27.11.07
Coisas natalinas
Este ano, especificamente, estou realizando uma série de sonhozinhos provincianos e domésticos que habitavam minha fértil mente há bons anos. Eu sempre quis ter uma casa para poder montar, com minhas mãozinhas macias, a MINHA árvore de Natal. E tcharam, eis que a encontro, linda e verdejante, por meros R$ 19,90 na lojinha de R$ 1,99! E como foi bom fixar cada bolinha (entre brilhosas e foscas, que eu sou poooodre de chique) nos raminhos esquisitos da MINHA arvorezinha chinesa!
Aí vieram outras necessidades indispensáveis no Natal, como toalhas para a mesa, enfeitinhos mimosos, mini-castiçais e, quem sabe, um bowl com coisas dentro (dica da Madrinha), pra pôr sobre a mesa. Só não compro um enfeite pra porta porque tenho medo que me surrupiem, sabe-se lá...
Tips típicos:
* E a onda do Dove Summer Tone já dominou a pequena e laranja Shark city. M. Zim que o diga, faceira porque abalou bangu no casamento da amiga, like a Donatella Versace. Foi só esconder as mãozinhas amarelas que o resto tava óooootemo.
* Além do Summer Tone, o hit de leitura do momento é o livro/DVD/diabo-a-quatro O Segredo, que promete mudanças miraculosas na vida da pessoa só com a força do pensamento. Marido ri e diz que é bobagem. Germana girl, no entanto, já virou fiel seguidora da nova seita e em poucas semanas quadriplicou seus rendimentos mensais de maneira avassaladora, está se mudando para um flat à beira-mar, em Shark (?), trocou o velho e bom Fusca por uma Mercedez e anda por aí arrotando que vai trazer Pernambuco nas costas, quando voltar de viagem, de tanto dinheiro pra gastar. Aproveita e me traz aí uma colher de bambu (não me pergunte pra que serve).
* Eu vou fazer aula de bike! Sim, daquelas aulas gritadas e suadas sobre uma bicicleta ergométrica modificada. 600 calórias a cada 40 minutos, amores, querem o que? Depois, confiram o shape dentro do meu micro-biquíni, lá no Camacho. Há! (é preciso observar que há milhões de ironias nesta última afirmação. Sabe-se lá).
23.11.07
Lista nordestina
Manékia, a nordestina porreta, deve embarcar para sua terra natal em poucos dias. Muito solícita e generosa, ofereceu-nos a possiblidade ímpar de redigirmos listinhas com pedidos de mimos, que ela gentilmente vai adquirir na Terra do Forró, por conta própria, já que é podre de rica, milionária, fina, chique e bem-remunerada, tudo ao mesmo tempo.
Sabemos das proezas desta sertaneja cabra da peste. Sabemos de sua capacidade impressionante de não nos deixar na mão e atender a todos os nossos pedidos, atenciosamente, por mais fúteis, inúteis e supérfluos que possam parecer. Então aproveitamos e a torturamos com requintes de crueldade e solicitações das mais exóticas - até porque, sabemos bem, a moça há de cumprir com sua promessa, custe o que custar, haja o que houver.
Então vamos a my own private listinha de coisas-para-matar-a-saudade-de-Pernambuco:
- Uma galinha de Angola grande, gorda e de cerâmica;
- 10 quilos de castanha (de caju);
- Camarão seco do Maranhão (300 gramas não é suficiente, parodiando Rita Ribeiro);
- Rasteira Lampião style (36);
- Lampião e Pretty Mary (bibelôs);
- Manga rosa, melão maduro, sapoti, joá, jaboticaba, umbu-cajá, carne de caju, doce mel, mel de uruçu (?);
- Uma peixeira afiada;
- Muita água de coco "verdadeira" (porque ninguém merece aguinha de coco encaixotada, argh);
- Uma sacola do Hiper Bom Preço;
- Uma rede para passar as tardes na fresca;
- Um bronzeado dourado (eu disse dourado, não torrado-já-passou-do-ponto-faz-tempo);
- Um punhado da areia branca de Maracaípe;
- Uma conchinha de água do mar de Calhetas;
- Uma lasquinha do coral de Porto de Galinhas;
- Um tubarão-martelo de Boa Viagem;
- O sol das 5h30 da manhã.
Acho que já tá de bom tamanho.
15.11.07
Você no mundo da moda!
