31.7.07

Des(cons)truindo a infância


M.Z. acha que Falcon é e sempre foi gay. Ela observa que o boneco, hit de 10 entre 10 meninos nos anos 70/80, não engana ninguém com aquela barbinha cerrada, "algo totalmente Village People". Concordamos que Barbie, coitada, é frígida. E quem comia o Ken era a Teresa, amiga dela, morena. Se bem que o Ken paga um pau comprido e grosso pelo Falcon, é claro (e também dá suas piscadelas pro Max Steel).


Se alguém fosse fazer o filme do He-Man, quem poderia interpretá-lo? Porque haja essência-fêmea pra fazer o lorinho-chanel de carne e osso, né? Sugeri Paris Hilton.


A She-Ra, por sua vez, is totally truckwoman, if you know what I mean. É claaaaro que ela traçava a lôca da Teela. Aliás, eu adorava quando os dois desenhos se encontravam, He-Man e She-Ra. Ele com aquele bronzeado laranja fake, piastrona no cabelo; ela, muito digna do alto de seus coturnos, um look mezzo amazona, mezzo Shena.


O Gorpo fazia o Gato-Guerreiro. E vice-versa.


E os Smurfs, ah, os Smurfs... A Smurfette, pobrezita, alimentava um furor uterino de subir nas paredes. Esfregava na cara de todos os coleguinhas uniformizados e... nada. Seus principais companheiros, aliás, o Gênio e o smurf que tinha uma tatto de coração no braço, eram o casal mais apaixonado da vila. Aí a loirinha tinha que satisfazer seus desejos mais primitivos com o Papai Smurf mesmo, o único macho do clã. Sabe um bebê que circulava por lá? Então? Adivinhem quem era o pai?


Aliás, parece que um filme sobre os homenzinhos azuis, o Gargamel e o gato Crueeeeel está no forno. Iupi!

* Estou me sentindo tããão emocore... minha franja tapa meus olhos, tipo sheep dog, manja?

* Mudança de função no selviço... será que isto é bom? A paranóia toma conta do meu ser...

* Você sabe que precisa "pegar firme" na dietinha e nas caminhadas quando sua sobrinha de 5 anos diz que você parece ter posto silicone. E aperta sua região abdominal dizendo: "a madrinha tá barrigudinha"...

Desejos confessáveis

Este é um porta-biscoitos. Quando você abre a tampinha (crânio do Homer), ele emite alguns sonzinhos engraçados, como "por que você não começa sua dieta amanhã?". Peguei aqui, que sempre tem dicas sensacionais. E quero muito...
E este é o CD com a trilha sonora de Simpsons, o filme, lançada agora nos States. Ai, tô salivando por este donut! Questão é: será que chega ao Brasil?




29.7.07

Na lata

A moça, aquela "brunette belzebu" da paulicéia desvairada, sabe ser franca como ninguém. Já dizia um sábio que Charlotte não tem papas na língua. Regada a uma Bohemia gelada, então, a mulher pira o cabeção e desova qualquer podre alheio que lhe surgir pela frente. Eis que, bela noite, Charlotte, the bad girl, em companhia da inseparável amiga de longa data Carol C. (há longos ONZE ANOS, ou 12, nem sei mais), encontra um conhecido com quem não conversava há muito tempo. Papo pai, papo vem (e por razões óbvias vamos evitar, aqui, dizer o nome do infeliz indivíduo), eis que o moço revela o que tinha feito nas últimas semanas.
- Fiz um projeto gráfico muuuuuito legal pra um jornal!, disse o moço, radiante, com duas estrelinhas brilhando no lugar dos olhos.
- Ah, é?, retrucou a moça.
- É. Acho que você até conhece o jornal. É O Beltrano. Manja?, questionou, ansioso pela avaliação da jornalista expert no assunto.
- Hum. Sei., cortou Charlotte, ainda numa vã tentativa de parecer educada e cordial, mas já com o sangue congelado: ela conhecia O Beltrano, havia observado a nova diagramação e, bem, digamos que não havia aprovado, de um todo.
- E aí, cara? O que achou? Ficou legal, né?, arriscou o mocinho bem-intencionado. Aí não deu mais pra resistir à pressão. Charlotte atira suas madeixas (na época, ainda onduladas) para cima, com um sopro delicado, toma um golaço da Bohemia congelante, suspira fundo e lança:
- Olha, achei uma merda.

