl_cohSRySZ4_qSWB7vZwXpBOeXdVWYJenWkASvLD/" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="170" data-original-width="317" height="172" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjFz8-eNqHSCGd3aQ8gZlfAhy5MUM3ofrHK7MnQ5z2w8hpJTG22Yu0IWx7eMd0wvuJwxOXq-meiX1ToWC5aQnmsSU2LNklZl_cohSRySZ4_qSWB7vZwXpBOeXdVWYJenWkASvLD/" width="320" /></a></div></span></sup><sup><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: #202122; font-size: 10pt; line-height: 107%;">Pedro Américo, Independência ou Morte, 1888</span></sup></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><sup><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: #202122; font-size: 10pt; line-height: 107%;"><br /></span></sup></div><p></p><p class="MsoFooter" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 8.0pt;">Referências bibliográficas<o:p></o:p></span></p><div class="separator" style="clear: both;">
<p class="MsoFooter" style="text-align: justify;"><span style="background: white; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 8.0pt;">Simioni, Ana Paula
Cavalcanti. </span><a href="http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102-69092002000300009&script=sci_abstract&tlng=pt"><span style="background: white; color: windowtext; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 8.0pt;">«Entre convenções e discretas ousadias: Georgina de
Albuquerque e a pintura histórica feminina no Brasil»</span></a><span style="background: white; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 8.0pt;">. <i>Revista
Brasileira de Ciências Sociais</i>: p. 143-144.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoFooter" style="text-align: justify;"><span style="background: white; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 8.0pt;">Vicentis, Paulo de (2015).
«Pintura Histórica no Salão do Centenário da Independência do Brasil». <i>Programa
de Pós-graduação em Estudos Culturais da Universidade de São Paulo</i>: 55 –
via Universidade de São Paulo.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 8.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">GEORGINA
de Albuquerque. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras.
São Paulo: Itaú Cultural, 2021. Disponível em:
<http://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa21325/georgina-de-albuquerque>.
Acesso em: 04 de Abr. 2021. Verbete da Enciclopédia.<br />
ISBN: 978-85-7979-060-7</span><span style="font-size: 10.0pt;"><o:p></o:p></span></p><sup><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: #202122; font-size: 10pt; line-height: 107%;"><br /></span></sup></div><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="background: white; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%;"><br /><br /></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="background: white; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></p>Stella Bousfieldhttp://www.blogger.com/profile/14789691466298904012noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-30980918.post-80515176862185970942021-02-03T10:19:00.002-03:002021-02-03T10:19:47.213-03:00Eliminando_______________<p> </p><p class="MsoNormal">É claro que vamos falar de BBB. Porque isso é vida real,
sim. Estou acompanhando o reality show e não apenas dando uma “passadinha” em
frente à tv. Diferente da última versão (que também assisti e foi minha tábua
de salvação quando recém começou o confinamento da pandemia), esta versão não
só voltou a colocar o feminismo em pauta, como também lançou luz ao tema
racismo. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Em 2020, as meninas mandaram muito bem. Clap, clap, clap. Mas
este ano.... Garotas, meu Deus. Muito discurso, muito choro, muito
psedointelectualismo, muito mimimi. Raso, como tanta coisa do mundo virtual. Deveriam
aproveitar este espaço superprivilegiado da tv brasileira para levar o debate até
as classe mais populares. Mas o que se vê é muita lacração, preocupação em
fazer bonito em frente às câmeras. Falam de empoderamento feminino de uma forma
descabida. A expressão se tornou uma coisa tão chata, tão banal que nem posso
mais ouví-la. Assim como “lugar de fala”. Para mim virou sinônimo de blablablá.
Me dá arrepios. Pena porque são conceitos tão essenciais , que custam tão caro a
quem sofre preconceito. Como diz Jojo Todynho: “ muita hipocrisia, muita
falação e pouca atitude. Lacre menos”. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Karol
Konká, a musa do rap feminino, que o diga. Deveria estar focada em sua causa<br />
<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>(que tanto fala em frente à tv). Na verdade,
está demolindo sua carreira ao utilizar autoritarismo para defender o empoderamento
feminino. A sister Lumena, “a deusa- mor da razão”, também está se ofendendo
com coisas ínfimas e deixando de lado a oportunidade de utilizar seu discurso,
provavelmente enriquecedor (a<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>garota
parece ter potencial), para fazer a diferença de verdade. Lamento. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Mudando de canal vemos as deslumbradas apresentadoras do programa
“Saia Justa” <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>que também servem mais do
mesmo:<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>muita história, muita discussão
e...pouca atitude. Mais uma oportunidade de falar de verdade com as massas e o
que se vê? Lacração apenas. Tá na hora de cancelar o mesmo discurso e partir
para uma fala que realmente faça diferença. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Ps: O título deste artigo está incompleto não por
esquecimento, não. O que você eliminaria da tv que também enfraquece o
empoderamento feminino?</p><p class="MsoNormal"><br /></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgrWy_TF-tkBSpe5RSW7W2-KNvVeZR1Rdk8qIs4528LypymOPQ0X9tLeoAYkmqsFbeXIG4s_aTWbp52cJcotL21S9d7ViR-Iut0fxueQCRlrCnBS4mVyURGOIW1SZ5AqKu0Zq5T/s626/tiro-bonito-macro-closeup-de-olhos-profundos-de-um-ser-humano-do-sexo-feminino_181624-3067.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="469" data-original-width="626" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgrWy_TF-tkBSpe5RSW7W2-KNvVeZR1Rdk8qIs4528LypymOPQ0X9tLeoAYkmqsFbeXIG4s_aTWbp52cJcotL21S9d7ViR-Iut0fxueQCRlrCnBS4mVyURGOIW1SZ5AqKu0Zq5T/s320/tiro-bonito-macro-closeup-de-olhos-profundos-de-um-ser-humano-do-sexo-feminino_181624-3067.jpg" width="320" /></a></div><br /><o:p></o:p><p></p><p class="MsoNormal"><br /></p><p class="MsoNormal"><br /></p>Stella Bousfieldhttp://www.blogger.com/profile/14789691466298904012noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-30980918.post-4394778200137874942020-10-22T16:08:00.003-03:002020-10-22T16:08:59.387-03:00Carga e descarga de emoções<p> </p><p class="MsoNormal">E do nada. Lá estava eu e mamy fazendo um lanchinho no fim de
uma inocente tarde de quinta-feira. 17 horas. Na volta ao carro, opa....cadê?
Segundos de pavor, mini-infarto. Cadê o carro? Última parcela de quatro anos de
pagamento, sem seguro. Cadê a porra do carro? Do nada, uma voz do além: moça,
tá procurando o carro? <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Ele foi
guinchado. O mini-infarto não passou, mas melhorou. Só aí então vi que
estacionei em vaga de carga e descarga. Também do nada saiu a voz de um rapaz: “olha,
guincharam teu carro. Eu até tirei foto”. Oi, como? Te conheço, como assim foto?
Sem pensar em nada, sai correndo atrás do policial fdp que fez aquilo (ele tá fazendo
o trabalho dele, mas pra mim continua sendo um fdp). <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Ok. Descobri que meu carro estava no pátio da empresa parceira
do Detran (louca para colocar aspas em parceira) simplesmente localizada no
meio do nadaaaaaaa ao longo da BR. Ok, é pagar documentos, aguardar o tempo
hábil e arrumar um anjo pra me dar carona e retirar o carro. Ok. No outro dia,
liguei para a tal empresa quando fui informada de que os pneus também estavam
carecas e precisariam ser trocados na oficina parceira (aspas de novo) próxima
da empresa com pagamento de mais um ou dois guinchos.
Oiiiiiiiiiiii????????????????? Como assim? Os pneus estavam ótimos. Aí tive
mais alguns mini-infartos até o dia seguinte, seguido de algumas crises de
ansiedade. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Fui até o departamento de transporte, quando fui informada
de que os documentos impressos só seriam entregues para os agendados. Um Uber a
mais, um Uber a menos nesta etapa não faria diferença. Voltei pra casa. Foi quando
cheguei em casa descobri que só havia agendamento para dali a um mês. Ummmmmmmmmmmm
mês. Até então a pressão já devia estar a quinze por alguma coisa. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">À tarde, mesmo sem dar baixa no documento, tive que ir até a
tal empresa localizada em um lugar inóspito para pegar exames e medicamentos da
minha mãe. Fomos eu, ela e meu irmão. Descobri que o sistema já havia dado
baixa e depois de uma ligação para o órgão responsável (?), a atendente afirmou
que o pneu não estava careca e sim meia vida.<span style="mso-spacerun: yes;">
</span>Isso sem falar que tive que <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>passar por um despachante parceiro que me
cobrou vinte reais para o pagamento de um boleto. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Ah, você acha que acabou? No! Em plena BR, o carro começou a
fazer um barulho muito, muito, muito estranho. Pensei que tivessem mexido nos pneus
e que a qualquer momento as quatro rodas sairiam dando um rolê pela estrada
afora. Parei em um autocenter e descobri que os queridões colocaram o gancho do
guincho simplesmente no eixo da roda, entortando-o. Muitos reais a menos na
carteira, alguns músculos doídos pelo stress e uma lição: em um país como o
Brasil não erre. Os lados se invertem e seu erro enfadonho vai ser julgado com
uma proporção infinitamente maior por quem deveria ser realmente julgado por
suas atitudes. Puxa o freio e vamos nessa. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></p><p class="MsoNormal"><span style="mso-spacerun: yes;"><br /></span></p><p class="MsoNormal"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEghO-PE_EiWO0qts4YFWLigAPmimOxVDd2kx0MnzoYkNurR8lFglG3aiogOJ8BxpuPLTU_o9-jKsklutv0xTn5vwy8RcqZK4CnQvYux2MBH6V51RZOOkRBq4_2MsUUb9G65xmeq/s940/Look+do+Dia+%25281%2529.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="788" data-original-width="940" height="361" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEghO-PE_EiWO0qts4YFWLigAPmimOxVDd2kx0MnzoYkNurR8lFglG3aiogOJ8BxpuPLTU_o9-jKsklutv0xTn5vwy8RcqZK4CnQvYux2MBH6V51RZOOkRBq4_2MsUUb9G65xmeq/w430-h361/Look+do+Dia+%25281%2529.jpg" width="430" /></a></div><br /><span style="mso-spacerun: yes;"><br /></span><p></p><p class="MsoNormal"><span style="mso-spacerun: yes;"><br /></span></p><p class="MsoNormal"><span style="mso-spacerun: yes;"><br /></span></p>Stella Bousfieldhttp://www.blogger.com/profile/14789691466298904012noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-30980918.post-34316610954097900362020-09-16T19:14:00.001-03:002020-09-16T19:15:21.373-03:00DIVERSÃO ALLA MODA CORONA<p style="text-align: justify;"> <span style="text-align: left;">Eu e o maridão tínhamos um hábito de toda sexta à noite tomar uma cervejinha na sacada, botar o papo da semana em dia ao som de playlistas do Youtube. Não fazíamos isso há um tempão, não sei lá bem o porquê, ou porque ficou repetitivo ou por esquecimento mesmo. Só sei que na última semana acabamos voltando ao velho hábito e digo...foi bem divertido. </span></p><p class="MsoNormal">Quase sempre quem comanda a pick up caseira é ele com seus rocks setentistas, mas desta vez fui eu que botei o som. O que rolou? Não sei como, mas uma música dance foi levando à outra e à outra e quando vimos nossa setlist soltava purpurina: muito Abba, Lady Gaga, Katy Perry, Black Eyed Peace (putz, lembrei agora que faltou Mika). Bem do jeito Youtube, uma música foi levando à outra até que rolou cenas do Eurovision, um importantíssimo festival de música europeu que eu até há pouco tempo desconhecia. Fui conhecer a sua grandiosidade até ver o<a href="https://www.youtube.com/watch?v=Dq30kOAJzzI&t=4s" target="_blank"> filme homônimo</a>. Sabia que ele lançou grandes nomes, como Abba e Céline Dion? Pois é, também não sabia. Pare alguns minutos para ver alguns dos melhores momentos deste evento. Você vai ver que as cenas apresentadas no filme não estão exagerando em momento algum. Sério mesmo. É bizarro...e hilário. Só sei que se não houvesse a pandemia, talvez nós dois terminássemos a noite em uma danceteria (coisa rara, ou inexistente em Joinville, já que a sofrência já é uma sofrência há muito tempo por aqui).</p><p class="MsoNormal">E pra fechar a noite e pra fazer a alegria do maridão, deixamos Mr. Robert Plant esbanjar seu talento. E fomos dormir assim: tontinho e bem felizes. Que venham outras sextas glamurizadas como esta.</p><p class="MsoNormal"><br /></p><p class="MsoNormal">Entra no clima, vai. Leia o texto ouvindo isso: <a href="https://www.youtube.com/watch?v=2FynBs_lI4g">https://www.youtube.com/watch?v=2FynBs_lI4g</a></p><p class="MsoNormal"><br /></p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhjvMwssCIvIc9YhLfpBeG6MkBVNuqrIKkHGhMKk1a8elKMd820kz0ybjzcdfUlSgCp6XRTuMe2ZvaEX3RUx6c3kx-n94ztoIE7n8IF6va0CMRuy7f1_ltyHnIgJ12uLLC2lfI0/s720/beer-932943_960_720.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="720" data-original-width="480" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhjvMwssCIvIc9YhLfpBeG6MkBVNuqrIKkHGhMKk1a8elKMd820kz0ybjzcdfUlSgCp6XRTuMe2ZvaEX3RUx6c3kx-n94ztoIE7n8IF6va0CMRuy7f1_ltyHnIgJ12uLLC2lfI0/w426-h640/beer-932943_960_720.jpg" width="426" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Adicionar legenda<br /></td></tr></tbody></table><br /><p class="MsoNormal"><br /></p>Stella Bousfieldhttp://www.blogger.com/profile/14789691466298904012noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-30980918.post-88488155892493646152020-09-02T18:24:00.001-03:002020-09-02T18:24:48.050-03:00Vizinha fogosa dá trabalho sob os lençóis ao meio-dia de domingo (ou como melhor aproveitar seu fim de semana em quarentena) <p> </p><p class="MsoNormal">Finais de semana são o dolce far niente proletário, tempo de
nos debruçarmos apenas no que mais nos dá prazer, ou, é claro, de não fazer absolutamente
nada. Alguns cozinham, outros entortam o caneco, muitos saem a passeio, e tem
os que escolhem a ociosidade concedida a nós trabalhadores para transar
ruidosamente ao meio-dia de domingo.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Moro em um condomínio imenso e não posso me dar ao luxo de
muita privacidade. Os prédios são bem próximos uns aos outros e se o vizinho do
lado espirrar, já vou pondo a máscara rapidão porque o vírus não tá pra bobeira.
