3.1.08

A dois passos do paraíso

Por uma deliciosa coincidência do destino, nossas amigas habitués do bloguinho mais abandonado de Shark city encontraram-se - ora, vejam só - na RODOVIÁRIA (fino) mais movimentada da América Latina, na Paulicéia Desvairada.
Germana girl, bronzeada (neste caso, bronzeada é eufemismo, para não parecer crime racial), sorridente e saudosa da terrinha sul-catarina; e Charlotte, a furona-de-festa-de-Réveillon-regada-a-champagne-do-bom, mais alisada do que nunca e ostentando um bronze branco-iglú.
Juntas, as meninas bandearam-se para o botequinho mais charmoso das margens do Rio Tietê e, pedidos de ovo de codorna com doses de catuaba feitos, desataram num conversê sem precedentes.
Após brindes animados celebrando o encontro - ora feitos com chopps, ora com rabo de galo - as amigas tiveram que se separar. A paulistana, bem instalada num bólido da Reunidas, ar-condicionado no máximo.
A nordestina, a bordo de um Pluma caindo as pedaços, cujas janelas tiveram que permanecer abertas all the time para aliviar o mormaço de 38 graus. A asa da graúna gritava alucinada no narizinho delicado da garota do Norte, acostumado à água de flor de laranjeira. Ô, dó!
Pior foi o mega-engarrafamento. Foram cinco cruéis horas extras dentro de seus respectivos veículos, esperando pela liberação da via que liga o resto do Brasil ao nobre Estado catarina.
"O que me animou foram os torpedos da Germana, enviados ao longo de todo o trajeto", regalava-se Charla, the refreshing girl.
Germana, por sua vez, narinas pregadas com grampo de roupa para não sentir o mafuá gambasístico de seu recinto móvel, torcia as mãozinhas de excitação a cada quilômetro percorrido, cada vez mais próxima do verdadeiro paraíso terrestre, o Rincão.

P.S.: Germana, a pândega, sempre muito divertida, ainda teve a presença de espírito de enviar torpedinho-pilhéria para nossa amiga brunette. "Onde tu tá?", dizia a mensagem. A remetente, no caso, estava presa no bus, mais uma vez, desta feita em Laguna. O Pluma quebrou, após exaustivas 100 horas de viagem desde Recifolia, cruzando este Brasil de meu Deus. Mais vale o lombo do jegue, como dizia certa redação de jornal...

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