Juro que é verdade. Carol C. pode confirmar, se necessário.

26.7.07

I am what I am

Ao contrário de alguns colegas, eu não consigo desempenhar a proeza de inflar o peito e bradar que SOU JORNALISTA. Não que tenha vergonha da profissão que escolhi; não que me arrependa, apesar dos ultrajantes salários; simplesmente não acho legal sair espalhando esta boa-nova por aí. Sei lá. Acho engraçado um bando de gente que, às vezes, sequer tem diploma (sim, acho indispensável) arrasando no jargão jornalístico, lead pra cá, pirâmide invertida pra lá, "release", "em off" (esta é de morte), e contando vantagens mil sobre tudo o que faz e acontece em seu agitadíssimo dia-a-dia de trabalho. Expressões como "Correria, correria" ou "A gente mata um leão por dia" podem ser ouvidas por estas plagas - mesmo por quem escreve em jornal semanal, vê se pode. Que correria, cara pálida? Mesmo euzinha aqui, que trabalho em um diário regional, com relativa agitação, não posso me "gabar" de uma rotina desvairada... somos província, poucas coisas nos fazem tirar o buzanfã da redação e correr para a rua, em desespero. É fato (tanto que estou aqui, agora, redigindo este textículo, e aguardando minhas fontes me retornarem).
Mas conversando com alguns colegas têm-se a impressão de que estes já saem da cama de gravador em punho, às 5 da manhã, para entrevistas ultra-exclusivas ou para eventos absolutamente inusitados: homem morde cachorro, alienígenas fazem contato, um meteoro ruma em direção à Terra. Furos de reportagem, aos baldes, todos os dias, 24 horas por dia. E no cu do mundo do Sul catarinense. Poupem-me, colegaaaaaas!
Tem outra: não conheço profissionais de outras áreas que se gabem tanto de serem o que são como jornalistas. Nunca vi médicos, advogados ou engenheiros aproveitando qualquer oportunidade para lançarem no ar que são médicos, advogados ou engenheiros. Só o boçal do jornalista que faz isso. Horror e V.A. intensa.
Não se trata de uma inversão de valores - ser jornalista, de fato, é legal pra caramba, posso listar vários pontos positivos e ultra-incentivadores para os que encaram a profissão como uma alternativa a ser seguida, no futuro. Eu realmente adoro o que faço. Mas não sinto a necessidade de mostrar minha adoração num outdoor do Cardoso na esquina da minha rua, na frase do messenger ou no perfil do Orkut.
Também porque quem não é do métier - eu já percebi - cria altas expectativas em torno do "jornalista". Para os leigos (pelo menos alguns deles), o jornalista é uma criaturinha curiosa, que sabe de tudo e todos, e que deve, obviamente, trabalhar em um canal de TV (hahahaha). Até a minha própria família nunca entendeu de fato como eu pude me formar em jornalismo e ir trabalhar... num jornal! De papel! Aí o "glamour" criado em torno do jornalismo tal qual é apresentando pelo William Bonner vai por água abaixo quando você explica EXATAMENTE o que faz, e onde faz. Já vi tantas caras de decepção por aí...
Mas o que mais me dói no âmago do meu ser é ver gabolas metidos a besta anunciar serem "jornalistas". E serem, de fato, com diplominha na parede e tudo. E para provar que podem tudo (porque jornalista pode tudo, sabia não?), darem início e continuidade a trabalhos porcos, sujos, mal-feitos, mal escritos, mal apresentados, revisados, apurados. Lixo puro.