Patolino veio a Shark e nós, fãs ferrenhas de Brazil´s Next Top Model _ do qual ela participa como jurada _ não poderíamos perder. Estávamos lá, eu e M. Zim, no meio do público, quando notamos uma presencinha magrinha e mirrada, à frente de todos, com gigantescos óculos escuros tomando-lhe o mini-rosto sem boca. Sim, Erika também é lagartixa, qual o problema?
Da palestra, na minha leiguíssima opinião, pouca coisa notável (para quem é fã de carteirinha do Oficina de Estilo, a moça só choveu no molhado).
Palomino me inspirou a desenhar um esquema com o circuito da Moda em terras sharkcitianas. Vamos a ele (leitoras queridas, relevem o tosco gráfico, feito de coração):
14.11.07
Au, au, au!
FRANK AGUIAR - Curiosidades
- Frank Aguiar é adepto a terapia Ortomolecular, medicina preventiva que busca o equilíbrio do organismo.
- Frank Aguiar sempre que consegue uma pausa em sua agenda, se entrega aos cuidados da Dra. Ana Karina Amaral na Única - Centro de Estética on line- Unidade Moema.
- Frank Aguiar não come carne vermelha nem bebida alcoolica de quarta a sexta-feira santa.
- Procura fazer muitas orações e fica reunido com a família.
- No domingo de Páscoa a receita de Frank Aguiar é muita paz, amor e união com sua família.
- Receita de Frank Aguiar para curar ressaca - Caldo de mocotó bem quente.
- Frank sempre procura descer do carro com o pé direito, mesmo que esteja do lado esquerdo do carro.
- Quando não está com roupa branca ou azul, acha que as coisas não acontecem da mesma forma.
- Quando vai vestir uma camisa abre todos seus botões antes de vestir.
- Quando esquece alguma coisa não volta para buscar.
- Caso esqueça a chave da porta de casa não volta para buscá-la, arromba a porta.
- Quando vai sair de casa sempre se benze na cozinha onde ficam seus três santos de devoção (São Jorge, Santa Cecília, Nossa Senhora de Aparecida).
- Quando o olho direito dele começa a tremer ele acha que algo de muito bom vai acontecer.
- O Cd, o primeiro lançado pela Sony Music, é uma homenagem aos 10 anos de carreira do Rei do Forró.
- Frank Aguiar 10 anos, o primeiro Cd lançado pela Sony Music, recebeu esse título em homenagem aos 10 anos de carreira do Rei do Forró.
- O Frank já está fazendo bonito na nova gravadora... o Cd chega às lojas já com disco de ouro.
- Frank teve o prazer de contar com as participações especiais do cantor Reginaldo Rossi, do grupo gaúcho Tchê Guri e do grupo pop KLB.
- Uma das grandes preocupações do cantor ao assinar contrato com a multinacional foi em relação ao preço do Cd. Frank só assinou depois que a Sony garantiu manter os Cd´s a preços populares.
- Também para agradar seu público, com o apoio da gravadora Frank decidiu sair com duas músicas de trabalho. nas rádios segmentadas (especializadas em forró), a escolhida foi “Pega, Pega, Come, Come” um forróneirão com a participação do grupo Tchê Guri e nas rádios populares não segmentadas o hit será “A Saudade”.
- O repertório deste Cd foi escolhido de forma muito especial: Frank divulgou um número de telefone e através dele ouviu a opinião do seu público. durante a “audição”, Frank chegou a receber mais de mil ligações por dia.
Tá, vamos aos necessários comentários:
O cara faz merchand da doutora Karina pra não pagar a clínica estética?
Hum, ele diz que procura ficar sempre reunido a sua família. E em seguida, diz que costuma fazer isso NA PÁSCOA, ou seja, uma vez por ano. Considerando que o moço tem algumas ex-mulheres e um sem-fim de filhos, deve ser bem isto mesmo, reunir esta tropa toda de gente do naipe da Renata Banhara deve ser muito estafante.
Diz que não bebe de quarta a sexta-feira SANTA, no resto do ano o bicho pega pesadíssimo que só no caldinho de mocotó mesmo (a Manékia é que sabe destas coisas...)
Não dá pra negar a vibe Roberto Carlos (botões da blusa, azul e branco, chave na porta, TOC)
Tchê Guri??? Nãããããããoooooo!!!
