A medicina não confirma, mas é muito provável que mulheres saltitem à beira do abismo da loucura crônica durante estes intermináveis dias. Basta um escorregãozinho, facilitado pelo salto 15, para se atirar de vez no universo da insanidade total. "Na TPM, sou bipolar", ouvi por aí, dia desses.
Tem gente que exagera. Ou porque sofre de menstruação desregulada ou porque simplesmente usa a TPM como justificativa para suas pequenas loucurinhas do dia-a-dia (desconfio seriamente disso). Tem também as que morrem de medo dos maléficos efeitos desta tensão maldita que vivem de absorvente e à base de Ponstan praticamente o mês inteiro.
Caso dela, a vítima number one desta praga feminina: Charlotte, a morenaça belzebu. Dia desses combinamos uma sessão mesa de bar básica para pormos assuntos em dia. De repente lá vem ela, afobada, seca para agarrar seu copo de cerveja, já previamente servido (que ela não gosta de esperar nem de pedir).
A paranóia menstrual, no entanto, vinha estampada na cara - ou melhor, no bolso. Do bolsinho do casaqueto preto de cashmere da fina brotava um pacotinho branco bastante suspeito. Ela fala, cumprimenta, beija, confraterniza, bebe, parabeniza pela passagem do meu aniversário, e o pacotinho lá, praticamente saltando na nossa cara. Não resisto: "Um modess", declaro, pescando-o com a pontinha dos dedos. "Ai, guria, tô na TPM. Tá pra vir. Encerra este assunto", exige ela, pedindo que eu esconda o carefree providencial na minha bolsa.
2 comentários:
Nova historinha no bemsacada. Vai lá.
M. que briga com o namorado, um santo homemn no fim de semana por pouca coisa? Não to aqui para me gabar. Até porque é uma situação triste. Mas ando suspeitando de quem seja a M. uahauhauahuahua! Quantas M. tem nesse brasilzão de meu deus hein?
TPM é a trombeta do juízo final, ou do final sem juízo, quem sabe.
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