P.S.: às vezes tenho a impressão de que usar o título de "jornalista" pra fazer uma média seja uma característica (ridícula) desta região de meu Deus onde moro. Que em outros recantos do mundo jornalista é só mais um profissional como outro qualquer, sem auto-glamurização. Mas não sei. Preciso fazer uma pesquisinha básica. Será que minha amiguinha sumida Stellita B., Jornalista com J maiúsculo (e digo mesmo, que ela não sou eu, não estou me promovendo, oras), poderia me esclarecer?

24.7.07

Topicuzinhos

  • Devo ser a única pessoa no mundo a chorar de soluçar vendo Lost. Também choro até embaçar os óculos com Desperate Housewives, mas com Felicity Huffman é foda....
  • Sou só eu ou a coisa mais bizarra, em matéria de calçados (fora a bota Priscilão, Queen of the Desert), é aquela havaiana com contas, miçangas e afins bordadas nas tiras?
    Aliás, customizações pseudo-fashionistas, de maneira geral, também me irritam. Sacam bordados perna da calça afora, florzinhas mil no cachecol, jaquetinhas tomadas de bottons? Então...
  • Ainda sobre calçados, lá vai outra: sabe botinhas SOBRE o jeans? Cansei. Nem usei e cansei. Hoje no caminho de casa pro selviço contei umas 19. Argh.
  • Grandes nomes da moda nacional e internacional não poderiam imaginar, mas... aqui nesta pequena cidade de meu Deus, o "terninho básico" já deu o que tinha que dar. Não é mesmo, minha gente uniformizada?
  • Só para concluir minha tese de mestrado sobre calçados: eu ODEIO ankle boots! Argh! Ankle boots, para mim, estão assim assim com as botas Queen of the Desert. Não há uma mulher no mundo que fique bem com ankle boots, por mais que force a barra. E tenho dito.
  • Se jogando no edredon: capricha na meia-calça por baixo do jeans, que amanhã o bicho vai pegar. Quero é mais patinar no Shark River. E Sertaneja girl, a da embolada, ainda propõe cerveja à noite. Pode? Mal sabe ela que veio parar na Terra do Vinho (Sanguê de Boá ou Canción, à escolha do criente).

23.7.07

A festa, o fiasco e o forrinho

Grupinhos animados e "fiasquentos" sempre chamam a atenção. Viram alvo imediato de todos os olhares, todas as risadinhas sardônicas, todos os comentários ao pé do ouvido. Na palestra, na praça de alimentação do shopping, no cinema, nas ruas, em jantares importantes, sempre existe aquele grupinho específico que queima o filme falando alto, gritando, gesticulando, projetando-se metros adiante de si mesmos. Querem aparecer, destacar-se, e pagam um preço por isto: não são todos os que admiram este comportamento "centro das atenções". Na noite de sábado, fiz parte do polêmico grupo dos fiasquentos, em evento de extrema importância na sociedade sharkcitiana. E me diverti horrorezzzzz...

O evento, enlace matrimonial de Tatá e Meme, contou com requinte, pompa e circunstância, e também com as presenças sofiscitadas de Madame Louise; sua irmã, Neide; Crebinho, o anti-casório, e o mais novo promove-bafão da city, o pé de valsa Caê boy.
De início, o padre, algo entre Marcelo Rossi e Silvio "quem quer dinheiroooooo?" Santos, resolve apelar para a provocação. "Boa noiteeeee!". Ao ser respondido com certa contenção de ânimos, ele repete: "Boa noiteeeeeeeeeeeeeeeeee!!!!!!!!!". Nada. Aí arremata: "Quem não disser boa-noite bem forte não vai ganhar churrascooooo!". Para desespero de Crebinho, que soltou um "BOA NOITEEEEEEEEEEEEE!!!", gritado a plenos pulmões. Muito faminto. Para desespero de dona Carol, totalmente vexada.

