Ops! Long time no see! Então, ao mesmo tempo que temos vontades e inspirações repentinas para blogar todos os assuntos possíveis e inimagináveis, às vezes também ficamos com a mente às moscas, voltada apenas para o que é estritamente necessário (ou seja, o trabalho e a programação do E! Entertainment).
O tema de hoje é, portanto, fruto de muita observação e intenso trabalho de pesquisa: minha nobre vizinhança, no novo prédio. Se antes dividia o condomínio com universitários, falsos professores tarados e gays violentos, atualmente a história é um pouquinho diferente. Se não, vejamos:
Na porta ao lado mora o amo e senhor, 40 e tantos, solteiro, que vive na histérica e alegre companhia de quatro poodles branquinhos e é radicalmente contra a instalação de TV a cabo no prédio, "para não poluir a fachada". Também costuma pregar bilhetinhos desaforados na portaria chamando a atenção de moradores "descuidados" que sobem as escadas esfregando o botijão de gás nas paredes (como se alguém fizesse isso).
Sob meus pezinhos, o núcleo mais polêmico. A mãe (jovem, menos de 40) e o filho adolescente. Às vezes, um homem (que, acredito, seja namorado da mãe, a melhor parte são as especulações e os achismos). Inicialmente antipatizamos com o teenager, que ameaça a pobre mãezinha de deixá-la só e ir morar com o pai (imagino que em outro Estado, ambos, mãe e filho, têm um sotaque fortemente porto-alegrense).
Logo em seguida, no entanto, mudamos de partido - descobrimos que a mãe é uma megera-bruxa-monstra de sete cabeças que inferniza a vida do pobre rapaz com sentenças do tipo:
"Mas tu és burro, néãm?"
"Não sabes lavar louça direito? Tinhas que quebrar um copo?"
"Vai estudar!" (15 vezes, em cinco minutos, ad infinitum)
"Eu vou pagar alguém pra te seguir na rua!" (a idéia é descobrir se o pobre usa drogas. Eu usaria, se fosse ele. Muitas drogas)
"Eu duviiiiiiiiiiiiiiiiidooooooo que tu vais conseguir" (pra qualquer coisa)
Além do mais, ela SÓ prepara comida frita. E pelo cheirão, pééééssima.
O garoto, por sua vez, a despeito da insuportável arrogância característica de todo aborrecente, é um pobre coitado. Além de comer mal, ser atormentado pela mãe diuturnamente, passa seu tempo livre ouvindo - pasmem, alguém ainda ouve isso - Charlie Brown Junior. Não se preocupem, eu fecho a porta da cozinha e meus problemas sonoros desaparecem.
Os outros vizinhos não são tão notáveis. Um deles faz batida (eu acho) no liquidificador todo dia, às 11 da noite, pontualmente. Todo dia. Até domingo.
Mas fato curioso aconteceu-nos há cerca de três semanas. De vez em quando o aborrecente perde a paciência e enfrenta a monstra-mãe, aí o (suposto) namorado dela intervém, aí a lôca toca o terror gritando naquele sotaque de magro do bonfa. Enfim, um divertidíssimo barraco, que ocorre, normalmente, nos findis e feriados, quando a galera tem tempo de sobra pra azucrinar a vida alheia.
Aí que, acredito eu (tudo na base da especulação, claro), o vizinho do poodle, que é o síndico, procupado com a moral e os bons costumes do prédio, chamou a atenção da gaúcha louca da calcinha.
Deu-se o furdunço. A maluca não deixou o pobre homem em paz. Bastava o cara chegar com a caminhonete que ela subia o lance de escadas atrás dele, até a porta do apê do sujeito, gritando, indignada, coisas do tipo:
"Mas era só o que me faltava, néãm, eu não me meto na tua vida, tu vais te intrometer na minha?".
Ok. No dia seguinte, por volta das nove da matina, ponho meus tênis, pronta pra uma caminhada. Quando abro a porta, a surpresa: um policial militar devidamente fardado vinha em minha direção. "Recebemos uma denúncia de que alguém ouviu pedidos de socorro vindo deste prédio. A senhorita ouviu alguma coisa? ", questionou-me o oficial.
Claro que não tinha ouvido nada além do barraco da family de baixo. Mas em segundos o mistério estava resolvido. A gaúcha maldita da fritura sobre atrás do policial, com um indisfarçável sorriso debochado nos lábios, apontando para o apartamento do síndico e dizendo, com voz de moça direita: "Será que não foi daí?", indicava com o dedinho, dissimulada. Constrangido, o próprio homem do poodle, ao abrir a porta, tratou de esclarecer que não, não havia pedido socorro a ninguém.
Mas aí a vingancinha da perversa já havia sido feita. Ela pode até negar, mas que a gaúcha quis revidar em alto-estilo a "intromissão" em sua vida, ah, isso ela quis sim...
3 comentários:
M E D O da maluca da calçola!
Pelo menos morar nesse prédio rende uns bons posts, não?
Tadinho do jovem aborrescente.... mãe chata e charlie brown, nem sei o que é pior...
vizinhos.... quando não rendem bons romances, rendem boas piadas!
Hahahaha, vizinhos são bons motivos pra piada! O meu faz obra há 7 anos e pelo visto será eterna! Achei interessante mandar pra vc um vídeo com os maiores barracos da TV! Tem de tudo quanto é tipo, principalmente casais se batendo hahahaha, é muito legal! http://www.weshow.com/top10/pt/humor/top-10-melhores-brigas-em-programas-de-tv-de-todo-o-mundo
Fica a dica!
Beijão
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