16.2.07

Driblando o desprezo alheio

E, enfim, envelhecemos. Houve uma época em que eu mal conseguia administrar o considerável número de "amigos inseparáveis" que mantinha. Fim de semana na praia com uma, noitada regada a aperitivinhos com outra, uma esticada na boate com aqueles dois. Com a idade, o passar do tempo, as mudanças de cidade e de estado civil, meu quadro de amigos foi rareando, rareando, até ficar bastante restrito - basicamente amigos de trabalho e de profissão. Os que outrora garantiam jamais me abandonar hoje se limitam a enviar micro-mensagens de texto e/ou scraps no Orkut (sim, é pra você, John). Mas o post de hoje, pré-carnavalesco, não é de amargura. É só pra constatar o quanto vamos nos modificando ao longo do tempo - temperamento, gostos, opiniões e conceitos, jeitos, maneirismos, pontos de vista. Sei lá. Aí que devido a algumas situações recentemente ocorridas foi que me dei conta de que eu, Cíntia T., anteriormente tão querida, amada e popular em meu círculo de amigos, hoje sou sumariamente "dispensada" em determinadas ocasiões. Por exemplo: quem recusaria um fim de semana de verão numa praia belíssima e badalada, de graça? Quase ninguém, não é mesmo? Pois uma dupla de amigas simplesmente ignorou o convite feito por mim e pelo namorado Caê M. (que se eu sou chata ele é o dobro - sorry, amore). Esta mesma dupla de amigas (?) realizou um petit-comittée na casa de uma delas e sequer pensaram em convidar a pobrezinha solitária aqui. E as mesmas bad girls - principalmente uma, de descendência nordestina, por assim dizer - adquiriram o saudável hábito (saudável para elas) de simplesmente desligarem o telefone ao saber que serão procuradas por nós posteriormente... desprezo em seu mais alto grau de pureza, saca? Ok, vou aqui admitir publicamente a pecha de "chata" (ou desagradável, inconveniente, sem-graça ou afins). Até porque na maioria das vezes as pessoas têm que agüentar não um, mas dois chatos juntinhos e apaixonados (eu e Caê). Argh. Mas que dá uma aflição danada saber que tem gente por aí que prefere mofar sozinha em casa do que dividir uma mesa de bar com a gente, ah, dá... (by Cíntia T.)

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