Aí chegou a vez de euzinha aqui pagar o pato por ter casado com um infiel ateu. Já estava contendo mini-risadinhas explosivas porque quando o padre solicitava o sinal da cruz, Caê boy, que sequer foi batizado, ornava-se com um gesto semelhante ao número oito, em seu peito. Só para fingir que participa. Chegou, então, o momento de rezarmos a oração que o Senhor nos ensinou. E quem disse que marido sabe o que é isto? Postou as mãozinhas, beatificamente, um fofo, totalmente constrangido, e DUBLOU o Padre-Nosso, cheio de bossa, Sim, ele dublou. Ficou mexendo a boquinha marota como se estivesse rezando, praticamente um participante de show de calouros "interpretando" qualquer coisa da Celine Dion.

Não bastasse, contávamos com a presença do casal mais fotógrafo do momento, Big T. e Germana girl. Os dois decidiram assumir de vez o romance e desfilavam, lado a lado, muito profissionais, clicando tudo o que aparecia pela frente. Tudo bem que, em certo momento, longe dos olhares zelosos de T., Manékia recebeu bela encoxada do terceiro integrante da equipe, provocando gritos histéricos em Crébinho e Caê.

Por fim, a tão esperada hora do bailinho. Quando soaram os primeiros acordes de "tô numa boa, tõ aqui de novo, daqui não saio, daqui não me movo, tenho certeza, esse é o meu lugar, ahah, ahah..." (Falamansa, hit number 3 de casamentos sulinos), o inusitado acontece: Caê menino, rock´n´roll all night and party everyday, levanta-se num rompante, me agarra pela cinturinha de pilão e, juntos, como Fred e Ginger, bailamos graciosamente por toda a pista (desnecessário relatar os pisoteamentos de pés no meio do caminho). Mágoa de Carlinhos de Jesus.

Top 5 da grande festa:
5 - Rafa, a Cadela, deu um chega-prá-lá na menina que acompanhava seu daminho, para então dançar, ela mesma, com ele, solamente;
4 - Neide, arriscando algumas acrobacias na pista, da vanera ao forró pé de serra. Cena, aliás, jamais vista ao longo dos meus vividos 29 anos;
3 - Crébinho, gemendo a cada "avanço" da cerimônia de casamento. Após o "sim", o lamento. "Ah, agora não tem mais jeito mesmo", suspirou;
2 - Família inteira empurrando Carol, a Risoto, para que esta agarrasse o buquê com unhas e dentes. "Joga na cara dela, Talita", sugeriu Edinho.
1 - Madame Louise, que ficou furiosa com Caetano quando soube que este havia feito um "forrinho", antes da festa. " Mas tu não comeu muito, né?", perguntou, preocupada. Crébinho acrescentou que faria fundação, alicerce, forro e paredes só na hora dos comes e bebes da festa. Muito fino e elegante.

20.7.07

Malvadinhos



Entre tantos desaforos, maledicências e insultos post-morten contra o jamais saudoso acm, um deles chamou-me atenção de maneira mais pronunciada, o sempre impagável Malvados. Vamos a ele:
Vaso ruim também quebra
(André Dahmer rules!)

19.7.07

Gol Mil

E se minhas contas estiverem corretas, meu querido amigo Teteu boy foi o milésimo sujeitinho a ciscar por estas plagas. Dá-lhe, Teteu! Thanks pelo prestígio (obrigatório)!

Futility


Estou impossível com minha nova aquisição da Sacks. Agora eu rescendo a um delicioso e chiquérrimo exemplar da Clinique, o Simply. Narcisismo exacerbado às extremas, I smell myself everytime. Além do Simply, também adquiri o (pasmem) Fairytopia, da linha BARBIE (yes!). Morangos silvestres. E o leite de limpeza da Révlon (diliça). Ah, como amo comprar. E como amo cosméticos e afins...


Finalmente (e não mesmo importante), comprei isto aí que ilustra o post... babem de inveja de minha Sweet Lips, da Isabela Capeto para Melissa. Luxo verde. O que é a falta do que fazer nesta vida, não é mesmo, minha gente?

16.7.07

O horror, o horror!!!