<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Esse ~impeditivo moral~ que me impede de andar nua dentro do
apê ou gritar a plenos pulmões durante uma discussão qualquer também tem lá
suas vantagens, porque sempre há os que não dão a mínima para a opinião e os
ouvidos adjacentes, e aí o big brother tá garantido. Não vou negar que sou uma
observadora contumaz da vida alheia. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Briga de casal não me agrada, é lógico. E se a briga envolver
um homem e uma mulher não hesito em passar a mão no telefone e chamar a polícia
se sentir as coisas esquentarem. Porque espancadorzinho de merda tem é que se
foder. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Mas falo de outras situações interessantes que não envolvem
briga e/ou violência. Como o sexo, por exemplo. Ao longo da vida tive a sorte
(ou o infortúnio? Nunca saberemos) de me avizinhar de gente fogosa, cheia do
borogodó e do amor pra distribuir. São tantas histórias calientes que só
Afrodite na causa. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Como no último domingo. Enquanto assava um rondele cremoso
no forno e bebia uma cerveja na sacada, observando a tranquila movimentação de
crianças e cães pela área comum do condomínio, fui surpreendida por gemidos femininos
lancinantes de puro deleite sexual. Alguma privilegiada largou mão dos eventuais
afazeres domésticos dominicais e caiu nas graças de Bilquis em pleno almoço. Confesso
que salivei, invejosa. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Mas a invejinha logo deu lugar ao constrangimento porque,
assim como eu, outras pessoas também curtiam o domingão na sacadinha. Com a
sanha voluptuosa e bem barulhenta da vizinha, todo mundo subitamente resolveu avaliar
o piso da sala bem de pertinho, ou lembrou que a panela de arroz queimava no
fogão. Não dá pra manter a pose de vizinha simpática e cachaceira quando a
trilha sonora é ao vivo, x-rated e cheia de paixão e loucura, né? <o:p></o:p></p><p class="MsoNormal"><br /></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjIkHqKMMfKr4C5ye6bgQBMISEAKFVYnFFLIwFWN5Ae6AqnTdeUraLbRqXbdm_OZ8oUxKfYQf2xlcnZ_3q2sMwBn2N5Uad9cPettsQiGh_cL9Ms_XkpM6mlyoXWMaXlA3TO9YZh/s2048/Couple.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2048" data-original-width="2048" height="512" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjIkHqKMMfKr4C5ye6bgQBMISEAKFVYnFFLIwFWN5Ae6AqnTdeUraLbRqXbdm_OZ8oUxKfYQf2xlcnZ_3q2sMwBn2N5Uad9cPettsQiGh_cL9Ms_XkpM6mlyoXWMaXlA3TO9YZh/w512-h512/Couple.png" width="512" /></a></div><br /><p class="MsoNormal"><br /></p>Imediatahttp://www.blogger.com/profile/06067906770283006256noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-30980918.post-24940684401877154642020-08-13T20:00:00.005-03:002020-08-13T20:00:54.319-03:00Menos namastê, mais uppercuts! <p> </p><p class="MsoNormal">Na minha outra vida, aquela, que a gente deixou pra trás por
causa da pandemia, eu levava uma rotina bastante ativa. Corria e praticava
natação com regularidade. Claro que eu sabia que isso me fazia bem, mas só fui
sentir o peso de todo aquele bem-estar glorioso após o início da quarentena.
Sem praticar nenhuma atividade física, comecei a sentir uma inquietação, um
estresse já potencializados por este momento atípico e compreensivamente recluso.
<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Só fui curtir exercícios físicos bem depois dos 30. Antes
disso minha vida era basicamente trabalho/bar/casa. Trabalhe, beba, fume, coma,
durma, repeat. Não vou negar: saudades. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Anyway, comecei a sofrer de abstinência de hormônio do
prazer, de ficar embriagada de endorfina, mas como proceder quando não há
muitas alternativas seguras para se exercitar fora de casa? A resposta estava
ao alcance das minhas mãos e dona internet comunicou-me sobre um aplicativo de
marca famosa de tênis que te passa treinos personalizados pra praticar em casa.
<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Academia é aquilo, né, gente? Tem quem ame e tem quem odeie.
Sou do segundo time, acho um tédio absoluto. Sempre observei com curiosidade
cômica aquela galera que subitamente vira crossfiteira e aí dá-lhe burpee,
arrastamento de pneu e balanço de corda, misturado com quilos de peito de
frango, whey e clara de ovo. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Então foi meio irônico porque agora me transformei numa
pequena e rechonchuda musinha fitness, e tome burpee no meio da minha sala. A língua
é o chicote do cu, já diria mamãe. Agachamento, flexão, prancha, o abdominal
oblíquo é o limite. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Mas tem coisas que, né?, não vão. Neste plano montado pelo
aplicativo em questão, um dos dias de treino é yoga based. Ou seja, coisas
bizarras como árvore, cachorro olhado pra baixo e montanha são abordados com
naturalidade. Eu via a galera saudando o sol na praia e dava risada, vou
confessar. Aquela pose clássica pra foto do insta, sabe?, pessoa sentada no chão, mãos postadas, curtindo o sunset. Nunca me pareceu natural. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Só podia ser preconceito, eu pensava. Nunca fiz, nunca
entrei na onda, só pode ser despeito. Não desta vez. Que. Coisa. Mais. Chata. Disus!
Não aguentei cinco minutos do treino de yoga, juro. E não porque achei puxado,
só achei chato mesmo. Eu não admito ficar paradinha por tanto tempo. Nem sou
das mais agitadas, mas aquilo pra mim não desce. Enfim, agora posso zoar dos
iogues com tranquilidade. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Em contrapartida ontem fiz um treininho de boxe que, puta
merda, coisa mais querida. Então é isso, menos namastê, mais uppercuts pra esta
senhora aqui. E claro, cada um faz a atividade que mais lhe apetecer, mas não me
chame pra aplaudir o pôr do sol. <o:p></o:p></p><p class="MsoNormal"><br /></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn%3AANd9GcR1dFHmFFgKgFufGx2utMEjoTQFtPCpFeYm8w&usqp=CAU" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="178" data-original-width="283" height="279" src="https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn%3AANd9GcR1dFHmFFgKgFufGx2utMEjoTQFtPCpFeYm8w&usqp=CAU" width="443" /></a></div><p class="MsoNormal"><br /></p>Imediatahttp://www.blogger.com/profile/06067906770283006256noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-30980918.post-27571317877548472362020-08-03T11:04:00.001-03:002020-08-03T11:04:40.116-03:00Pai: nosso primeiro príncipe ou nosso primeiro sapo?<br />
<div class="MsoNormal">
Olá, garota. Tudo bem? Mais um Dia dos Pais vem aí. E sabe o que eu tava pensando? Em como o jeito de ser de nossos pais influencia na escolha dos homens que queremos para nossa vida. Procuramos a cara-metade que seja um espelho de nossos progenitores. Não sei dizer o porquê. Talvez Freud explique. Talvez porque procuramos o que nos seja comum, o que nos seja confortável...porque é com isto que estamos acostumadas (mesmo nem sempre isso sendo bom). E às vezes o que mais criticamos é o que mais vem ao nosso encontro (não se ache maluca: algumas terapias alternativas explicam bem isso. Tudo tem um motivo, pode acreditar). Você já ouviu um papo que filhas mulheres pagam por pais que zoaram a cabeça da mulherada na juventude? Eu sempre achei esta conversa tão injusta. Talvez tudo isso que estamos conversando seja o motivo para isso.</div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Os pais são a primeira referência que temos de um homem. Eu me lembro de como a presença masculina do meu avô passou confiança para minha mãe. Nunca a ouvi falar que “todo homem é vagabundo, que não presta” porque pra ela a sua imagem masculina era extremamente positiva. Eu pai era um homem de personalidade difícil, meio mandão mas, assim como meu vô, tinha uma vida muito familiar. Então, pra mim, acreditar nunca foi uma tarefa muito complica.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
O que eu gostaria é que este nosso bate-papo se tornasse um conselho para os que são ou serão pais: pense bem quanto vocês influenciarão a vida de suas pequenas. Isso vai fazer toda a diferença para elas no futuro. Pode acreditar.</div>
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<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
E você, tem alguma história pra contar do seu pai? Comente aqui ou envie email para asimediatas@gmail.com. Beijo e boa leitura!</div>
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<br /></div>
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<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Leia e depois veja filmes fofinhos de pai e filha:</div>
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<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<a href="http://www.adorocinema.com/filmes/filme-240944/">Uma família de dois</a> </div>
<div class="MsoNormal">
<a href="http://www.adorocinema.com/filmes/filme-46548/">A garota de Rosa Schocking</a> </div>
<div class="MsoNormal">
O<a href="http://www.adorocinema.com/filmes/filme-27063/"> Fabuloso destino de Amélie Poulain </a></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Estes são só alguns. Escreva nos comentários outros filmes sobre a história de pai e filha que você gostou.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiK7sZXThWTTCgZKaHdD9wMC5_-ie24Qy0TdLusHZD8mciOgEBKjn3AAizdLQgCranbid6nnSDJtb1hJMOfb5haPKAuc7iRH_hZhCwQoP590s7ZpkTyebMX3pV_832XJJ866ajY/s1600/conceito-de-dia-dos-pais-com-pai-e-filha-se-divertindo_23-2147805618.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="417" data-original-width="626" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiK7sZXThWTTCgZKaHdD9wMC5_-ie24Qy0TdLusHZD8mciOgEBKjn3AAizdLQgCranbid6nnSDJtb1hJMOfb5haPKAuc7iRH_hZhCwQoP590s7ZpkTyebMX3pV_832XJJ866ajY/s400/conceito-de-dia-dos-pais-com-pai-e-filha-se-divertindo_23-2147805618.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
Stella Bousfieldhttp://www.blogger.com/profile/14789691466298904012noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-30980918.post-48039542553078356942020-07-30T12:16:00.002-03:002020-07-30T12:16:55.742-03:00O egoísmo desmascarado (ou O Massacre da Quarentena Elétrica) <p class="MsoNormal" style="line-height: 200%; text-align: justify;"><span style="font-size: 10.5pt; line-height: 200%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">Você abre sua rede social favorita e lá estão,
amigos e conhecidos, brindando com chopinho, viajando pra “ver” o frio, em
festinhas animadas, ralando na academia, a programação é extensa. Às vezes usam
a máscara, pra mostrar um suposto comprometimento no combate a terrível
pandemia que nos assola. Como se bastasse. Outras vezes, nem isso, ligam o
foda-se pra geral. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 200%; text-align: justify;"><span style="font-size: 10.5pt; line-height: 200%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">Imagens de aglomeros diversos Brasil afora
estão cada vez mais comuns nestes dias tenebrosos. Pra mim, no entanto, é doloroso
ver tanta gente pondo-se em risco – e pondo tantas outras pessoas em risco – em
troca de algumas horas de entretenimento. É egoísta, é fútil, é constrangedor.
