11.7.06

Here we go again!

A expressão "imediata" sequer existia no dicionário - pelo menos naquela época, 1999; apenas a versão masculina do termo. Escolhemos o nome mesmo assim, até ele deveria ser bastante original - como o estilo da nossa pretensa publicação. Estávamos realizando o projeto de conclusão do curso de jornalismo, eu e Stella Bousfield, e queríamos desenvolver algo inovador no mercado editoral voltado ao público feminino, sem clichês, sem sexismo, sem submissão, modismos bestas, consumismo desenfreado e disenteria cerebral. Se hoje temos a Nina Lemos com seu 02 Neurônio e a ótima Ticcia, do Megeras Magérrimas, antes só contávamos com os absurdinhos das revistas Nova e Cláudia.
A idéia era a de, definitivamente, NÃO erguer a bandeira da mulher retardada que dedica 24 horas diárias de sua vidinha medíocre pensando em formas de como ser sensual; como depilar a buceta com estilo e como aplicar aquele bolagato bem-feito no companheiro de ocasião. Também não queríamos escravizar pessoas diante de relacionamentos amorosos - o por quê do não-telefonema era - e é - o mote para muitas revistas, ainda hoje.
Aí o que saiu foi algo que hoje chamaríamos de blog - mas com ares de revista eletrônica (a gente já era malaca mas tínhamos que impressionar de alguma forma). E foi tão divertido, com tantas risadas, lágrimas, amendoizinhos, cigarrinhos e café, Clóvis e Aglair, Gustav Klimt, masturbação feminina (ops, mas sem homoerotização), discoteca do Chacrinha, boate gay, vibradores, moda para pobrinhos, Gretchen e Rogéria, que ficamos absolutamente désolés ao terminar o projeto e mandar o curso de jornalismo pra putaqueopariu. Foi foda.
O curso finalmente acabou e nos distanciamos por anos - procurando emprego, né, tolinhos? Aí a internet nos reuniu. E a saraivada de blogs, fotologs, a orkutmania e o messenger nos fez pensar: catso, tanta gente imbecil escrevendo por aí, por que as fofíssimas aqui não põem a mãe na massa de vez? Pensamos em um espaço pra estravazar nossa incrível verve literária (uau!) com alfinetadinhas básicas, ironia e deboche, constatações óbvias, desabafos de garotas provincianas (ok, Stella, esta bronca eu assumo sozinha...) e muita putaria, que ninguém é de ferro.
E como eu havia "redigido" antes (olha a pompa e a circunstância, Cíntia...), taí o texto inaugural, que não ficou lá um primor, mas vai servir para engatilhar o processo de criação literária tema livre. Assim esperamos. Mãos à obra, Stellita! And here we go!!! (by Cíntia T.)

Um comentário:

Anônimo disse...

Cintia,
Até que enfim, hein...ADOREI!!!! Vc tem futuro, honey...Já sou leitora assídua....bjs e Parábens!