24.10.07

Pessoas-spam

Você percebe o quanto é amada/admirada e idolatrada ou desprezada/odiada e ignorada pelas pessoas com as quais convive ou já conviveu pela quantidade e pela qualidade dos e-mails que estas te enviam.
Sabe aqueles antigos colegas de faculdade e/ou de trabalho, com quem você mantinha uma relação cordial e bem-educada, mas que ao perderem contato ficou sem sentido mantê-los no messenger ou no Orkut, mas que você ainda mantém JUSTAMENTE por educação (sempre bloqueados)? Então.
Dia desses uma amiga recebeu o mesmo e-mail vindo de duas pessoas diferentes, das quais não recebia sinal de vida há quase um ano. Pois bem: os caras-de-pau tiveram a ousadia de bombardear a caixa de mensagens da moça com um daqueles terríveis spams/corrente que fizeram fama e fortuna no início dos anos 2000, com ameaças de maldições e de mortes horripilantes caso você, recebedor, não cumpra com o exigido no final da mensagem, ou seja, enviar para 10, ou 20, ou até 30 contatos de e-mail.
O que acontece é claro como o dia: você não manda spam/corrente para seu namorado (se tiver um), para suas amigas do coração nem para os simpáticos e descolados colegas de trabalho. Você manda spams para os contatinhos do Hotmail que você ou odeia ou despreza. Porque, cá entre nós, ninguém merece uma foto-montagem de um fantasma samara morgan style te ameaçando a vida se você não encaminhá-la.
Mas o que mais me impressiona neste mundo de meu Deus não é o pouco caso que pessoas-spam têm com você, é a possibilidade delas mesmas acreditarem em "maldições virtuais de 2000". Wake up, people, a onda virtual do momento é roubar senhas de banco e transferir dinheiro para contas-laranja. Seringa aidética na poltrona do cinema, boa-noite, cinderela na bebidinha free na boate e, é claro, a garotinha que têm um câncer terminal desde 1996 (ela não morreu ainda?) são tãããão last season...

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