E também é perigoso. Fã de filmes de horror, eu inevitavelmente relaciono esta
galera com os jovens desavisados divertindo-se no camping de verão enquanto o serial
killer se aproxima. Jasons microscópicos invadindo pulmões, aliens chocando
seus ovos em órgãos internos, gremilins se multiplicando ad infinitum. Ai, que
gente burra, ai, que cansaço.</span><span style="font-size: 10.5pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 200%; text-align: center;"><span style="font-size: 10.5pt; line-height: 200%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">.......................................................................................................................................................................................<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 200%; text-align: justify;"><span style="font-size: 10.5pt; line-height: 200%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">O plot é simples e bem conhecido: um grupo de
amigos reunidos em algum lugar isolado se veem subitamente como vítimas
indefesas nas mãos de um psicopata imortal com habilidades ninja e o poder da
invisibilidade. O cara que alcança um velocista de 100 metros rasos com cinco
passadas largas e tranquilas. O sujeito que rasga carne, nervo, músculo e osso
como manteiga quente. A criatura que, a despeito de seu porte admirável
de mais de 1,90m, consegue se esgueirar para dentro da sua casa e você só vai vê-lo
quando o machado descer. É ele, a personificação do Jason Voorhees, cheio do
ódio insano em seu coraçãozinho apodrecido. Um covid (sobre)humano. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 200%; text-align: justify;"><span style="font-size: 10.5pt; line-height: 200%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><i>(Eu fui uma criança weird que trocava qualquer
produçãozinha da Disney por uma sessão de Sexta-Feira 13. Também me refestelava
com A Hora do Pesadelo e seu Freddy Krueger, luvinha de unhas metálicas
pontiagudas a postos para o ataque.)</i><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 200%; text-align: justify;"><span style="font-size: 10.5pt; line-height: 200%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">Existem diversas teorias que apontam os
motivos para gostarmos de obras de horror (filmes, séries, livros, enfim). Uma
delas defende que gostamos de passar medo porque, quando a situação assustadora
acaba, o alívio libera uma grande quantidade de endorfina no cérebro, causando bem-estar.
Daí o apreço pelos scary movies. Também porque quando o filme acaba, o perigo
já passou (ao contrário das festinhas quarentenárias). <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 200%; text-align: justify;"><span style="font-size: 10.5pt; line-height: 200%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">Ao longo dos anos desenvolvi toda uma
estratégia pra fugir das garras e das lâminas afiadas dos Jasons da vida real
(é sério, até comecei a correr pra isso). Agora percebo que devo incluir mais
uma linha de ação na hora de escapar da morte: <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>manter a maior distância possível dos
cloroquiners de plantão. Mais do que um facão desembainhado, é a falta de uma
máscara que faz meu coração palpitar de horror, atualmente. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 200%; text-align: justify;"><span style="font-size: 10.5pt; line-height: 200%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><img height="302" src="https://i0.wp.com/inspi.com.br/wp-content/uploads/2020/04/villains-against-covid19.jpg?fit=900%2C473&ssl=1" width="576" /></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 200%; text-align: justify;"><span style="font-size: 10.5pt; line-height: 200%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">(a arte linda é da artista russa Anastasia Panina) </span></p><br />Imediatahttp://www.blogger.com/profile/06067906770283006256noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-30980918.post-4779370367313729462020-07-15T11:44:00.001-03:002020-07-15T11:59:23.145-03:00Tô p da vida<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">A gente não tinha internet, smartphone, MTV, nem
dinheiro pra comprar discos e revistas. Eram os anos 80 e nossas fontes
primárias de cultura pop, música, cinema, celebridades era via rádio e
programas de auditório. O Viva a Noite, do finado Gugu, era o ponto alto da
semana.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-family: arial, sans-serif; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br />
<span style="background: white;">Nós também não tivemos referências familiares
muito significativas quando se tratava da área do entretenimento. Quer dizer…
mamis me apresentou Hitchcock, Woody Allen e Kubrick, mas na área musical ela
era mais Jovem Guarda que Novos Baianos.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-family: arial, sans-serif; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br />
<span style="background: white;">Nossos pais - meus e da Kelzinha, prima
inseparável - ouviam basicamente missa e sertanejo, nas rádios locais.
Sertanejo raiz, lógico, que até hoje levo Tonico e Tinoco, João Mineiro e Marciano
e César e Paulinho no coração.</span><br />
<span style="background: white;">Então veja bem, não me julgue mal. Nós queríamos
era rock´n roll, e para preencher este vazio existencial em nossas almas, este
desejo pela rebeldia, a contracultura, pelo polêmico e o controverso, nós
contávamos com… Roupa Nova, Biquíni Cavadão e Yahoo (<a href="https://www.bandaderocknacional.com.br/yahoo.php">procure sabe</a>r).<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-family: arial, sans-serif; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br />
<span style="background: white;">Nosso encantamento com as performances da Sandra
de Sá e do Fábio Junior beiravam a idolatria. Mas todo nosso amor era reservado
ao grupo Dominó.</span><br />
<span style="background: white;">Como concluímos que Dominó era rock´n roll eu
nunca vou descobrir, mas era o que tinha para o momento.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-family: arial, sans-serif; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br />
<span style="background: white;">Certa noite de sábado, enquanto dublávamos os
gritinhos de “Viva a Noiteeeee” de mr. Liberato, chamaram a atração principal
do programa, o Dominó, claro. Urros de histeria. O Afonso, band leader divoso e
topetudo, ostentando um mullet de respeito, anunciou música
nova. Delírio. Queríamos entrar na televisão, tamanho o furor.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-family: arial, sans-serif; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br />
<span style="background: white;">Pois Afonso anunciou seu futuro novo sucesso com
pompa e circunstância. Era uma MÚSICA DE PROTESTO, no que minha comunistazinha
interior ainda não desabrochada (eu só tinha oito anos) gritou de emoção. A
música falava da atual situação do Brasil, das dificuldades, da indignação e do
desânimo de seu povo honesto e trabalhador. O título: Tô p da vida.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-family: arial, sans-serif; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br />
<span style="background: white;">Aí eles cantaram e nós fizemos um esforço imenso
pera absorver de imediato toda aquela letra linda e cheia de significados. A gente
só queria saber aquela melodia primorosa de cor, pra cantar a plenos pulmões na
sacada, tendo como platéia o Capão Cagado (que é a localidade onde minha prima
residia). <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-family: arial, sans-serif; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br />
<span style="background: white;">Mas é claro que não rolou. Como ficamos desoladas…
a música era nova, de um disco novo, e provavelmente ia levar semanas pra
começar a tocar na rádio. Dormimos abatidas, mas no outro dia Kelzinha
despertou com uma ideia genial em mente: se havia alguém que poderia nos
ajudar, esse alguém seria o Geraldo.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">O Geraldo era irmão de Kelzinha, jovem adulto de
seus 18, 20 anos, vivia nas baladas, bebia e fumava, conhecia o mundo lá fora.
É claro que Geraldo saberia a letra inteirinha de tô p da vida.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-family: arial, sans-serif; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br />
<span style="background: white;">Esperamos o moço acordar, lá pelo meio dia, e,
ansiosas, bloquinho e caneta em mãos, fomos até ele.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-family: arial, sans-serif; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br />
<span style="background: white;">“Geraldo, Geraldo, Geraldo, presta atenção,
ajuda a gente!”, estrilou kelzinha, frenética.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">“Hummmmfff”, bufou o bom vivant, ressaqueadissimo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">“Sério, Geraldo, presta atenção!”, insistia a
menina. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">“Sai daqui, Kelzinha!”, ele gritou, atirando uma
almofada em nossa direção.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">“Oooow, mãe!”, Kelzinha apelou para a progenitora
dos dois. Sendo ela a caçulinha mimada, foi atendida.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">“Geraldo, presta atenção na menina, tadinha!”,
ordenou tia Zilda. Suspirando, Geraldo dignou um olhar em nossa direção: “o que
é?”<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">“Geraldo, eu nunca te pedi nada (era mentira), mas a
gente PRECISA da letra da nova música do Dominó”, explicou a irmãzinha.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Geraldo resmungou mais um pouco, respirou fundo, mas
finalmente pegou o caderninho e começou a escrever.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-family: arial, sans-serif; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br />
<span style="background: white;">Risca daqui, rabisca dali, rasura, pensa, volta
a escrever. Foram uns quinze minutos da mais pura ansiedade infantil. Em breve,
teríamos nas mãos a tão sonhada daquele hino roqueiro com consciência política
que ameaça, mas não fala palavrão porque é feio e a família tradicional
brasileira reprovaria.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-family: arial, sans-serif; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br />
<span style="background: white;">Finalmente, depois de tanta espera, Geraldo
repousa a caneta na mesa, suspira mais uma vez e anuncia: “Pronto, terminei”. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-family: arial, sans-serif; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br />
<span style="background: white;">Agarramos o bloquinho com as mãozinhas ávidas.
Nele, jazia escrito uma única frase: “tô p da vida”. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-family: arial, sans-serif; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br />
<span style="background: white;">Corremos amuadas para o quarto, de onde ainda
conseguíamos ouvir a gargalhada retumbante daquela alma cruel.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-family: arial, sans-serif; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br />
<span style="background: white;">É meio irônico porque hoje levei uns três segundos
dando um Google pra conferir a letra de “Na raba toma tapão”. Venci na vida e o
céu (e o wifi) são meu limite. </span></span><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="background: white;"><br /></span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjRMU256TL5xz5FpfZPF61pCwJRHOVdD5UO3pmmgvcaZFteS-_NBR9oL3wwhG9H-TOm78HJAnNoK20YsbbiIddU0z-oghoHlZnae-uxORDaNuSDzgGe0M47ipMs-p3M2Z90qXZB/s1600/Domino.jpeg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="347" data-original-width="450" height="246" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjRMU256TL5xz5FpfZPF61pCwJRHOVdD5UO3pmmgvcaZFteS-_NBR9oL3wwhG9H-TOm78HJAnNoK20YsbbiIddU0z-oghoHlZnae-uxORDaNuSDzgGe0M47ipMs-p3M2Z90qXZB/s320/Domino.jpeg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="background: white;"><br /></span></span></div>
<br />Imediatahttp://www.blogger.com/profile/06067906770283006256noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-30980918.post-4711325118382551262020-07-14T12:01:00.005-03:002020-07-14T12:07:56.974-03:00Quanta pressão!<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
Olá, garota! E aí, curtindo um pouquinho desta loucura toda?
Quem está bem normal da cabeça aí levanta a mão. Então, um dia desses fui espairecer
um pouco de tudo isso e vi um post no canal <a href="https://www.instagram.com/hooponoponobr/">Hooponopono</a> no Instagram que me
chamou a atenção. Falava dessa coisa louca da nossa sociedade de colocar ordem
e idade em tudo, de ter combinado (sem o nosso consentimento) que
encontraríamos nossos caminhos profissionais e amorosos aos vinte. (justamente
aos vinte, quando ainda nada faz sentido em nossa mente!).</div>
<div class="MsoNormal">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Daí fica a pergunta: por que não descobrir seu caminho
apenas aos 30, seu amor aos 40, seu propósito aos 50? Por que um rolo
compressor passa em cima das expectativas de cada uma de nós?</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Você já viu o
filme “Os homens são de Marte...e é pra lá que eu vou”. É engraçadinho, né? E
também muito desesperador. Quem já passou por isso entende bem a angústia da
personagem vivida por Mônica Martelli. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
E sabe o que essa pressa gera? Casamentos nascidos fadados ao
fracasso simplesmente pelo fato do relacionamento não ter tido o tempo
suficiente de ter amadurecido. O anseio é cumprir o protocolo casamento antes
dos 30+ filho. E depois? Bem, o que vem depois é uma vida de vitrine à base de
muita sertralina e sorriso no rosto: missão dada, missão cumprida. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="mso-spacerun: yes;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
Mas isso também vale para para a profissão. E daí se
percebermos que nossa primeira escolha não foi a mais acertada. E daí demorar para
perceber outro caminho. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>E daí recomeçar?
