14.2.07

A brasileiríssima moda (argh) na praia

Foram apenas cinco dias, mas suficientes para transformar minhas tão pacatas férias. Eu e Caê M. nos mudamos de malas e cuia para a praia do Farol de Santa Marta, local até bem pouco tempo visto por mim com certa desconfiança e preconceito. É que o mundo permanece eternamente em 1969 nos limites do Farol - principalmente no que se refere ao público freqüentador cativo da localidade. Maconha aos baldes, aspirações zen-budistas, simulações desastrosas de yoga nas areias da praia, maconha, dreadlocks ultra-ensebados, cangas encardidas e ele, a estrela do verão, o "brinco em formato de tábua de bater bife". Sim, o hit da temporada se resumiu a duas peças ultra-básicas, que vão do asfalto às areias escaldantes dos balneários brasileiros: além dos tamancos com saltos de 48 centímetros de puro trabalho de marcenaria em madeira de lei, agora as novelas globais e o maldito big brother nos trouxeram a onda dos brincos hippies ultra-gigantescos que podem ser usados em apenas UMA das orelhas! Argh! As belas e saradas (contém milhões de ironias) do Farol aderiram com tudo à modinha, e, enroladas em suas saias indianas tye-dye tingidas no panelão de ensopar carne da mãe, arrastando os pés em rasteirinhas e com cabelões rebentados batendo na cintura, elas exibiam alegremente o acessório agigantado. Os hippies, responsáveis pelo comércio informal do Farol, é que estão felizes: com alguns pedaços toscos de madeira ou um monte de linhas coloridas e entrelaçadas eles estão faturando bonito vendendo os mesmos brincos que a Carollinnyy do big brother exibe na delicada orelhinha bronzeada. (by Cíntia T.)

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