Eu acredito que se houvesse uma versão tupiniquim dos deuses do Brega Victoria e David Beckham, estes seriam Flávia e Fernando BBB. Sem o glamour, o que é pior. Porque os Beckham são assustadoramente bregas, mas, my dear, vestem Dior, D&G, Prada, Valentino, Chanel, Jimmy Choo e Manolo Blahnik. Não bastasse, adornam-se mutuamente com Tiffany e Cartier, dirigem Ferraris e BMWs, usam peles e brilhantes, moram em casarões de US$ 40 mi (ou mais, sei lá). E, mesmo assim, continuam escandalosamente bregas. Agora, o que dizer disto?

Eu poderia discursar por hooooooooras a fio sobre a dupla macabra (que casou-se, oh, lástima das lástimas, neste findi). Mas não o faço, até porque muita gente boa já contribuiu para a tripudiação blogueira a respeito das figuras aí de cima. Mas vamos destacar dois momentos mágicos do festerê, que contou com presenças marcantes como Irislaynneh, Phanny, o caubói e a catarina e aquela morenaça belzebu que usou brinco gigante em só uma orelha até na cerimônia.

Na hora de cortar o bolo, um telão exibiu "momentos mágicos" do casal DENTRO DO BBB. Argh. O rapaz ficou emocionado e chorou. (pausa para dedo na garganta).

Em seguida, começou o samba-enredo da Beija-Flor. A noiva, muito fina, "mostrou que tem samba no pé, cercada de fotógrafos" (terra). E disparou: "Gente, agora é hora de todo mundo comer, beber e dançar". Ai, meu pai, mais um conto de casório dos bons.

Lembrando que depois do sambão, o funk comeu solto e todo mundo, TODO MUNDO, rebolou até o chão, bem gostosinho. E Phanny, que veio de vestidão-evangélica, pendurou os panos nos ombros, ficando bem à vontade.

Chega. Ah, sim: ganha um doce quem adivinhar para onde vão os pombinhos apaixonados...

(Caribe)

11.7.07

Casos de casórios

Casamentos são festas ótimas. Eu, particularmente, não perco por nada neste mundo o rega-bofe e o arrasta-pé oferecidos pelo casal de pombinhos que opta pela tradicional subida ao altar. Porque não basta vestir-se de branco, abraçar um ramalhete de rosas vermelhas e agarrar-se ao braço do pai, lágrimas contidas. Para casar é preciso, sim, haver rompantes, chiliques, bafões, exageros, gafes, imperfeições, bebedeiras e arranca-rabinhos. Porque casamentos são festas ótimas, e o são por serem eventos dos mais bregas possíveis. E o brega é luxo, minha gente, porque rende notinhas para este bloguinho cor-de-rosa e maledicente.
Portanto, vamos às três últimas e badaladas cerimônias casadoiras ocorridas na refinada região de Shark city.
1º Enlace matrimonial de matrona descendente de alemães podres de ricos com novo-rico jogador de time de certa modalidade esportiva (a qual não revelarei, para dificultar reconhecimento): a festa corria perfeita. Champagne gelado, buffet de primeira, decoração exótica (praticamente uma floresta negra dentro da igrejinha, com samambaias gigantes tocando o teto), gente fina, elegante e sincera. O que "se destacou" em toda a finesse (além da decoração extra-over), foi o estilo "despudorado" da noivinha pura e virginal. Mania absurda deste povo achar que pode ser sexy TAMBÉM na cerimônia do PRÓPRIO casamento! Poupem-me, moças! Qual a exata serventia de decotes vertiginosos com siliconão despontando na cara do padre? E das malditas e assustadoras "saias curtas"? Sim, estilo Scheyllah Caralho, coxões de fora, muito bronzeados, quase uma banhista à beira do mar? E maquiagem mega-ultra carregada? E rendas, muitas rendas, metros e metros de rendas, um vestido inteirinho de renda, semi-transparente, praticamente uma lingerie? Ou a moça se confundiu e vestiu o baby-doll da lua-de-mel?