Eu tento buscar uma outra profissão mas não sei bem ainda o que é. Mentira, sei
sim. O que dá é um medo absurdo de começar do zero. Na verdade o que eu vejo é
muitas mulheres buscando um novo caminho para recomeçar. E o caminho é este
mesmo: se dar a este direito. Sempre é hora, sempre é tempo. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Leia ouvindo: <a href="https://www.youtube.com/watch?v=a01QQZyl-_I">https://www.youtube.com/watch?v=a01QQZyl-_I</a>
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhowE_xocy8fPKJhN0i-dvET6hHnkqiAf5Zf5XpqbLM5eVPsdhmFtRFpzvQDZQwFb45Ow-DKRN377D6VpvVfHoSYeZxheoVLfVk_U-7YgBCGbjypBrS20Z_8nztYT-q23NcfHhb/s1600/usando-panela-pressao-corretamente.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="306" data-original-width="545" height="223" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhowE_xocy8fPKJhN0i-dvET6hHnkqiAf5Zf5XpqbLM5eVPsdhmFtRFpzvQDZQwFb45Ow-DKRN377D6VpvVfHoSYeZxheoVLfVk_U-7YgBCGbjypBrS20Z_8nztYT-q23NcfHhb/s400/usando-panela-pressao-corretamente.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
Stella Bousfieldhttp://www.blogger.com/profile/14789691466298904012noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-30980918.post-65624460017102934252020-06-30T15:34:00.001-03:002020-06-30T15:39:21.338-03:00Yes, we back<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: center;">
<div dir="ltr" style="line-height: 1.8; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: left;">
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="MsoNormal">
Imediata de novo? Yes, de novo! Este projeto parece mesmo
viver em uma metamorfose ambulante meio seixasniana, intercalando algumas fases
que são bastante significativas para o universo<span style="mso-spacerun: yes;">
</span>feminino, para o nosso universo, pelo menos. Nasceu como projeto de conclusão
de graduação láaaaaaa em 1999, ainda como proposta de um projeto de uma revista
impressa, que preencheria uma lacuna no mercado editorial para um público
focado em mulheres de 20 anos, nada da comportada revista Claudia, nem da
ninfomaníaca Nova ou Marie Claire. De um projeto impresso transformou-se em
site adequando-se à realidade financeira de três quase formandas, eu Cintia
Teixeira e Renata Nymberg. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
O site era divertidíssimo, que pena que não guardamos os
arquivos, foram registros bem interessantes, como por exemplo, o show da
Gretchen (à moda antiga! Dá pra imaginar?). Vinte anos. Recém-formadas. Muitos
projetos. Muitas possibilidades. Vida amorosa instável. O mundo era nosso.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Após alguns anos o projeto voltou em formato de blog. Acabei
escrevendo pouco e a Cíntia acabou tomando a divertida tarefa de atualização do
canal. Ela escrevia de Tubarão e eu (quando escrevia), de Joinville. Trinta
anos. A carreira um pouco mais consolidada. Primeiras conquistas materiais.
Início de um relacionamento sério. A gente se adequou ao mundo.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
E aqui estamos nós. Depois de uma breve (?) pausa de nove
anos, voltamos com o olhar de quem tá na idade da loba com muito mais histórias
para compartilhar. Ainda com tudo em cima, mais experientes do que nunca,
sabendo o que queremos (ou não), mais decididas. Quarenta anos. Relacionamento
estável. Foda-se o mundo. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEif4LwWUdHbfIFUN6VKassyHeE9bkzbWViB996nxP-EUgLve8L3stCBOXi7wU5hpFORgkUC0xQXbn8ZqEBSMCCe3k3758-RGez57i4i3KYE_hWTw0MlRlDWlkHE_me39KKwAlCv/s1600/tres-garotas-atraentes-deitada-na-cama-com-as-pernas-levantadas_222709-1112.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="417" data-original-width="626" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEif4LwWUdHbfIFUN6VKassyHeE9bkzbWViB996nxP-EUgLve8L3stCBOXi7wU5hpFORgkUC0xQXbn8ZqEBSMCCe3k3758-RGez57i4i3KYE_hWTw0MlRlDWlkHE_me39KKwAlCv/s320/tres-garotas-atraentes-deitada-na-cama-com-as-pernas-levantadas_222709-1112.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<br /></div>
</div>
Stella Bousfieldhttp://www.blogger.com/profile/14789691466298904012noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-30980918.post-80614429292899201382020-06-30T14:48:00.000-03:002020-06-30T14:51:22.573-03:00We're back, bitches!!!Quem aí não teve um caderninho cor de rosa com um cadeado minúsculo, escondido debaixo do travesseiro, que atire a primeira caneta perfumada. Ganhei meu primeiro diário aos oito anos e, desde então, inúmeras agendas reaproveitadas e cadernos velhos sucederam-se na missão de registrar minhas memórias.<br />
<br />
Escrever um diário é uma atividade altamente recomendada - e por inúmeros motivos. Para eternizar momentos interessantes, curiosos, inesquecíveis (ou perfeitamente esquecíveis); para promover saúde mental, exorcizar demônios íntimos, fazer confissões, revelar desejos e segredos... O papel (ou algum arquivo escondido no seu computador) aceita tudo sem recriminações, como bem sabemos.<br />
<br />
Também é uma forma interessante de autoconhecimento. Já escreveu um diário e, ao reencontrá-lo anos depois espantou-se com a maturidade (ou a falta dela), com os relatos ingênuos, absurdos, com as histórias que poderiam ser uma <a href="https://super.abril.com.br/ciencia/como-nascem-as-memorias-falsas/">memória falsa</a> se não estivessem devidamente registradas? Com o blog das Imediatas funcionou mais ou menos assim. Pensado para ser uma continuidade de nosso projeto de conclusão de curso (uma revista feminina não convencional), o Imediatas encontrou sobrevida com a facilidade e o custo zero oferecidos pela internet. Virou blog, virou diário, um livro aberto sobre mulheres adultas zero glamour e ostentação, 100% vida real com aquela pitadinha de humor safado (e mais autodepreciativo do que eu gostaria).<br />
<br />
Reler os posts antigos (o blog teve início em 2006) me deixou bastante surpresa, ligeiramente incomodada e, de modo geral, relativamente feliz com o que eu era, fui, e pensava há mais de nove anos. Que bom que a gente amadurece. Que ruim que a gente amadurece.<br />
<br />
Manter o blog foi uma experiência prazerosa, um exercício de escrita criativa, um rascunho para pensamentos e ideias não muito bem desenvolvidos, um registro de histórias absurdas ouvidas por aí. O As Imediatas (res)surgiu num momento legal, suprindo uma necessidade de contar histórias (algo que jamais me abandonou, de fato). Mas a vida se encarrega de te fazer perder o foco e mergulhar em outros tantos projetos e rotinas e o hábito de escrever cotidianamente acabou ficando pra trás.<br />
<br />
O convite da amiga imediata Stella B. veio em hora boa, numa hora complicada de nossa existência e que, por isso mesmo, suscita tantos pensamentos aleatórios que talvez, para trazer alívio mental, precisem ser despejados / transformados em palavras.<br />
<br />
Então vamos mais uma vez brincar de escrever e resgatar este hábito. Lembro de certa vez chegar em casa da escola, há coisa de trinta e tantos anos, e encontrar minha mãe, tias e primas, todas ao redor do meu diariozinho, rindo descontroladamente. A vergonha e o desconforto que senti naquele momento foram esmagadores. Hoje, não seriam. Mãe, tias e primas, fiquem à vontade para ler, compartilhar e rir de nossas histórias no Imediatas 4.0!
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgch89HiB2z-ijmHtFpkwLItT7JBNJuglIh-Tje0U9vPVA33QB2l1LH47CjZuuspH7cZNOCuS9XG-9hzjJ3tU2yG0HbJN563wbEO1nKykhmCOIOb7o8I_NHEXfrY7OWZIzRrKU-/s1600/Diario.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1182" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgch89HiB2z-ijmHtFpkwLItT7JBNJuglIh-Tje0U9vPVA33QB2l1LH47CjZuuspH7cZNOCuS9XG-9hzjJ3tU2yG0HbJN563wbEO1nKykhmCOIOb7o8I_NHEXfrY7OWZIzRrKU-/s400/Diario.png" width="295" /></a></div>
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<br />Imediatahttp://www.blogger.com/profile/06067906770283006256noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-30980918.post-16121976982151428032011-08-30T15:30:00.001-03:002011-08-30T15:42:26.864-03:00Como manter acesa a chama da paixãoDaí o namorido, todo pimpão, dá uma passadinha em meu flat (hohoho) e anuncia que vai sair com os amigos. Pela quarta vez consecutiva. Levar a mulher de sua vida para jantar? Ih, faz tempo. Cineminha? "Só quando tiver filme bom em cartaz", argumenta, muito sabido e metido a cinéfilo. Ultimamente minha vida romântica se resume a sessões intermináveis de séries, regadas a muito Kit-Kat e amendoim japonês. Não que eu esteja reclamando, até gosto desta rotininha de casal (<strike>de idosos</strike>), mas, enfim, quebrá-la (a rotina, não a cara do namorado) de vez em quando também faz bem. <br />
Pensando nisso (e incentivada pelos últimos comentários no blog), pensei em trazer à baila, na lição de hoje, um manual basicão sobre como manter acesa a chama da paixão (HAHAHAHHAHA, sou do tipo que ri das próprias piadinhas, ok?). Sendo assim, mãos à obra! <br />
Cansada daquela rotininha maçante proporcionada pelo maridão (noivo, namorado, rolo e afins)? Já não aguenta mais a cara do bofe estirado em frente à TV, vendo futebol e babando na capa da almofada limpinha? <br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh1VVRHGI0F4OcmSjcQT9uq6ybZ_dowrjVFTYUpu4P8F9WDIOMaJyoarmnrAtwzwkVVrOuVfGpD1O5YI5HCWIdHqWmrqsF_TB6yD6ZMp90XnOuK6qfTr4TAp59jAhmSDEZlQF2Wsw/s320/homem_sofa_portugal_porreiro.jpg" imageanchor="1" style="margin-left:1em; margin-right:1em"><img border="0" height="320" width="249" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh1VVRHGI0F4OcmSjcQT9uq6ybZ_dowrjVFTYUpu4P8F9WDIOMaJyoarmnrAtwzwkVVrOuVfGpD1O5YI5HCWIdHqWmrqsF_TB6yD6ZMp90XnOuK6qfTr4TAp59jAhmSDEZlQF2Wsw/s320/homem_sofa_portugal_porreiro.jpg" /></a></div><br />
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As outrora vigorosas sessões de sexo foram substituídas por algo mecânico e pré-agendado (quarta-feira, amor, vamos brincar de fazer neném)? Cansada por nunca mais ter recebido elogios, flores, presentinhos inesperados e propostas de viagens-relâmpago a um romântico hotel-fazenda? Filhinha, tá na hora de dar aquela chacoalhada em seu relacionamento. <br />
Reclame. Sim, amiga, ponha a boca no trombone, conte para as amigas, desabafe no seu blog (ahahahahha!), alfinete-o sempre que possível (mas de maneira elegante, não saia do salto). Torça para que a estratégia funcione. <br />
Não funcionou? Ok, temos mais algumas cartas na manga. <br />
Se o querido não toma nenhuma iniciativa, assuma a dianteira e proponha ao gajo tudo aquilo que você tem em mente (ok, talvez não tudo). Porque reclamar é fácil, néam, gata?, mas há quanto tempo você não dá aquela geralzona nas partes pudentas com brazilian wax e arrasa na lingerie novinha? Tem certeza que não está abusando das calçolas da vovó, aquelas em tom bege-espanta-homem? O visú tá em dia? E as finanças? Se estiver tudo azul, leve-o você para jantar. Presenteie-o você mesma, inesperadamente (e aí vale tudo, desde um smartphone até uma cueca no formato de elefantinho, passando pelo anel peniano ou por um livro do Proust). Faça uma massagem “relaxante”. Invista numa dança sensual só para os olhos dele. Assuma as panelas e faça aquela massa que ele tanto gosta. <br />
Tentou tudo isso e não deu em nada? Ops, o caso é difícil (mas não impossível). <br />
Matreiramente (como só as mulheres sabem fazer), faça-o lembrar de quando se conheceram, as primeiras baladinhas juntos, a primeira garrafa de vodka que dividiram, aquela rapidinha marota que teve que ser interrompida porque alguém queria usar o banheiro, estes grandes momentos que os transformaram no casal maravilhoso que são hoje. Apele para o “psicológico”, faça ele ter saudades de seu antigo “eu” (no caso, o “eu” dele). Diga que também tem saudades desta época. <br />
Se depois disso, a coisa não andar, só restam duas alternativas: terapia de casal ou... é melhor arrumar alguém mais animadinho, né? (olha a ameaça...). <br />
Enfim, estou na fase da boca no trombone (deu pra notar?). Já xinguei, briguei, fiz beicinho e afins. Aí o fofo teve o desplante de me convidar pra inauguração de um restaurante mexicano, aqui em Shark city. Detalhe: o convite, inicialmente, havia sido feito POR MIM, há coisa de uma semana. Originalidade é mato. <br />
<i><br />
• dicas absorvidas e adaptadas da melhor revista feminina ever, a Cosmopolitan/Nova (contém quilos e litros de ironia). </i><br />
Imediatahttp://www.blogger.com/profile/06067906770283006256noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-30980918.post-55029017544916981972011-08-24T17:39:00.001-03:002011-08-24T18:05:59.798-03:00Como encontrar seu príncipe encantado na balada (o título é pega-corno no Google, sou malandra)
<br />
<br />Aí você se encontra às vésperas de ser considerada titia oficialmente (ok, seu sobrinho mais novo já está com sete anos, agilize!) e ainda se recupera do pé-na-bunda antológico que o traste do seu ex-marido/namorado/noivo lhe deu. Respire fundo, muita calma e leia o post anterior para saber como proceder.
