26.6.07

Via messenger, com amor

A moça, jornalista conceituada que, por opção, decidiu incorrer em outras áreas mais pedagógicas, saltitava de janela em janela pelo messenger, madrugada adentro - até porque é solteira, mora longe e não caiu nas graças da adsl, ainda. Eis que se depara com aquele antigo colega de profissão, renomado assessor de imprensa, que por alguma bizarra manifestação do destino não havia sido devidamente bloqueado, como a moça costuma fazer com colegas de messenger com os quais não tem intimidade e/ou falta de interesse em trocar idéias. Papo pai, papo vem, e a moça é extremamente habilidosa em conduzir uma conversa ao pé do ouvido, tornando-a agradável e bastante salutar. Eis que o grande assessor começa a disparar emoticons em formatos, digamos..., eróticos. Sim. Eram pequenos pintinhos sorridentes, pererequinhas abertas e muito simpáticas, simulações de felação e afins. A moça, morena jambo de parar o trânsito, não entendeu, mas preferiu conduzir a conversa da melhor maneira possível, respondendo com educação e respeito aos "o que anda fazendo?" e "como tem passado?". Infelizmente, seu contato emeésseênico não tinha intenções tão puras e saudáveis. "Antes de me dar conta e perder a paciência de vez com insinuações deveras desconfortáveis, o sujeito me prega uma fota monstra de uma morena arreganhadaça, mostrando seus tesouros íntimos com as duas mãos. Horror! Pânico na zona sul", disparou a moça a uma amiga, dias depois. Estranhamente, a arreganhada da foto era morbidamente semelhante à moça-morena-jambo. "Parecia eu, sabe? Até o cabelão liso, brilhante e negro como a asa da graúna", confessou, embevecida. Só não especificou se era o cabelo de cima ou de baixo.

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