2º Herdeira de empresários emergentes com um... "colombiano" (ou seja, traficante, de acordo com T. boy. Exportador de produtos nativos, melhor dizendo): Lugar chique, gente chique, high society, o verdadeiro créme de la créme de Shark e cercanias, festança das boas, uísque 12 anos jogado na cara, petiscos comestíveis nunca vistos dantes, luxo e alegoria. Literalmente. No meio da animada festa, com muita música e dança, entram algumas... passistas de escola de samba! Madrinhas de bateria, mulatas sargentelli, boazudas emperequetadas com penachos gigantes na cabeça e biquininho bordado de lantejoulas. Sim! A atração foi devidamente "contratada" para animar os "estrangeiros" presentes no recinto, mostrando um pouco de nossa bela, riquíssima e tão variada cultura brasileira. Buááááá!!!!!

3º Cerimônia realizada de acordo com os padrões militares: homens fardados, agaloados e armados. Moças tremelicando os lábios de puro prazer e frenesi sexual (que homem de farda é foda...): a festa correu normalmente, dentro dos conformes (bregas). Cidra no sapato, gravata vendida em lotes, strogonoffe, batata palha, frango, peixe e carne. Eis que chega o tão esperado momento do arremesso do buquê. A noiva se posiciona, as desesperadas aguardam, ansiosas, com as mãozinhas postas. O lance. Os olhares aflitos. A queda das flores. A solteira mais afoita atira-se no ar, agarra o ramalhete mas... seu belo tomara-que-caia azul turquesa não resiste a tanto empurra-empurra. Enquanto a moça planava com seu objeto de cobiça, o tomara-que-caia a esperava, lá embaixo. De peito aberto, a desnuda não se deu por vencida. Cobriu suas vergonhas com o tão desejado amuleto casamenteiro. E haja santo antônio.

9.7.07

O cúmulo da intimidade (ou No banheiro)

A fofa Tais S., que anda deveras inspirada, nos últimos dias, postou textinho cômico sobre os inconvenientes oriundos do excesso de intimidade, no relacionamento amoroso. Se nos primeiros meses de namorico as moçoilas coram até às raízes dos cabelos ao deixarem escapar um soluço mal-pregado (daqueles tipo arroto mini-vômito); se o galanteador de plantão perde o rebolado ao liberar sem aviso prévio uma pequena lufada de gases intestinais (como se o aviso mudasse alguma coisa), tudo muda (horrivelmente) de figura após a conquista definitiva, o estabelecimento de fato e de direito de um relacionamento dito "sério".
Quando o casal já juntou as escovinhas de dente (mesmo que apenas nos fins de semana), quando a gata já não encuca tanto assim com a depilação das pernas e o moço desfila pra cima e pra baixo com aquela samba-canção meio puída, é sinal de que a intimidade entre os dois ultrapassou o nível máximo e aproxima-se de uma "zona de perigo". Ou seja: quando o gatão malhado e de corpo dourado começa a relaxar na própria forma, a comer em demasia e a peidar sem cerimônia durante a exibição daquele filme no Supercine, chegou o momento de reavaliar seus sentimentos. Sim, porque é aí que você vai descobrir se, de fato, ama esta criatura que se revelou um porquinho de primeira linha ou se de repente vai achar melhor fazer a fila andar.
Taisinha girl contou-nos, ao pé do ouvido (e que ninguém nos ouça), que o moço que lhe dá manutenção adquiriu o curioso hábito de conduzi-la ao banheiro quando este necessita... (ai, como é difícil achar eufemismos decentes para esta situação) necessita... digamos que fazer cocô (não achei nada mais adequado, sorry). Ela explicou que seu príncipe sente-se extremamente bem ao regurgitar seu bolo fecal pela boca de baixo (meu pai, que baixaria...) quando ao lado da musa inspiradora. A moça apelidou-se, até, de Bioactiva (ahhahaahaha, ela me mata!).