<br />Então, pronta pro abate? A aula de hoje é sobre a mágica arte de conquistar sua alma-gêmea na balada. Yes! Então capricha no saltão e no batom vermelho e... ops, te peguei, hein? É, fia, definitivamente não é partindo pro clichê de Mulher Caçadora que você vai sair do 0x0. Lembre-se que sutileza é vida. Cuidado com vestidos muito curtos, saltos muito altos, batons muito vermelhos e cachos muito loiros. Você quer um marido, e não ser considerada a nova biscate divorciada/largada/abandonada do bairro, néam? Seja (ou pareça) fina. Até os bofes mais chucros se admiram com a fineza feminina. Não fale alto, não GRITE, não gargalhe atirando a cabeça pra trás propositalmente (a não ser que seja sua marca registrada, aí paciência).
<br />Roupinha sexy-sem-ser-vulgar escolhida, maquiagem clean-fake (do tipo que parece que você não fez nada, quando passou uma hora e meia corrigindo a cobertura da base), saltinhos decentes (mas confortáveis: pior coisa é ver a muiézinha capengando no meio do salão, cuide da postura): bóra pra luta.
<br />A escolha do lugar: aí vai depender do tipo de homem que você quer conquistar. Se for um gurizão, todos os barzinhos/boates da cidade (de todas as cidades) estão liberados. Se for um tipão mais velho, aí complica. Restaurantes descolados, onde rola um happy hour amigo, são boas sugestões. Bailões com música sertaneja: têm potencial, não os despreze. Mas seja seletiva, olho vivo! Festas na casa de amigos populares são boas dicas, sempre tem alguém dando sopa.
<br />A bebida: um ou dois drinks não fazem mal a ninguém. UM OU DOIS DRINKS. Chutou o balde? Encerre a caça esta noite, está fadada ao fracasso. Você curte homem bêbado bafejando no seu ouvidinho? Então...
<br />A música: não tente ser o centro das atenções exibindo suas habilidades na pole-dance. Não desça até o chão nem bote a mão no joelho, dando uma abaixadinha em seguida. O resto tá liberado.
<br />O olhar: amiga, não faz a coruja, girando a cabeça 180º por segundo a procura de um olhar interessado. Low profile é de regra. Observe discretamente, alguém vai morder a isca, se Deus quiser.
<br />Se alguém se aproximar, belezera. Inicie uma conversa com um sorriso simpático. Por favor, logo no primeiro encontro, não precisa informar que o bastardo do ex está com a pensão atrasada, que você está deprimida por estar solteira, que a família inteira anda cobrando casório, ou, pior, que sonha em ter quatro filhos. Cale esta boca!
<br />Se ninguém se aproximar: não desanime. Encha-se de coragem e troque comentários com aquele tipinho interessante ao seu lado.
<br />Sexo no primeiro encontro? Você que sabe, amiga. Se rolar, rolou. E se ele não te ligar mais depois, mande este homem das cavernas à merda. Camisinha, né?
<br />Enfim, é por aí. Seguindo estas regrinhas de ouro, você certamente iniciará 2012 com uma vistosa aliança no dedinho. Ou, pelo menos, com alguma história hilária pra contar. Tenha fé.
<br />Imediatahttp://www.blogger.com/profile/06067906770283006256noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-30980918.post-28098753114461909542011-08-24T16:48:00.005-03:002011-08-24T17:32:11.010-03:00Mulher CaçadoraVocê, gatinha marota, que perdeu preciosos seis (sete, oito?) anos de sua vida com aquele namorado imprestável que abusava do desodorante Axe, cortava as unhas do pé na sala e dormia de meia;
<br />Você, que investiu sangue, suor e lágrimas num (im)provável casamento, comprou terreno no Monte Castelo, deixou a manicure de lado por um ano só pra economizar pros tijolos e telhas;
<br />Você, que já sonhava com a decoração da igreja no dia do casório, e no churrasco com maionese que se seguiria depois, no centro comunitário anexo;
<br />Você, querida amiga, que de repente se vê novamente solteira: CORAGEM. Agora que seu relacionamento acabou, é preciso ter em mente duas certezas:
<br />1) Não tem como você encontrar um outro sujeitinho tão mala quanto o primeiro, é praticamente impossível.
<br />2) Homens solteiros com mais de 30 não existem.
<br />Partindo desta triste e dramática premissa, vamos aos fatos:
<br />a) Garotões lindos, solteiros e sarados com menos de 30 anos estão aí pra isso mesmo;
<br />b) Homens divorciados, charmosos, inteligentes e bem-sucedidos, com (mais ou menos) mais de 40 também – e a vantagem é que já fizeram o testdrive com alguma outra pobre-coitada;
<br />c) Sempre existe a possibilidade de você partir pro lesbianismo.
<br />
<br />Porque, né, gente?, casar hoje virou Festa da Uva, o jovem casalzinho se apaixona e no mês seguinte já dá entrada nos papéis, sem sequer imaginar que: ele vai roncar/peidar a noite toda; ela vai esquecer a depilação por meses a fio; a TPM dela vai deixar de ser temporária para se tornar permanente, 24/7; o descaso dele pela própria aparência vai se tornar tão alarmante que será necessário tocá-lo para o banho semanalmente (pelo menos); nenhum dos dois é papai e mamãe de nenhum dos dois – e é aí que a porca torce o rabicó.
<br />
<br />Enfim, vistas todas as suas possibilidades, vamos à luta. Perca aqueles quatro (seis, oito?) quilinhos que adquiriu durante sua vida de comprometida, passando noites a fio pedindo pizza e bebendo vinho barato em frente à TV. Afine esta cintura, pelamor. E de preferência não a engrosse mais (exceções são permitidas para casos de gravidez).
<br />Renove seu guarda-roupa. Venda o terreno do Monte Castelo e invista em peças sexies (mas não periguetes, pleeeease), que valorizem suas novas formas pós-separação. Não esqueça dos sapatos!
<br />Arregimente aquelas amigas que até ontem você ignorava no MSN (“ai, credo, só falam de homem...”). Elas serão sua porta de entrada para a vida da Mulher Caçadora. Sim, querida amiga-que-não-consegue-ficar-sozinha (fica a dica, Débora, que nunca vai entrar aqui pra ler isso): agora você é oficialmente uma Caçadora. Mas com muito mais expertise, savoir-faire, jogo de cintura e bom gosto (bom, pelo menos é o esperado: amadurecer também serve pra isso!).
<br />Se sobrar dinheiro, melhor ainda: mulheres bem-sucedidas são afrodisíacas (hahahah). Não venda o terreno do Monte Castelo e construa sua casa. Só sua. Lindona.
<br />Esqueça esta ideia fixa (que sua avó implantou em sua cabecinha) de que tem que “arrumar marido rico”. Bobinha... homens ricos casam com meninas de 20. Lindas. Saradas. Perfeitas. Em contrapartida, agora que você é uma mulher de respeito, tem casa própria e tudo, também pode se dar ao luxo de casar com um menino de 20. Igualdade entre os sexos é a palavra-chave, galero.
<br />Estude. Leia. Ande sempre bem informadinha. Ok, pelo menos não use o português errado, “nós vai”, “eu truxe”, “tá meia cheia/vazia/estragada”. A não ser que seu foco sejam homens burrinhos. Tem gosto pra tudo.
<br />Atenção aos detalhes: sobrancelhas e unhas em dia, cabelos impecáveis. Homem não repara em detalhe, você poderá me dizer. Mas repara o resultado geral.
<br />Enfim, agora é só atacar! Seja seletiva, não pareça desesperada. Boa sorte.
<br />Mais uma dica: esqueça tudo isso e vá ler um livro. Perder tempo pensando em achar homem é uó.
