Eu bem que gostaria de ficar no meu cantinho, sossegada e inexplicavelmente feliz com minha recente solteirice (inexplicável pros outros, não pra mim, mas ninguém me acredita...). Mas há a família. Ahhhh, esta família... promete não me dar folga enquanto eu não surgir, radiante, de aliança dourada no anular.
Para ela (a família), não há felicidade fora dos laços sagrados do matrimônio. Mas meu problema não é exatamente este. Elas (as familiares) podem sim alimentar sonhos e devaneios envolvendo a minha pessoa, um altar, véu, grinalda, um belo noivo e uma gestação tranquila e bem-sucedida dois meses depois. Claaaro que podem. O problema é quando tentam pôr estes projetos em prática.
Aí que minha formosa mommy surge para uma de suas hoje tão frequentes visitinhas com uma proposta "irrecusável": divorciado, um filho pequenno, engenheiro, "trabalhador" (destaque para trabalhador) e cheio de amor pra dar. Argh.
Ela e minha adorável tia Madame Louise simplesmente não aceitam "não" como resposta. Eu devo justificar. Mas não o faço, porque não terminaria em menos de 12 horas consecutivas de violento parlatório. Aí dá-se o impasse.
Quem já assistiu ao divertido "Casamento Grego" deve saber bem o que eu estou passando. Para desencalhar a solteirona, a família promovia um verdadeiro desfile de aberrações pela mesa do jantar, para ver se a moça se animava. É, se no fim da história eu encontrar um sujeitinho minimamente parecido com o galã do filme, dou-me por satisfeita.
Solteiros, viúvos e divorciados da paróquia, corram! Vocês já estão sendo devidamente sondados. Bom, pelo menos por enquanto consegui driblar o engenheiro. Minha progenitora teve que admitir que ele combina mais com minha irmã...