A historinha trouxe à tona uma outra odisséia semelhante, esta protagonizada pela amada Jane F. Diz Janete que há longos e longos anos, na ocasião de um namoro que durou cerca de três anos (seu primeiro relacionamento "sério"), algo semelhante ocorria entre ela e seu então bem-querer (vamos chamá-lo de Picoco). Picoco amava Janete de paixão, e era arduamente correspondido. Um destes loucos e imaturos e deliciosos amores juvenis, com curtíssimo prazo de validade e que deixam lembranças para todo o sempre. Pois bem, uma destas lembranças era o saudável hábito adquirido pelos dois pombinhos de realizar as atividades in-bathroom juntinhos: enquanto um tomava uma ducha revigorante, o outro responsabilizava-se por esvaziar sua sarada barriguinha, sentadinho no vaso. Cagavam, sim, um de frente para o outro, enquanto conversavam e teciam planos para o futuro.
Belo dia Janete, que perambulava pela casa de Picoco enquanto este trabalhava, encontrou uma cartinha suspeita em seus pertences: era uma piranha que insistia em seduzi-lo. Pois bem: sentindo os movimentos peristálticos de seu intestino, que funcionava como um bom suíço, Janete F. não teve dúvidas - decidiu enviar a correspondência para seu devido destino. Picou a carta em pedacinhos, atirou-os no bacio, defecou bonito sobre tudo isto, deu a descarga. Não bastasse, ao chegar o namorado, sapecou-lhe suaves bofetadinhas em seu rosto angelical e relatou toda a aventura, orgulhosa e vingada.

6.7.07




E como é sexta-feira (graças ao bom Senhor Jesus) e eu finalmente poderei relaxar após uma semana estafante de trabalho pesado e semi-escravo, e já que comecei com esta palhaçada de avatares cartoonianos, vamos a outra versão da estressadíssima garota aqui. Quer também? Vai . E um extraordinário fim de semana. See ya.

5.7.07

Oh, my God, they killed Kenny!



Eu morava em Florianópolis quando descobri a TV a cabo (luxo até então desconhecido na pequenina Shark city) e, de quebra, o desenho animado para adultos South Park. Foi um soco no estômago. Mesmo já sendo fã incondicional dos amarelinhos Simpsons, não estava suficientemente preparada para um grupo de quatro meninos maluquinhos que falavam palavrão a torto e a direito, cuspiam, xingavam e tinham pensamentos e atitudes absurdamente incorretos (em todos os sentidos). Foi paixão ao primeiro episódio. Até porque, mesmo sendo toscamente desenhados, ainda assim mantinham certa graça pseudo-infantil em seus traços bruscos, um deleite para minhas fortes tendências infantilistas. A febre South Park foi ligeiramente esquecida anos depois, com overdoses de desenhos animados igualmente ou até mais impróprios para menores (num passado distante o único público-alvo desta bela arte). Com a proximidade da estréia do primeiro filme dos Simpsons, no entanto, outras tantas manias cartunísticas ressurgiram para nos atazanar a vida e nos fazer perder tempo no trabalho. A ilustraçãozinha é uma pequena Cíntia southparkiana. Os que curtem brinquedinhos do gênero, aqui.

4.7.07

Para Dani

Gente, eu ADOOOIRO quando alguém comenta no bloguinho, amo, alucino total. Mas, além de Miche Z., poucos são os que se atrevem a tecer observações sobre estas humildes escrituras. E quando o fazem, fazem também com que eu ganhe o dia. Caso da Dani, coleguinha sharkcitiana que confessou acompanhar as desventuras da moça aqui há algumas semanas (após publicação de notinha na coluna da amiguinha xuxa Miche Z, no ds, viu, Dani?).

Amiga, thanks so much pelo comment, continue conosco, firme e forte. Eu diria tudo isso nos comentários too, mas, sucks!, meus recursos excusos para visualizar o Imediatas não são suficientemente bons para me fazerem comentar também, se é que alguém me entende... e não é de bom tom deixar a leitora sem resposta, claro. Beijão, Dani!