<br />Em breve: como encontrar seu príncipe na balada (hahaha, vou me divertir muito escrevendo isso). Imediatahttp://www.blogger.com/profile/06067906770283006256noreply@blogger.com8tag:blogger.com,1999:blog-30980918.post-29970175317881995922011-07-19T16:26:00.005-03:002011-07-19T16:55:55.056-03:00Nerd, não-nerd, patricinhas, mauricinhos e seja qual for o raio da tribo que exista hoje: estão todos convidados<span style="font-weight:bold;">1º NOB-TUB</span><br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhrkK3gAPQ51LlJXdAY3sFyDVLYYsOWC1VDr81Ufq8FT6_1umdSgT_Ar5Y6dv6jCMRtxq7uROAjSLlU79O2mbUebbkBTc8wyknW_qxcXvUt1VBZR0AoNXPp_u2wjYK6-h7y5gbf/s1600-r/beer_toast1.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 450px; height: 338px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhrkK3gAPQ51LlJXdAY3sFyDVLYYsOWC1VDr81Ufq8FT6_1umdSgT_Ar5Y6dv6jCMRtxq7uROAjSLlU79O2mbUebbkBTc8wyknW_qxcXvUt1VBZR0AoNXPp_u2wjYK6-h7y5gbf/s1600-r/beer_toast1.jpg" border="0" alt="" /></a><br /><br /><br />Que tal entrar em contato com todo aquele povo bonito e simpático que transforma sua timeline num stand-up comedy virtual diário?<br />Ou conhecer "ao vivo e a cores" os avatares mais engajados, politizados e bem informados da região?<br />De repente, trocar urls com aquele blogueiro divertido e polêmico que tanto admira?<br />Esta é a sua oportunidade! Participe da primeira edição do NOB-TUB, que vai acontecer no próximo dia 27 de julho, a partir das 20h, na Dilson Pizzaria. A entrada é franca, a diversão é garantida e o contato humano, indispensável.<br />O NOB (NerdsOnBeer) é um evento aberto a todos os interessados cujo objetivo é promover o entrosamento entre todas as tribos que fazem uso das mídias sociais (ou não). O encontro não tem regras – ou apenas uma regra – conversar, interagir, conhecer pessoas interessantes, ampliar seu círculo de amizades/contatos/fontes.<br />Ah! Quase esquecemos de uma informação importantíssima: Os participantes do NOB-TUB terão descontinho amigo no delicioso chopp do Dilson. Venha, participe e seja feliz com a gente.Imediatahttp://www.blogger.com/profile/06067906770283006256noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-30980918.post-45956024099115931872011-03-02T17:19:00.003-03:002011-03-02T17:58:22.763-03:00Moda : as finas de Paris, as doidas de LondresClaro que não sou nenhuma especialista (hahaha, longe disso). Mas minhas incursões por editoriais de moda em todos os formatos e meu interesse sui generis pelo tema me levaram a escrever um modesto post sobre a moda em Paris e tudo o que você deve ter no armário para o inverno que se aproxima. Claro, vale a sugestão, não há nenhuma regra. Até porque... acredito que será meio difícil fazer os brasileiros (homens) usarem LEGGING, coisa que os londrinos fazem com maestria (e sem nenhuma vibe gay, juro). <br />Em Paris o que impera é a elegância e a reinvenção do clássico. Lá não vinga nenhuma modinha maluca e temporal, como saias de tule e cortes de cabelo moicano. Mulherada se joga nas botonas (aí valem coturnos lindos, saltões vertiginosos e flats fofinhas), usadas com meia-calça grossa ou mesmo leggings. E os casacões pesados e lindos de morrer, super bem cortados, ajustadinhos. <br />Ah, e tem todo o glamour das echarpes fofonas, enoooormes, de todos os materiais possíveis (lã é um básicão digno e indispensável). Sim, tanto elas quanto eles usam boinas e gorros, acho lindo e comprei meia dúzia (mentira, só três). <br />O casaco super quentinho e volumoso se justifica: suficiente para, sozinho, espantar o frio da rua, pode ser usado com quase nada embaixo, já que deve ser descartado ao se entrar em qualquer lugar: aquecimento central é luxo e alegoria indispensável por lá. Tá com muito frio? Se joga em qualquer lojinha ou boteco que vai estar quentinho.<br />Os homens são absurdamente ligados em moda, não vi nenhum cafonão com a camiseta do time (ops, @caetanomachado, foi mal...) e aquela calça véia de moleton frouxa na bunda. Os caras usam ternos de corte perfeito, ou jeans (skinny, skinny, skinny!!!), com os casacões superpower. Seus cortes de cabelo mereceriam uma postagem exclusiva, mas não tenho muita habilidade pra desenvolver algo na seara capilar. Meio compridinhos, meio desleixados "propositalmente" (mas com aquele jeitão de que foram repicados com esmero no coiffeur mais caro do quarteirão). Eles também lançam mão das echarpes e cachecóis grandões/gigantes. Pra complementar, luvas e boinas. Amei. Só não fiz fotos dos caras no metrô porque fiquei com vergoinha. Sei lá, vai que alguém resolve pedir direitos de imagem, né? <br />Já em Londres o que impera é a originalidade. Nada de sair por lá "uniformizadinho", jeans e camiseta sozinhos não ornam ninguém. Olha, é cada figuraça que me dá vontade de voltar só pra ficar na janela olhando os tipões excêntricos. <br />Claro, pode observar um certo padrão: meninas de vestidos (bem fofos) e sapatilha, meninos de legging (já falei que é sério), coturnos e jaquetinhas ou casacos pesados. <br />Por ficarmos apenas três dias por lá, não deu pra apurar muita coisa, mas algo me intriga (e se alguém por aí tem experiência em Londres, favor explicar): o frio tava de lascar, chuva incessante, minha pele ressecou inteirinha (ah, Avéne, o que seria de mim sem você?), mas a galera nem tchuns, dispensam até meia-calça pra exibir as pernocas branquelas. Só de olhar me arrepiava. Mas tá valendo, talvez tenham se acostumado com estas agruras climáticas. <br />Em Londres o povo é doido, usa acessórios ultra-bacanas, mix de estampas, chapéus alucinantes, cortes de cabelo UAU, makeups lika Lady Gaga. Vi até uma mulher de calça de pijama no metrô. Não, não era louca nem mendiga. E o povo nem confiança, tudo pode, nada é proibido e "estranho" (pra eles, néam?). <br />Enfim, foi uma puta aula de estilo e comportamento. Espero conseguir adaptar alguma coisa pro nosso inverninho tão amigável. Claro, tem muito mais, vou postando assim que possível.Imediatahttp://www.blogger.com/profile/06067906770283006256noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-30980918.post-44178054255890171562011-03-02T16:24:00.008-03:002011-03-02T17:13:58.624-03:00Como ser pobre (e feliz) em ParisAi, gents, voltei da minha venturosa peregrinação a Paris e Londres ontem e só agora me dignei a postar algo a respeito. Não é fácil: quando você dispõe de poucos dias para conhecer tudo aquilo, não é de bom tom ficar na frente de um computador quando o mundo revoluciona lá fora, há muito o que fazer e as horas de folga são direcionadas ao sono dos justos. Porque se anda muitíssimo, ainda que com a providencial ajuda dos metrôs. E só não emagreci uma grama porque também se come como reis e clérigos. <br />Dizer que foi sensacional, um "sonho realizado", a coisa mais maravilhosa ever e afins é pecar pelo clichesismo e pelo lugar-comum. As duas cidades são maravilhosas (ainda mais para quem tem o bolso recheado daquele rico dinheirinho europeu, claro). <br />A temperatura variou entre os quatro e os oito graus, dilícia que me fez parar para pensar sobre minhas aquisições em matéria de casacos. Eu não sabia, mas meus lindos trenchcoats não SERVEM para o inverninho das zoropa, nem mesmo para o fim do inverno. Tem que ser lã, senão é foda e você vai peregrinar de um lado a outro encolhidinha feito uma ostra, batendo o queixo. Tênis são excelentes opções para o city tour, ainda que não tão glamourosos quanto as botinhas que TODAS as francesas ostentam em seus delicados pezinhos (claro, elas não estão ali para percorrer a cidade de ponta a ponta). <br />Falo mais sobre Paris porque foi onde permaneci por mais tempo (cinco dias muito intensos). Neste período, pude comprovar e refutar algumas das teorias mais repetidas pelo senso comum sobre a Cidade Luz. <br />Primeiro: Capital da Moda, néam? Fato. TODOS os franceses são lindíssimos, homens e mulheres. Magros, elegantes, bem vestidos e perfumados (não cafunguei no sovaco de ninguém pra saber se tomam banho ou não, mas todos deixam aquele maravilhoso rastro de perfume bão quando passam). Juro que não vi um nativo gordo - nem mesmo gordinho - por lá. <br />As mulheres andam super maquiadas (sem exageros, no entanto), algumas usam salto, mas a maioria opta por calçados baixos e confortáveis (mas não aquelas sapatilhas de velhinhas, claro). Os homens - pelo amor de Deus, pausa para respirar - parecem terem saído de um anúncio da Dolce & Gabbana. Uma coisa assim: <br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiIdqLSgs-VKhwzrbvXmRDbDd8Zl0hUF_Ms3Pfdl_pvQ5QFFiTy1R8DcZvbi4lddkNIG9erjdlnrQAL7xA0cLmfJAshlgYLGMg7-XJIaFBywIoWMusIKqfruaZgxk-RUj0wiamW/s1600/Dolce.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 240px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiIdqLSgs-VKhwzrbvXmRDbDd8Zl0hUF_Ms3Pfdl_pvQ5QFFiTy1R8DcZvbi4lddkNIG9erjdlnrQAL7xA0cLmfJAshlgYLGMg7-XJIaFBywIoWMusIKqfruaZgxk-RUj0wiamW/s320/Dolce.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5579578236436380178" /></a><br />Sério. <br />Claro, crianças, velhinhos e até os cachorros também são finos e bem-vestidos. <br />E segundo: franceses são antipáticos e maltratam os turistas: MENTIRA. Ai, gente, esta foi a maior maldade já dita sobre este povo. Podem não gostar de água e assoar o nariz com força no metrô, na frente de todo mundo, sem pudores. Mas te tratam muito bem, são educados, gentis e atenciosos e, o mais legal, franceses (e europeus em geral) AMAM brasileiros. É dizer que é brésilien pra um sorrisão abrir no rosto de seu interlocutor. Dá até um orgulhinho. <br />Tem mais: todo mundo fala inglês (e outros idiomas também, de vez em quando). Comunicação, de fato, não é nenhum problema. Vá sem medo. <br />Agora, se a grana é curta... don't worry! Vá aos museus, passei pelas ruas, arrisque-se pela Champs-Élysées e pela galeria Lafayette sem medo, reserve seus trocados para comer e beber bem (o que é muito fácil, com bistrôs fabulosos a cada cinco metros). De quebra, dê uma passadinha naquela farmácia da esquina do hotel e surpreenda-se: produtinhos da La Roche Posay, da Avéne e da Vichy, entre outras marcas locais, a preços convidativos (mas não baratos. Nada é barato de fato, lá). Fiz o sacolão básico. Além do que, sempre tem uma H&M a cada esquina, além de Montmartre, reduto da boemia francesa onde rola toda uma vibe 25 de Março em forma de bibelôs, lencinhos e posteres incríveis. <br />Seja feliz, o que é bastante fácil mesmo sem a carteirinha recheada. Agora é economizar pra voltar o quanto antes!<br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhJQIm5g8rfW1x6o-lFeJupGnJwCQyBS4gzTpkBhCzWhnIKJhAUahDErqkvdUxLQIpzCooHHi7Hmhq3hnAB9C783NiN0J9rVT395T9SrjlFKruitfRre3VAQD-rGWhOi21xF1W2/s1600/Na+torre+Eiffel.JPG"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 240px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhJQIm5g8rfW1x6o-lFeJupGnJwCQyBS4gzTpkBhCzWhnIKJhAUahDErqkvdUxLQIpzCooHHi7Hmhq3hnAB9C783NiN0J9rVT395T9SrjlFKruitfRre3VAQD-rGWhOi21xF1W2/s320/Na+torre+Eiffel.JPG" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5579576788971724770" /></a><br /><br /><span style="font-style:italic;">Eu com meus partners de viagem, Regininha e Dieguito (por trás das lentes, namorado). <br /></span>Imediatahttp://www.blogger.com/profile/06067906770283006256noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-30980918.post-74788976882793070002011-02-18T13:25:00.004-02:002011-02-18T13:27:09.211-02:00Espanando teias de aranhaOk, passando por aqui só porque não aguento mais ler o título daquele último post, datado de mil novecentos e lá vai pedrada. Se alguma alma viva ler estas poucas linhas, saiba que muito em breve postaria alguma coisa, qualquer coisinha, pra que ainda possa me intitular blogueira. Juro (promessa feita por mim para mim mesma).Imediatahttp://www.blogger.com/profile/06067906770283006256noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-30980918.post-52134097345571421252010-12-21T01:09:00.002-02:002010-12-21T01:56:40.211-02:00Reminiscências de 2010E então você se percebe pensativa na época mais feliz do ano porque o amigo querido do coração de mil anos a destrata como se lixo fosse, porque uma bichinha pocpoc fez pouco caso de sua onipotência, porque a chefe cobrou algo que não pode ser pago, porque o fim da linha se aproxima galopante. É época de festas, pernis, maioneses elaboradas, arrozes a grega, espumantes em promoção, presentinhos da Natura e da Cacau Show, mas você só consegue pensar no rumo que sua vida deverá seguir quando voltar de Paris. <br />É, amigos, porque eu sou pobre (mas limpinha), fodida e com a corda no pescoço, mas vou me divertir na cidade luz em fevereiro, portanto, até lá, dane-se o mundo, com seus tsunamis de ocasião, guerras civis, wikileaks, Tula Luana, Aretuza, tetinhas de Susana Vieira, 2012 e afins. <br />Anyway, caso não seja raptada por um francês charmoso, limpinho (faço questão, eis a dificuldade) e minimamente inteligente (e caso o namorado permita o sequestro), eu hei de voltar para minha vidinha mais ou menos em Shark City, onde amigos cospem no confessionário onde despejaram suas mais secretas ansiedades e paranoias, onde para ser relevante (ou pensar ser relevante) é necessário lamber as bolas das autoridades estabelecidas, onde contestar é sinônimo de afronta moral. <br />É difícil chegar aos (oooooops!) 