Assistindo ao meu mais novo programa preferido, Miami Ink (já planejo uma tattoo no quadril), recebo mensagem de Johnny boy dizendo estar debulhado em lágrimas vendo o programa da musa Lu Gimenez. Confesso que desde o advento da cable tv no meu recinto, tenho desprezado programas cults como o da nossa querida rollingstone girl, sempre imperdível (Madame Louise que o diga).
Numa rápida zapeada (até aprender que a Rede TV! é o canal 6), vejo a musa recebendo o que eu acho se chamar MC´s, com suas respectivas dançarinas - as meninas-fruta do momento, em terra brasilis. Vergonha.
Enquanto o sujeitinho se contorcia em trejeitos de gueto, a gata ficava expondo seus atrativos: a vantajosa (e hiperdotada) derrière, "privilégio" que descobri não ser unicamente da bizarria denominada "Melancia". Subitamente, dezenas (ou centenas?) de meninas de quadril de 1,20m dominaram o Brasil.
Bons tempos em que as partes baixas das ordinááááááárias Carlinha P. e Scheilas do Tchan impressionavam, com meros 1 metro de quadril. Agora, o céu (e uma boa calça Da Gang) é o limite.
Que venham os pães recheados de linguicinha e molho vinagrete!
Quando eu começava a acreditar na chegada de uma nova era - quando nós, mulheres, começaríamos a sermos finalmente vistas como algo a mais que meros instrumentos para a perpetuação da espécie e para satisfazer os desejos masculinos, e sim como companheiras, iguais, surgem estas aberrações e parece que décadas de dura evolução foram em vão - Deus me livre abusar do teor panfletário/feminista.
Mas uma coisa não víamos há tempos: a celebração da mulher (over) gostosa, da mulher-Brasil/ mulher culote e barriguinha saltada, mulher musa de Botero.
Pode se considerar este amor à gordura um ponto positivo, em frente à obsessão pela magreza às últimas conseqüências? Não, definitivamente.
Em ambos os casos, a mulher ainda não passa de um reles objeto feito para o sexo, com alguns orifícios para a introdução de paus.
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