13.6.07

Mais moda na área

Há alguns anos foi implantado, na universidade local, um curso de Moda que tinha tudo para ser sucesso de crítica e público. E por méritos únicos e exclusivos de uma garotinha que, aparentando menos de 25 anos, ostentava o imponente título de coordenadora. A garota (vamos chamá-la de K.), formada em Moda pela boa Udesc, trouxe categoria e profissionalismo aos estudantes logo no primeiro semestre de existência do curso. Competente, a menina obteve verba junto aos recheados cofres da instituição de ensino, contratou ícones da Moda brasileira para palestras empolgantes e elucidativas e deu início ao processo de inserção de Shark city no calendário de moda nacional - dada a importância dos convidados, gente do calibre de Jum Nakao e Ronaldo Fraga (ambos devidamente entrevistados, iupi!). Subitamente, cobrir o Encontro de Moda virou tarefa disputada pelas repórteres fashionistas da redação (é nóis, M.Z.!). Até porque, entre tantas atrações, tantas novidades, tanta gente importante, interessante e de conteúdo, ainda, de quebra, ganhávamos os tão populares kits de brindes cuidadosamente montados pelas alunas/estilistas. Era um frissón ostentar, no dia seguinte ao grande evento, a bolsinha com o logo do curso de moda. Luxo.
Foi assim que K. cresceu aos olhos dos capos da universidade, até porque competência e profissionalismo estão aí pra isto mesmo, pra dar brilho, realce, destaque, e ela recebeu a irrecusável proposta de levar seu inegável talento para outro campus, este na Ilha da Magia. Por um acaso, sua terra natal. E a menina nos deixou.
Podia-se pensar que o curso de moda manteria o mesmo padrão tão custosamente aplicado, definido, desenhado e estruturado por K. Ledo engano. A cada edição do desfile, percebe-se a franca decadência das produções artísticas e/ou estilísticas, a pobreza constrangedora dos palestrantes convocados e a sem-gracisse patente nos outrora disputados kits de brindes. E o que é pior? Ninguém percebe nada disso. O evento continua sendo (relativamente) prestigiado - e por moçoilas que se acham belas e elegantes de legging e echarpe no pescoço, cujo único propósito da visita é o de embolsar a tal da bolsa temática. K. fez dintudo para implantar o conceito de moda profissional aqui. Mas só conseguiu emplacar o kit. Se lhe servir de consolo (a ela), certamente seu potencial será melhor explorado em terras açorianas - ainda mais quando voltar de sua especialização em Paris. Porque K. é luxo e alegoria. Pena que foi mal-aproveitada.

Um comentário:

Anônimo disse...

Depressão! Depressão! Depressão. Vamos lançar o movimento, volta K.!!! Queremos estilistas badalados aqui!!!!!!