17.12.07

Quelzinha, a Vênus platinada (parte 2)

Continuando a odisséia de nossa musa tropical, Quelzinha.

Confesso que, maldosamente, eu, John e o amigo Adelson, quarto integrante da trupe, não conseguíamos reprimir risadinhas e nos espetávamos muitas vezes, proferindo comentários jocosos a respeito do visú de nossa querida companheira. Ora, vejam só, deveríamos morder a língua...
Todos solteiros, saímos à caça. Raquel, no entanto, desprezando aquela muvuca toda do Latitude, só soube bocejar e dizer:
- Será que se eu pedir, este DJ não toca uma valsinha?
Perfumados, maquiados e elegantemente vestidos, eu John e Adelson minguávamos com a falta de sucesso. Ninguém nos dava importância. Quando olhei para o lado, Quelzinha já estava sendo cortejada por DOIS interessantíssimos homens. Ar blassé total.
- Acho que nestes lugares que vocês vêm ninguém paga cerveja pra mulher, né? Que pobreza... Lá no 11 eles pagam tudo - provocava.
Um dos que disputavam os encantos de Raquel pulou na frente e se adiantou, oferecendo-lhe o que ela quisesse beber, exposto na geladeira transparente do bar.
- Quero aquela garrafinha azul ali, ó! - apontou, com o dedinho de unhas roídas até o sabugo. Era uma Smiroff Ice, de preço nada popular. Ela provou, fez careta e me entregou inteirinha.
- Coisa ruim, isso aqui! - queixou-se. Eu nem pude.
No fim da noite, 5 horas da manhã, rumávamos para o carro. Saldo negativo para os três. Quelzinha, no entanto, foi acompanhada pelo insistente e charmoso pretendente da Smirnoff Ice.
- Me dá teu telefone, vamos nos encontrar. Adorei te conhecer. Vou para Shark city e você vai me levar neste tal de 11, prometo dançar vanerão - jurava o moço.
O mais incrível? O trelelê de fim de náite não era apenas cantada barata. O sujeito, rico, endinheirado, VIP no Latitude, realmente pegou a estrada e veio ver Quelzinha, a moça das roupas escandalosas e do baton vermelho Valentino, que gosta de vanerão e de beber de graça.
- Mas não quis não, dispensei. Éramos muito diferentes - sentenciou, enquanto ouvia Bruno e Marrone no rádio.

Um comentário:

Anônimo disse...

Adorei!!! Não lembrava mais dessa história... hahahahahaha...
Mas esse final aí eu não sabia. Não é fraca não... hahahahaha...
E por onde anda Quelzinha???