Ah, somos tão contraditórios nesta vida de meu Deus, não é mesmo, minha gente? Sim, porque numa época em que você passa a ser curiosamente observado por pelo menos uma dúzia de pessoas bastando apenas iniciar seu computador; numa época em que os recursos tecnológicos te permitem pendurar fotos e mensagens ultra-íntimas de amigos e amantes e estampar gostos e preferências pessoais num site de acesso público, dizer que se deseja privacidade parece contraditório sim.
Há limites, no entanto, a serem considerados. Você não vive sem a piscante janelinha do messenger; confere os scraps do Orkut de hora em hora e vive queimando neurônios ao pensar em novas idéias de posts pro seu blog? Ok. Então não adicione aquele sujeito com quem você só cruza ao meio-dia, no bandeijão da esquina, como coleguinha de chat-line. Não aceite o testemunho emocionado, no Orkut, da moça que sentou na sua mesa de bar há 15 dias e da qual você mal sabe o nome. Não force as amizades virtuais. E mantenha os olhos bem abertos, o botão de ignorar usuário está logo ali, ao alcance do mouse.
Coisa deveras curiosa - e totally freak, vamos e venhamos - é você, querido amigo orkutiano, que tem um perfil todo bonitinho e prosa, que coleciona um bando de coleguinhas e admiradores, que troca scraps gentis e cordiais de quando em vez, perceber através da bina que alguém que você CONHECE andou fuçando sua área. Como diria a super Z. girl, até aí, tudo bem.
O problema é quando você conhece a pessoa mas não mantém qualquer espécie de contato com ela, não sabe o que anda fazendo da vida, e nunca mais cruzou com a sujeitinha. E mesmo assim vem ela e dá aquela fucinhadinha em your own private life.
Tá lá o nomezinho da lôca, exibidinho na sua página. Tá lá, a prova inconteste de que ela remexeu na sua gavetinha de confidências, no seu albunzinho de fotos fofuchas. O pior (e mais assustador ever): ela NUNCA deixa um oi sequer. Nunca diz: oi, fulana, tô passando aqui pra vasculhar sua vida, bitch! Não...
M. Zim também tem medo desta laia de espiãs do mal. Acredita que pessoas que te conhecem, te fuçam mas não deixam um mísero oi são do gênero sociopatas. Tendo a crer nesta teoria. Mas, peraí, quem escreveu intimidades e postou fotinhos na minha página de acesso público não fui eu mesma? Como reclamar, então? Tenha medo, tenha muuuuito medo...
P.S.: curiosamente, em minha vidinha sharkcitiana já convivi com uma (outra) Glenn Close de Atração Fatal. Caê boy sabe do que estou falando e M. Zim também. Ui...
Um comentário:
Que tal criarmos uma comunidade "Não quero ser apenas um número no orkut".
Concordo com genêro, número e grau com vc !!
Abraços,
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