O negócio é que havia uma criança em meus domínios, e o jeito foi levá-la de um lado ao outro para que a pequena não se aborrecesse (ainda mais). Aí rolou a ideia de acompanhar o portentoso desfilinho sharkcitiano. Até agora eu não sei dizer se odiei ou se foi o melhor Carnaval da minha vida, pra você sentir o impacto do acontecimento.
Nem vou observar quanto aos aspectos burocráticos tipo desvio de verba pública (a pobreza na estrutura das "escolas" deixa isso bem claro, acho que eu faria um tantinho mais com R$ 150 mil), desorganização generalizada e atraso de duas horas pro samba comer.
Mas foi engraçado descobrir a verve debochada do povo desta Cidade Azul ao contemplar carros "repetidos" ("Ahahaha, aproveitaram o carro de cobra do ano passado!", confidenciaram-me duas habitués), porta-bandeira de gogó avantajado e peito peludo (juro), um rei Momo capenga que deixava cair o cetro de três em três minutos, uma baiana que surtou e abandonou a ala correndo com as saias levantadas e a inegável vibe Elenita (BBB) de boa parte das passistas ("Olha que lheeeeeeendas...", satirizavam duas distintas senhouras, já não se fazem mais velhinhas bondosas como antigamente).
Foi tudo tão tosco e enjambrado que parecia piada (e não era?), não me restando outra alternativa a não ser aplaudir a tudo retardadamente, enquanto me afogava em lágrimas de riso reprimido.
Mas a bateria era bem animadinha. E, no fim das contas, a menina da madrinha saiu simplesmente maravilhada com tudo. "O que eu mais gostei foi do carro de cobra", afirmou. Eu concordei.
3 comentários:
E o nosso encontro na segunda-feira de Carnaval, animado pelo choro verso sorrisos lindos da Valentina? Faltou esse dia, hehehe. bjo mil
Ah, mas tava lá, ué? "Gritos carnavalescos no bar de nossa predileção com a presença de prestigiadíssimas figuras públicas"... Heheheheh... Beijo, Carol!
e eu perdi tudo isso! Esse ano só vi os preparativos das escolas do Arroio. Muito brilho, luxo e alegoria (?). Só faltou eu arrotar serpentina e confete. bjão
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