7.8.07

Quando ouvi Salif Keita, dancei... (ou O Atropelamento)

Shark city está em festa. Até o próximo sábado a cidade sedia a terceira edição da Feira do Livro, evento que conta com três ou quatro livrarias, que vendem de Dan Brown a Paulo Coelho (passando por Zíbia Gasparetto, sure), pelos mesmíssimos preços praticados em qualquer lugar do Brasil (ou seja, carésimos para o bolso da modesta população sharkcitiana). Desta vez, a prefeitura, que organiza o furdunço, está trazendo uma celebrity para tentar inflar o número de visitantes no local. Há alguns meses, chegaram a anunciar a vinda do meu amado todo-poderoso Rubem Fonseca, e eu quase morri na Sapucaí de tanta emoção. Não, ele não vem.

Aí divulgaram a vinda do ex-titã Arnaldo Antunes, grandes bostas, enlouqueceu o povinho daqui - e eu, burrinha, que nem sabia que ele escrevia, minha gente! Bom, A.A. TAMBÉM não vem. Mas indicou um amigo tão literato quanto: Chico "Mama África" César. E é aí que começa nossa diversão. O toquinho de amarrar bode do cabelón a la Amy Winehouse vem, sim, à Cidade do Peixe Grande, palestrar, dar uma palhinha de seu novo disco (???), e contar de suas escrituras, seja lá o que for isso. Imediatamente eu e M.Z. relacionamos o paraibano com nossa amiga sertaneja da terra dos rios Beberibe e Capibaribe. É que, pasmem, dona Germana tem histórias em comum com o moço cantor/escritor. Porque ela já o atropelou.

Sim. Era Carnaval. E era Olinda. Gê girl, a bordo de seu possante bólido envenenado, atulhado de bons amigos, circulava a toda pelas estreitas vielas olindenses. Eis que surge, do nada, no meio do caminho, um arremedo de homem, um goleirinho de pebolim, uma miniaturinha de gente. Não deu outra: com o teor alcoólico de Gê, a velocidade empreendida no automóvel e o teor festivo permeado em toda a ocorrência, o encontrão tornou-se inevitável. Ao sair, trôpega, do carro, para socorrer a criança que havia acabado de esmagar com as rodas dianteiras de seu fuscão, Gê encontra seu ídolo: Chico César. Semi-inconsciente, o pobre homenzinho ainda teve que autografar os peitos de Gê, e uma ou outra barriga de amigas mais afoitas. Alguns beijos foram roubados. Depois, todos se levantaram, gingaram ao som de Mama África e bóra pro Frevo! Pelo menos, é isso que ela conta...

Obs: tiraremos a prova hoje à noite, durante entrevista coletiva com o homem do cabelo de ninho de pomba. Se ele avistar Gê girl e sair correndo, é sinal de que a história é verdadeira.

Obs2: Yes! 150ª postagem!

5 comentários:

Um dedo de prosa disse...

gargalhando alto aqui...eu não sei se TE bato...ou se bato palmas...maravilha!!!! adoreeeeeeeiiiiiiiiii
corre e segura MZ antes que ela agarre o homenzinho!!!!
beijossssssssss

Anônimo disse...

E eu não pude perguntar sobre o atropelamento durante a entrevista!!!!!!!! Raios, raios duplos!!!! Faltou colocar a frase dita por Ge ao atropelar aquela coisa que tem cabeça em formato de cebola, segundo chefitcho Tomaz A.: "Meu Deus, matamos o Chico César!"

Matheus Madeira disse...

E eu achando grande coisa porque uma vez vi o Róbson Caetano na frente do Lojão Vitória...

Anônimo disse...

Ah... Sem glossário:

Linda, eternamente Olinda
Autores: Doutor, Renato Vale, Tonico da Portela e Eli Penteado
Intérprete: Rixxa

Eu naveguei
Encontrei um paraíso secular
Novo mundo vou mostrar
Majestosa e tão bela
Vim brilhar na passarela
Ó linda e eterna Portela!
Nas ladeiras, poesia
Seu ouro branco e coqueirais
Bordada pelo mar
Ninguém esquecerá
Seu folclore popular

Vou invadir seu coração
Olinda
Encantando esta nação
Tão linda
Acervo de beleza natural
Olinda, patrimônio mundial

Vou viajando assim
No frevo e maracatu
Ciranda e serenata
Vejam como é lindo seu carnaval
Quarta-feira de cinzas
Vou sair no Bacalhau

E a Portela mostra como é linda
Ó linda Olinda

Um dedo de prosa disse...

Lindooooooooooooooooooooo Teteeeeeeeeeeeeeuuuuuuuu!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!