13.11.07

A maldição dos comerciais de CD

Uma das inúmeras desvantagens - talvez a maior - em se assistir à TV aberta são as detestáveis propagandas de CDs de artistas populares (e cujas gravadoras eventualmente estão ligadas à própria emissora, caso da Orbit Music com a RBS, ou da Som Livre com a Globo). Ou seja: faltou inserção comercial, toca calhau (que nem acontece nas publicações impressas). Aí é uma overdose de merchandising. E sabe como é - quanto mais horrorosa é a balada, mais ela gruda como chiclete derretido na nossa mente ociosa.
A edição com os "melhores" hits de determinada banda e/ou cantor, com destaque para os trechos mais populares, entra no ouvido e de lá não sai mais. Foi deste jeito maldito que aprendi a cantar a música "Leilão", dos tais César Menotti e Fabiano, do início ao fim, sem ao menos conhecer a cara da dupla.
É deste jeito que a gente absorve as podreiras pop do dia-a-dia, é assim que aprendemos a cantar "Tem culpa eu, tem culpa Kátiaaaaa, a desgramada da Katchaça...", antecedida por "A balada é minha casa, fazer love é meu emprego, minhas noitadas não me pedem arrego..." e finalmente por "Festa no apê" (Hey, hey, hey, Latino é nosso rei).
Pois agora existe uma banda aqui do Sul, do gênero denominado Tchê-music, que enche o saco da galera de tanto que vem pra Shark tocar (procurei no google e achei Tchê Garotos e também Garotos de Ouro, agora tô em dúvida). Bom, os caras estão com a bola toda, bombando de Sudeste ao Sul do país, e viraram a menina dos olhos da RBS. E dá-lhe propaganda com os hits dos gaudérios. Pai amado... o problema não é você odiar o gênero e aquela pataquada toda sobre o palco, os caras se requebram mais que Carlinha P. O problema é que as letras das canções deste último disco, especificamente, e que já não saem de minha intelectual cabecinha são totalmente PEDÓFILAS!!! Vamos conferir?
Tem uma que é assim: "Moleca, bonequinha, sapeca, vem me dengar...", hit que deve fazer a alegria de 10 entre 10 adolescentes pentelhudas e bem nutridas, daquelas com cara de 40 anos, aparelho nos dentes e shortinho com a polpa da bunda pra fora. Adolescentes, no entanto. Aí eu já olho atravessado, esse negócio de boneca é como eu chamo minhas duas princesinhas, de cinco e três anos.
Aí em seguida já vem outro hit bombástico, o "Minha Menininha" (eitcha, Google véio de guerra!), com o refrão singelo "Ah! Que saudade da minha \nmenininha!, que saudade da minha menininha!... (repete ad infinitum).
Sério, eu fiquei nauseada. Então vamos para o comercial de CD que mais infernizou a vida da galera catarina por pelo menos um ano:
"Ô, meeeu, toca uma reggaeira aí..." (maldito Armandinho!)

Um comentário:

Anônimo disse...

Não tive problema no post, negax e vim conferir os new posts...concordo contigo!...aff, acredita q a m...dessa música da menininha agora veio na cabeça...uiaaaaa...