30 anos (e mais alguma coisa) e verificar que sua vida não caminhou do jeito que deveria ter sido, e perceber que só uma reviravolta estilo twist, do cinema, conseguiria fazer a diferença. <br />Mas eu não sou assim de desistir tão fácil (hum-hum, mentira!), ou, melhor dizendo, algo muito estranho que habita minhas entranhas me diz constantemente que devo relaxar e acreditar que coisas melhores virão. A merda é que eu me influencio por esta previsão picareta auto-infligida e bóra acreditar piamente que, daqui a dois, três meses, as coisas mudarão de figura. <br />A merda é que nem dá pra apelar pra ironia extrema, visto que, repassando o passado não tão distante, as coisas realmente mudaram de figura, de quando em vez (pelo menos pra mim). É o que me leva a alimentar certa fé. <br />Nunca fui de amarrar bode por conta de fim de ano, acho uó depressão pré-réveillon, mas fica aqui meu desabafo contido (poderia ser pior, sério!) por conta desta época do ano tão significativa. Anyway, bóra preparar os petiscos pra servir pra moçada faminta que vai invadir meu espaço neste fim de semana. A dica? Farofa de banana. Mammy aprovou ano passado, vou repetir caso ela não insista em ganhar um neto nesta altura do campeonato.Imediatahttp://www.blogger.com/profile/06067906770283006256noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-30980918.post-85132941676831139142010-11-05T15:08:00.004-02:002010-11-05T15:46:45.054-02:00Assalto frustradoA noite estava agradável, propícia para aquele pulinho ao restaurante/bar/boate mais próximo. O clima de guerrilha provocado pelas eleições havia arrefecido, todo mundo só pensava mesmo em se jogar na cerveja gelada e papear gostosamente com os amigos. Chegamos à pizzaria, eu e a família do <span style="font-style:italic;">meu homem</span> (hahahahhahah, eu tento parecer séria, mas me dá engulhos só de escrever "meu homem", que coisa cafona...) e pedimos uma rodadinha básica, com coca-cola zero que é pra manter a cinturinha de buj... quer dizer, de pilão. <br />Conversa vai, conversa vem, planos sonhadores para a viagem que se aproxima, sonzinho rolando bacana, o sogro até arrisca cantarolar junto com o crooner: "...nosso apartamento... um pedaço de saigon-on-on". <br />Eu estava sentada bem no fundo do restaurante, de costas para a entrada. E só percebi certa movimentação quando todos os olhos já se fixavam em uma criatura com uma camiseta enrolada na cabeça, caminhando, decidido, rumo ao caixa do estabelecimento. "É um assalto", o namorado solicitamente me informou, e eu já jurando que era uma performance teatral daquelas, cujos atores fazem três piruetas e duas falas, ninguém dá bola, e depois vêm pedir dinheiro na sua mesa. <br />Não consegui entender direito, quando me virei pra acompanhar o movimento o garoto já saia porta afora. Ficava difícil acreditar no potencial marginalístico do gurizinho, que não devia ter mais que 16 anos, dava vontade de estapear a cabeça e mandar ir dormir sem tomar nescauzinho. <br />Mas você manja só o perfil pacífico da cidade (que de pacífica não tem mta coisa, já fui assaltada a mão armada DUAS vezes em Shark city, e homicídios pululam por aí). Quer dizer, pacífico é o perfil dos moradores de Shark, não habituados com situações como estas. Geral simplesmente ficou cantarolando Emílio Santiago, mordiscando suas bordas de cheddar e nem tchuns pro piá (na verdade, eram dois meninos, eu tive a incrível capacidade de não ver o segundo indivíduo). <br />E o que rolou é que o assalto simplesmente NÃO ACONTECEU. Yeah. Os delinquentes foram solenemente ignorados e acharam de bom tom dar no pé antes que alguém os deixasse de castigo, ajoelhados no milho. <br />Até chegaram a chamar a polícia, e tals, só pra fingirmos, coletivamente, que tinha sido algo relevante. E poderia: dizem que um dos garotos estava armado, mostrou o brinquedinho pra quem quisesse ver - nada muito diferente do que uma pistolinha de 1,99. <br />Poderia ter dado bem certo (se o som estivesse mais baixo, talvez todos tivéssemos escutado o "é um assalto" da dupla). Caso o pânico se instaurasse, os guris levariam uma boa soma pra casa - pensa no conteúdo de umas 50 bolsas e umas 50 carteiras, no mínimo, fora a soma do caixa? Mas eles calcularam mal. Entraram com rosto coberto, tentaram intimidar com a pistolinha de plástico mas... a camiseta. A camiseta enrolada na cabeça do menino. Aquilo ali não era um assaltante nunca na vida. Branquíssima, lavadinha, devia ter cheirinho de amaciante, cuidadosamente passadinha por mamã. O garoto devia ter até talco e hipoglós no meio das pernas. Dica para o assaltantezinho de araque: tente parecer mais perigoso, menos filhotinho indefeso. Como já disse, fui assaltada duas vezes, sou expert no assunto, e aparência conta muito, nesta hora.Imediatahttp://www.blogger.com/profile/06067906770283006256noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-30980918.post-90849268884495163762010-09-13T13:38:00.013-03:002010-09-20T09:14:24.645-03:00Velha infância<a href="http://www.habitatfeminino.com/">Laurinha P.</a> veio com mais um meme bacaninha pra gente quebrar a cabeça e pensar na vida. Este diz a respeito das coisas bacanas (ou não tão bacanas) da infância. Here we go: <br /><br />1) <span style="font-weight:bold;">Coisas que tive e adorava</span><br />Ainda esta semana, conversando com mamã, falei de meu desejo de adquirir novamente o jogo "<span style="font-weight:bold;">Pulo da Aranha</span>", que ganhei aos sete anos, e que me fez rir e chorar e ser o centro das atenções nas festinhas de família. Minha mãe garantiu que este tipo de desejo passa após ter um filho (ela e todas as suas chantagens pró-procriação...). <br />O jogo era muito bacana, uma imperceptível tremidinha de mão fazia a terrível aranha de pelúcia pular em sua jugular. Queria, tipo, pra ontem, porque garanto que ia levar os mesmos sustos. <br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgjKw7yvqwYMoJTg_Cq80VL4DAltT9Z3UyUADUk9bg0f9VAIPBb_8fibucgtA8hBSpVEzeqBi-mbAB8pgyomY5MNOLBKqVdGv2iw9BD3vxQN8NsOSc47RvQI2Qulm0INyA7w-J8/s1600/Pulo+da+aranha.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 240px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgjKw7yvqwYMoJTg_Cq80VL4DAltT9Z3UyUADUk9bg0f9VAIPBb_8fibucgtA8hBSpVEzeqBi-mbAB8pgyomY5MNOLBKqVdGv2iw9BD3vxQN8NsOSc47RvQI2Qulm0INyA7w-J8/s320/Pulo+da+aranha.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5517332554086501586" /></a><br /><br />2) <span style="font-weight:bold;">Coisas que queria muito, mas não tive</span><br />Meio clichê, mas eu queria muito a casa da Barbie que custava, tipo, o valor de um carro usado (mas em bom estado). Aquela casinha da Moranguinho, em formato (é claro) de morango, também figurava nos meus ardentes sonhos de consumo infantis. <br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiEgtqjTioV9pYEvOZ2NA37YyhSp8DaKoco6uYFmDaJt37mu_iWi0dKcdycJlH8VpVxP9DhQUIzEH_TEB8fg9YY3uJpV3yK4kwKUXf9wl3Lir9QS7FWgDj-OC9hbSMO5ij6Fk26/s1600/Confeitaria+moranguinho.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 240px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiEgtqjTioV9pYEvOZ2NA37YyhSp8DaKoco6uYFmDaJt37mu_iWi0dKcdycJlH8VpVxP9DhQUIzEH_TEB8fg9YY3uJpV3yK4kwKUXf9wl3Lir9QS7FWgDj-OC9hbSMO5ij6Fk26/s320/Confeitaria+moranguinho.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5517332779389749234" /></a><br /><br />3) <span style="font-weight:bold;">Uma lembrança boa</span><br />Felizmente, minhas lembranças de infância são, invariavelmente, boas. Brincar de "pé na bola", me arrumar pra ir a uma festinha de aniversário usando a minha indefectível salopete cor-de-rosa. Ficar até tarde na TV vendo SuperCine com mamã. Tomar sorvete de gelo e achar uma delícia (tomar suco de pacotinho - leia-se Q-suco - e também achar uma delícia, argh). <br /><br />4) <span style="font-weight:bold;">Uma lembrança ruim</span><br />Quando arrombei o joelho caindo da árvore, na casa da minha tia, na longínqua Capivari de Baixo. Sangue quente e espesso perna abaixo, a tia cheia dos compromissos tendo que me levar pro hospital pra fechar aquela cratera. Cinco pontos. <br /><br />5) <span style="font-weight:bold;">Coleções</span><br />Papel de carta, néam? E alguns álbuns de figurinhas (como as da Rainbow Brite, cheirosas e de cores psicodélicas, embora eu não soubesse o que era psicodelia, thanksGod). <br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj94HphbJe1C_aFMKcyTcwhOGyOXkPyUVSMmuwFqYwEBo48uMid0Ni2wbIlUqp-e4TsFuuuvRsx23wFtT0V7M0Cb_QfKPHmV7DY0WJc_mdWAKteKckgm-hCE_SbiepefRtv3hTl/s1600/Rainbow+Brite.gif"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 236px; height: 300px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj94HphbJe1C_aFMKcyTcwhOGyOXkPyUVSMmuwFqYwEBo48uMid0Ni2wbIlUqp-e4TsFuuuvRsx23wFtT0V7M0Cb_QfKPHmV7DY0WJc_mdWAKteKckgm-hCE_SbiepefRtv3hTl/s320/Rainbow+Brite.gif" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5517333219416277762" /></a><br /><br />6) <span style="font-weight:bold;">Ídolo da época</span><br />Ai, tive que quebrar a cabeça pra pensar, mas acho que era o Indiana Jones. Ah, e o Christopher Reeve, em Superman (nossa, agora entreguei a idade legal). É, eu sei. Era melhor ter dito a Xuxa, né? Mas não vou mentir... <br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgKEZTw8DazkPmmF2moAb0gsbyFPz85-ph5hqYdy53iV6YPnggSG4SMAoTvIIa0W85chNsgUDBAB80qQhUB6Ughl3c-5bsB4zHV7B84yHN2W3q3Dis6cXh19jJQc7_FxCGZpvCf/s1600/Superman.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 259px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgKEZTw8DazkPmmF2moAb0gsbyFPz85-ph5hqYdy53iV6YPnggSG4SMAoTvIIa0W85chNsgUDBAB80qQhUB6Ughl3c-5bsB4zHV7B84yHN2W3q3Dis6cXh19jJQc7_FxCGZpvCf/s320/Superman.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5517333574821999570" /></a><br /><br />7) <span style="font-weight:bold;">Programa favorito da época</span><br />Tá bom, era o da Xuxa. Mas só pelos desenhos. Get along gang rules! <br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiFYaJbWpK8iKu0kQoxNQNS4cW9ty7_ubnhdR2N69PuR-iQxpbsGpzV6EczcSDOu3qsbG4mFKdNDRP1KQERF0rPKax7Y-MmVInvgxKqBm5-Elk2Ahdaiq14DCHeIFy0wJm2UUFa/s1600/Get+along+gang.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 282px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiFYaJbWpK8iKu0kQoxNQNS4cW9ty7_ubnhdR2N69PuR-iQxpbsGpzV6EczcSDOu3qsbG4mFKdNDRP1KQERF0rPKax7Y-MmVInvgxKqBm5-Elk2Ahdaiq14DCHeIFy0wJm2UUFa/s320/Get+along+gang.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5517333938505682850" /></a><br /><br />8) <span style="font-weight:bold;">A moda mais legal que usei</span><br />Polainas. <br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjVOfs6ol1JiGrgSouGjGM51FO9cxPJuzEAkq801yK6He5HvdZlxHg8aMjnyZN8o60xZE4tKdIQm8DVMEuEAquMxGNp_7gM8EHP5Zz41E6pvO0SwljLx0g40T-zYsf_n67au2Fm/s1600/polainas.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 243px; height: 189px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjVOfs6ol1JiGrgSouGjGM51FO9cxPJuzEAkq801yK6He5HvdZlxHg8aMjnyZN8o60xZE4tKdIQm8DVMEuEAquMxGNp_7gM8EHP5Zz41E6pvO0SwljLx0g40T-zYsf_n67au2Fm/s320/polainas.