28.2.07

Pobre Daniel...

Madame Louise ainda me mata. Sua verve cruel e sarcástica anda a toda, nos últimos dias, e é descarregada quase que totalmente sobre Daniel, o mestre de obras da mansão Rosa. Não bastassem os pedidos de material de construção mais inusitados da face da Terra, por telefone (Moça, quanto é o dorflex?, referindo-se ao revestimento que pretendia instalar no chão, e Ô, vocês têm forro de PCC?, quanto às modernas placas feitas com o mesmo material dos canos hidráulicos), Madame agora insiste em infernizar a vida do pobre Daniel (popularmente conhecido no Clã Rosa como hominho, até por Rafinha, A Cadela). O pobre hominho deixou de aparecer nas obras da mansão por apenas dois dias - suficientes para despertar a ira e a mais fina ironia de Madame. "Ah, é você? Mas agora eu já contratei outras duas pessoas para instalar o forro, tarde demais!", lamentava ela, ao abrir a porta para recebê-lo. Deslavada mentira, é claro. Ninguém dispensa um mestre de obras tão habilidoso e economicamente viável como hominho, digo, Daniel. Depois, passou a culpá-lo pelo forte odor de tinta que ainda se desprende das paredes do quarto de moi, pintado na última sexta-feira. "A curpa é tua, por que não comprou uma tinta sem cheiro?", questionava. Lógico, Louise não dá ponto sem nó. Enquanto o criticava com expressões do tipo "cara de cu sem pestana", ela tratava de passar um cafezinho fresquinho (a copeira não veio) para agradá-lo. O forro foi trocado e tudo terminou da melhor maneira possível. Por enquanto... (by Cíntia T.)

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