3.7.07

O cinto e o toucinho (dois contos e um único herói)

T.T.u boy é um doce de menino. Todos os dias o moço nos brinda com uma (ou várias) de suas brilhantes pérolas de sabedoria (sem ironia). Inteligente, profissionalíssimo, humor afiado, parceiro e tão compreensivo e amável como todo bom amigo deve ser - este é T.T.u, essencialmente. Mas nosso caro colega de redação também tem seus dias ruins. Na última sexta-feira o moço guerreava com a porta de seu novo bólido, um reluzente Fiat. A danada teimava em não fechar, e o desespero já tomava conta de nosso pimpolho - afinal de contas, como sair para as baladas sharkcitianas se a danada da porta não fechar? E nossos terríveis larápios, espreitando a cada esquina? Aflito, T.T.u embarcou no automóvel e, segurando a porta teimosa com uma das mãos, guiou às pressas até a oficina mecânica mais próxima. Qual não foi sua surpresa quando o atendente, mecânico experimentado, sugeriu que ele erguesse o cinto de segurança, que estava para fora do carro, impedindo o fechamento da porta?

Não bastasse o infortúnio do cinto de segurança matreiro, no domingão, belo dia de sol, nosso herói T.T.u levanta, às 13 horas da manhã, lépido e fagueiro, e, amealhando o convite que havia adquirido anteriormente, por módicos R$ 15, ruma em seu bólido reluzente para um arrasta-pé regado a uma feijuca-mãe na paradisíaca city de Kpiva (Under). Ah, amigos, a correria da vida, as loucurinhas do dia-a-dia, inclementes e urgentes, que nos impedem de raciocionar em paz... a feijuca tão estimada (que T.T.u é doidim por feijão) havia sido realizada no sábado. Na escola de samba, onde se realizaria o ágape, só portões fechados... mágoa de paio não comido.

Modismos bizarros

Botas de astronauta, uísque com red bull, raves, festas diurnas, piercing na língua, tattoos tribais, emoboys, band boys, drogas sintéticas, batom raio-laser, corte moicano - não é de hoje que pessoas do mundo inteiro, de cabo a rabo, foram, e ainda são, tomadas por modismos dos mais diversos e curiosos. Modismos porque se tratam de objetos, atitudes, produtos e afins, que ganham as ruas subitamente e, quando se pensa que vieram pra ficar, desaparecem sem deixar vestígios. Estão aí os suspensórios coloridos e as polainas de tricô, que não me deixam mentir (e quem viveu os 80s sabe do que estou falando).
O que descobri recentemente, no entanto, quebra um tantinho com a estrutura do "modismo" como fenômeno social. É o retardo na proliferação do modismo. Explico: quando morava na Ilha da Magia, lá pelo fim dos anos 90, surgiu uma maniazinha irritante, por parte de alguns burguesinhos de boate, de circular com um belo charutão pseudo-cubano pendurado no canto da boca. Até confraria para acolher os simpatizantes deste costume foi criada. E até aí tudo bem (!). Surpreende-me que, mais ou menos 10 anos depois do charutão ter irritado olhos e narinas na capital catarinense, eis que o cigarrão encorpado aterrissa em Shark city. E quem o ostenta entre os dedos o faz como se sentisse a última batatinha Pringles do tubinho.
Outro hábito bastante curioso teve certa receptividade em grandes (e médios) centros urbanos sul-brasileiros no início dos anos 2000, o secular (ou milenar?) narguilé, na minha opinião nada mais do que um belo objeto de decoração. Eis que, quase adentrando 2010, o cachimbinho de água cheio de marra também visita minha querida e bela (e atrasada) cidade interiorana. Dia desses um grupinho animado (e constrangido) de universitários se revezava na estrovenga, sorvendo fumaça, sentadinhos num cantinho do meu bar predileto. O motivo era óbvio: quem conhece sabe que lá não entra alma viva, ou seja, os meninos não queriam "pagar mico" com o troço exótico e escolheram o point mais isolado da city para testá-lo. Cômico.
Já disse pro pessoal aqui que, daqui a 20 anos, a galerinha de Shark e adjacências vai descobrir uma coisa óteeeeema, que são os diários virtuais. Ou blogs.