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5517334335220143746" /></a><br /><br />9) <span style="font-weight:bold;">A moda mais brega que usei</span><br />Que eu NÃO usei, melhor dizendo. Saia balonê. Feio até pra criança. <br /><br />Nem vou indicar alguém pra responder. Se curtiu, sinta-se à vontade.Imediatahttp://www.blogger.com/profile/06067906770283006256noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-30980918.post-37478829345917270292010-09-08T17:50:00.009-03:002010-09-13T00:09:41.115-03:00Festa de formaturaA decoração é exagerada; os discursos, longos e enfadonhos, os trajes são cafonas, a trilha sonora é de embrulhar o estômago, mas não tem jeito: bailes de formatura são garantia de diversão ou o dinheiro da rolha de volta. O mais curioso: festas assim são exatamente iguais umas às outras. Idênticas. E não importa se você se formou há 15 anos ou pretende colar grau só em 2016 - a comemoração você já conhece. <br />Começando pela colação de grau, quando você descobre em poucos minutos quem é o estudante mais popular da turma e quem é aquele pra quem ninguém dava bola, o sem-amigos e sem torcida. Colação é foda: você se emociona com a conquista de seu amigo/parente/, e tals, mas ter que aguentar todo aquele discurso padrão não é moleza. Enfim, centenas de bocejos depois, e com a maquiagem já escorrendo, é que realmente começa a festa. <br />Porque a magia de uma festa de formatura está no desenrolar do baile. E ninguém sabe explicar porque alguns bailes são ruins e outros considerados muito bons, já que o roteiro é estritamente seguido a risca, sempre o mesmo. Vai do estado de espírito e do teor alcoólico do sujeito, acredito. Importante salientar que as observações abaixo foram feitas durante a melhor formatura dos últimos dez anos, da minha querida pérola negra Rúbia (parabéns, amore!, de novo). <br />A banda começa com a valsinha, um Frank Sinatra aqui, um Glenn Miller ali, todo mundo tentando parecer um pouco controlado, o randevú só está começando. Fotos familiares feitas, é dada a largada, e o bandleader invariavelmente sai com algo do tipo "whisky a go go", pra todo mundo entrar na onda e cantar junto coisas como "eu perguntava: do you wanna dance? E te abraçava (do you wanna dance?)". Aí entra as mais babas de Beatles (e bóra todo mundo jurar que dança twist), um pouquinho de ABBA, algo do Queen, nada de novo debaixo do sol. <br />A putaria começa com os "hinos" (como diria Lu, em posição solene, com a mão no peito) "It's raining man", "I will survive" e "Y.M.C.A.". É incrível como um bando de gente ainda diz haver preconceito contra gays no mundo: não tem UM suposto hétero que fique quietinho na cadeira com estes hits. E dá-lhe coreografia com os bracinhos. Aliás, o momento "gay" do repertório musical está sendo levado tão a sério que tem até figurino especial: a banda toda com perucas coloridas (ops, gays não são palhaços, #fail). <br />Naquela hora que eu já estou pensando em tirar as sandálias discretamente e massagear meus pezinhos doloridos por debaixo da mesa, começa a muvuca: axé music. Ah, que inferno. E que inferno adorável, como deve concordar @joaojoenck. "Sou praieirô-ô, sou guerreiro, tô solteiro, quero mais o que?"... Que beleza, que riqueza de letra, que poesia! <br />Ah, mas não basta o axé. Uhum. Nada é suficiente. E agora contamos com a magia dos forrós (ou qualquer que seja o gênero musical de bandas como Calypso ou Calcinha Preta, juro que googlei mas não encontrei nada). E aí de repente o universo inteiro pára pra você ouvir, pela primeira vez na vida, esta pérola: "Ela sai de saia, e de bicicletinha, uma mão vai no guidom, e a outra tapando a calcinha". Uma pequenina lágrima percorreu meu rosto angelical, borrando todo o rímel. Senhores, estamos lidando com gênios letristas da MPB. <br />E quando você pensa que nada mais pode te surpreender (já que até vanera você dançou com o amigo pé-de-valsa), de repente seus olhos encontram a joia rara da noite: <br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh_qCgpp282ZAyq7UC8-Fge2aPgqlUFVASbP2mjCJoGIs5E5DZ7KjmfHWwsWnmJ05r5FSZGtW1NnvOhHf5So4xynXb0TIk6c7YCa194zU27ORRcE3TZhOevCzoa5l0ZcwdB9D0S/s1600/Yellow+dress+blog.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 213px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh_qCgpp282ZAyq7UC8-Fge2aPgqlUFVASbP2mjCJoGIs5E5DZ7KjmfHWwsWnmJ05r5FSZGtW1NnvOhHf5So4xynXb0TIk6c7YCa194zU27ORRcE3TZhOevCzoa5l0ZcwdB9D0S/s320/Yellow+dress+blog.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5516227795381015202" /></a><br />(infelizmente, o choque foi tanto que não consegui fotografar a original, mas é bem por aí, um misto Kaoma, Joelma e ringue de patinação americano)<br />Aí já passava das quatro da manhã e provavelmente se tratava de alucinação coletiva. Porque, né? Não é possível. <br />Tem coisa melhor do que um bom baile de formatura?<br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgyHD_-UTS4ghybm6MwujaKUVId-Hz_h1l3K0YTKJTEA7yZEkdynHLR0FFsHVeKuaT4D0mLd2jnZI98LmAXZhIq_09CWnWd01Gt1YlGEcjua_bhXtwU15T1zW43X3WofRe_c0M5/s1600/Foto+23.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 240px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgyHD_-UTS4ghybm6MwujaKUVId-Hz_h1l3K0YTKJTEA7yZEkdynHLR0FFsHVeKuaT4D0mLd2jnZI98LmAXZhIq_09CWnWd01Gt1YlGEcjua_bhXtwU15T1zW43X3WofRe_c0M5/s320/Foto+23.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5516229846106419490" /></a>Imediatahttp://www.blogger.com/profile/06067906770283006256noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-30980918.post-16720636409793312222010-09-02T00:10:00.005-03:002010-09-02T00:39:54.784-03:00CabeloEu vivia perfeitamente bem com meu cabelo até chegar perto dos 30. Aí o bicho degringolou - ou fui eu que me tornei mais exigente, acho que um mix das duas coisas. Meu cabelo tem frizz. E achata bem em cima da cabeça. Sabe aqueles dias em que você acorda, se olha no espelho e já diagnostica: hoje meu cabelo não vai colaborar comigo? Então, o famoso "bad hair day". Pois comigo não existe isso, existe o "good hair day". Porque de vez em quando meu cabelo resolve ser querido comigo. Mas só bem de vez em quando. Gasto milhões de dólares com meu cabelo (ai, que mentira), mas até hoje, nenhum resultado realmente positivo (espero que <a href="http://www.habitatfeminino.com/">Laurinha</a> resolva meu problema!). <br />Pois bem. Mas o drama maior da minha experiência de vida capilar ocorreu na infância, e acredito que quem tem mais ou menos a minha faixa etária saiba do que estou falando. Porque nós tínhamos os famosos cortes "Chitãozinho e Xororó", modernosamente chamados, na época, de moicanos. Tínhamos o corte "cuia", cujo formato era basicamente o resultado obtido após se colocar uma cuia na cabeça e passar a tesoura no que restava, do lado de fora (também jocosamente apelidado de "corte penico"). Tínhamos a franjinha, os cortes joãozinho, perversamente escolhidos por algumas mães para erradicar a piolhada, mas que infelizmente só serviam para estimular a sapatice latente nas meninas. Ah, e tínhamos os glamourosos acessórios: tiaras forradas e gigantescas, flores de plástico imensas, trecos fluorescentes. Um horror. <br />Lembro que, aos 12, consegui deixar meu cabelo bem compridinho e, influenciada pela prima, adentrei, soberana, em uma cabeleireira de fundo de quintal munida do dinheirinho contado para pagar o haircut. Era moda, boba, e ela me aplicou o Chitãozinho - e porque EU pedi. Cara, foi traumático. No fim das contas a própria cabeleireira começou a rir e disse que parecia ter sido cortado a foice. A foice. Ouvi muito esta expressão nos meses subsequentes. <br />Agora soube de uma historinha cabreira: menininho é hostilizado no colégio por ser o único entre os guris a não adotar o corte de cabelo "Justin Bieber". Que é, basicamente, um corte cuia estilizado. Pensei em dizer a ele para contar no colégio que Justin Bieber é gay, mas vai que ele apanha, né? <br />Com a história, desencavei mais uma passagem maligna do passado, com relação às minhas madeixas. Certo dia, por volta dos dez anos, por algum motivo desconhecido mamã mandou ver no corte cuia pra primogênita aqui. Tudo bem, tinha uma novela cujo personagem exibia o mesmo corte, deve ter sido por isso (ou foi crueldade mesmo). Ai fui dar aquela voltinha na rua, pra me exibir. E uma vizinha (pouco mais velha e meio agressiva) passou de bicicleta, cantou o pneu, parou na minha frente, apontou o dedão e ficou gritando: "AHAHHAHA, Juruna, Juruna, Juruna!". Eu não sabia direito quem era o Juruna na náite, mas sabia exatamente do que ela estava falando. Sofri como sofrem as crianças vítimas de bullying. <br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi0t2lAW0s4qBxziXORDk7njWg3VQMYUWIrmlAdzdB_eG6dSHbgGnlMh41ncL6_Rio0WK0qy5s6stcbxq210JUyA2IIIN-0aTD1NzFvd64oBvXTV7sOXobbISM-o1PA7UZmgNgY/s1600/Cabelo-de-Justin-Bieber.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 300px; height: 300px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi0t2lAW0s4qBxziXORDk7njWg3VQMYUWIrmlAdzdB_eG6dSHbgGnlMh41ncL6_Rio0WK0qy5s6stcbxq210JUyA2IIIN-0aTD1NzFvd64oBvXTV7sOXobbISM-o1PA7UZmgNgY/s320/Cabelo-de-Justin-Bieber.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5512155118724947794" /></a><br /><span style="font-style:italic;">O corte da moda... </span><br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiPfNLaAZdEanIC2g2vyUhJwS2LiPo6DTOf3L4A5XfG3blUa7HKnl4REgHSfIl6wvAQvvqWQv0bhfp48KCrzh6mKqY7DfY2CAssAekCXwizagZeN5QniVjWVY7CAOblsn7BXji1/s1600/juruna.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 154px; height: 200px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiPfNLaAZdEanIC2g2vyUhJwS2LiPo6DTOf3L4A5XfG3blUa7HKnl4REgHSfIl6wvAQvvqWQv0bhfp48KCrzh6mKqY7DfY2CAssAekCXwizagZeN5QniVjWVY7CAOblsn7BXji1/s320/juruna.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5512155126184685906" /></a><br /><span style="font-style:italic;">... e o personagem sensação dos 80's. Mães, não deixem seus meninos fazerem isso. </span>Imediatahttp://www.blogger.com/profile/06067906770283006256noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-30980918.post-13743072573357289872010-09-01T10:40:00.005-03:002010-09-01T23:25:18.454-03:00MascaradasA muiézinha já acorda atrasada, com os bofes pra fora, cheia dos compromissos inadiáveis, reuniões, agendas a serem cumpridas, horários, negócios. Mau humor contagiante. Resmungos, palavrões sussurrados, "cadê a porra daquele sapato?", esgares coléricos. <br />Mas aí é o momento de abrilhantar os ambientes com seu sorriso perolado, então bóra reforçar a maquiagem, caprichar no batonzinho, sorrir e cumprimentar a todos obedientemente, trabalho é assim mesmo e ninguém merece ser tolhido por uma mala ranzinza. Aí é só sacar da máscara "Boooom dia, amiguinhos!!!". <br />Chega o momento do almoço, aquela pausa balsâmica que deveria oferecer equilíbrio e tranquilidade para enfrentar o turno subsequente, mas, qual? Você recheia seu prato no buffezão da esquina com montanhas de carbs, friturinhas mil e simplesmente esquece da salada (comer para compensar frustrações?). Mas não temos tempo pra remoer bobagens e você sabe que vai compensar o exagero com uma sopa rala no jantar (not). Então bóra fazer cara de gordinha feliz. Só sacar a máscara "Comi uma ceasar salad com chá verde no almoço e estou super relax". <br />À noite é a vez de dar atenção a ele (ou a ela, whatever - tudo porque detesto usar a palavra "cônjuge"). Muita paciência para ouvir o dia também atribulado do gajo, força para não despejar toda a sua mágoa de cabocla na cabeça do pobre rapaz, e, como diria Madame Louise, "ranço na cola" pra ronronar gostosinho no ouvido dele e pedir uma massagem nas costas. O momento é ideal para se cercar da máscar "É tempo de amar". <br /><a href="http://www.vizinhadatais.blogspot.com/">Taisinha</a>, a reaparecida, observou sobre as inconstâncias no universo feminino, e do artifício das máscaras para estarmos sempre bem em todos os momentos da vida, quando, em alguns casos, a vontade é mandar tudo pra puta que o pariu. <br />Se você não se identificou com nada do texto e acredita que pode encarar o mundo de cara lavadíssima (ok, protetorzinho básico e gloss), parabéns! E já aproveito para te pedir a receita. Porque eu prezo muito por minha autenticidade, mas convenhamos que é hardcore engolir sapos alheios, aturar chatice e malice-sem-alça, inconveniências e afins com um eterno e imutável sorriso cor de carmim nos lábios, confessa. <br />Mulheres são atrizes natas. Ok, alguns homens também (e é aí que mora o perigo).Imediatahttp://www.blogger.com/profile/06067906770283006256noreply@blogger.com1