16.7.08

Relato de uma noite em Shark city

Nem bem se assentava a segunda Original e a pernambucaninha arretada já pedia água - ou melhor, pedia louça. Aí que euzinha aqui fiquei por longos 20 minutos solita na mesa do lendário Youngest Child, em Shark, reduto das beldades mais cinquentonas do Sul catarina.
Fiquei então a observar a movimentação intensa da casa que serve deliciosas "carnes na tauba ®", onde a voz e violão de ocasião capricha num mix entre Djavan, Jota Quest e Ivetinha, levando muitas às lágrimas enquanto cantarolam: "Voe por todo o má-ar, e volte aquiiiiii, pro meu peeeeeitooo".
Nordestininha girl volta, finalmente, translúcida e suando frio: "Olha, acho que botei a febre pra fora", observou. A febre, as taças de Original e o filezinho-falcatrua.

A galerinha foi chegando e se aboletando à mesa e eu finalmente me digno em ir ao bathroom. No recinto, três gatinhas que já ultrapassaram o cabo da boa esperança há milhões. Uma delas, a mais "madura", se exibia faceira em um caftan (há, pergunta se ela sabia o que era caftan?), de tecido vaporoso e print felino (esta eu aprendi lendo a Estilo). As companheiras, em uníssono:
- Ai, amiga, que brusa linnnnnnda!
- É, né? Comprei na ABaratinha. Lá as peça é tudo excrusivo. Se alguém levar uma, tu não achas igual. Se não tiver do teu tamanho, tu vais ficar sem. Esta blusa aqui, por exempro, você já não vai encontrar mais por lá".

Pensei: "Graças a Deus".

A noite terminou de maneira tranqüila e habitual, com os garçons do Youngest Child nos colocando para fora do recinto, junto com o lixo. Sim, eu também estou nesta comunidade do Orkut...

Um comentário:

Matheus Madeira disse...

O que é caftan?