13.11.07
Paris
A maldição dos comerciais de CD
A edição com os "melhores" hits de determinada banda e/ou cantor, com destaque para os trechos mais populares, entra no ouvido e de lá não sai mais. Foi deste jeito maldito que aprendi a cantar a música "Leilão", dos tais César Menotti e Fabiano, do início ao fim, sem ao menos conhecer a cara da dupla.
É deste jeito que a gente absorve as podreiras pop do dia-a-dia, é assim que aprendemos a cantar "Tem culpa eu, tem culpa Kátiaaaaa, a desgramada da Katchaça...", antecedida por "A balada é minha casa, fazer love é meu emprego, minhas noitadas não me pedem arrego..." e finalmente por "Festa no apê" (Hey, hey, hey, Latino é nosso rei).
Pois agora existe uma banda aqui do Sul, do gênero denominado Tchê-music, que enche o saco da galera de tanto que vem pra Shark tocar (procurei no google e achei Tchê Garotos e também Garotos de Ouro, agora tô em dúvida). Bom, os caras estão com a bola toda, bombando de Sudeste ao Sul do país, e viraram a menina dos olhos da RBS. E dá-lhe propaganda com os hits dos gaudérios. Pai amado... o problema não é você odiar o gênero e aquela pataquada toda sobre o palco, os caras se requebram mais que Carlinha P. O problema é que as letras das canções deste último disco, especificamente, e que já não saem de minha intelectual cabecinha são totalmente PEDÓFILAS!!! Vamos conferir?
Tem uma que é assim: "Moleca, bonequinha, sapeca, vem me dengar...", hit que deve fazer a alegria de 10 entre 10 adolescentes pentelhudas e bem nutridas, daquelas com cara de 40 anos, aparelho nos dentes e shortinho com a polpa da bunda pra fora. Adolescentes, no entanto. Aí eu já olho atravessado, esse negócio de boneca é como eu chamo minhas duas princesinhas, de cinco e três anos.
Aí em seguida já vem outro hit bombástico, o "Minha Menininha" (eitcha, Google véio de guerra!), com o refrão singelo "Ah! Que saudade da minha \nmenininha!, que saudade da minha menininha!... (repete ad infinitum).
Sério, eu fiquei nauseada. Então vamos para o comercial de CD que mais infernizou a vida da galera catarina por pelo menos um ano:
"Ô, meeeu, toca uma reggaeira aí..." (maldito Armandinho!)
8.11.07
Ugly Betty
Para quem não conhece a trama, vejamos: Betty é inteligente, competente, profi pra caralho, mesmo nunca tendo trabalhado na área onde se formou (qualquer coisa entre jornalismo e moda, like a Devil wears Prada). Mas, é claro, como diz o nome da série, a muié é um bagulhaço, monoselha, bigoduda, gorda e ainda se veste... como uma mexicana típica! (hahahaha, que pré-conceito). Com direito, inclusive, a poncho and everything, mega-colors, mega-volumes, muita sobreposição com coletinhos e sapatos padrão masculino.
Ela consegue uma boquinha na maior revista de moda do mundo, como assistente de um galã playboy que só pensa em comer a mulherada. Como é feia, o gajo inventa de dispensá-la, mas, como não pode demiti-la, faz o Capitão Nascimento e apronta o demônio até a moça "pedir pra sair".
No fim tudo dá certo, o cara reconhece o talento da medonha e a recontrata, provocando a inveja-monstro de mil vagabas lindas e anencéfalas que trabalham no mesmo lugar (e cobiçam o cargo de Betty).
Não há como não torcer pra taturana-girl, não há como não querer que ela consiga dar a volta por cima, que depile o bigodón, que vá ao Cláudio Sobrancelhas se arrumar, que emagreça, pare de comer donuts e invista em modelos mais interessantes (ou menos bizarros). Que pelo menos penteie o cabelo, ó, meu Deus! Porque ela é um amorzinho, uma fofa, conquistou a América e vai conquistar o mundo (pelo menos o mundo da cultura pop). Viva Ugly Betty (em inglês é bem mais chique, né?).
P.S.: Se os americanos dão show de bola comprando idéias alheias, o contrário, no entanto, é absolutamente lamentável. Vide a versão nacional da adorável Desperate Housewives, ambientada na Terra dos Hermanos. Podre
6.11.07
O casório, o dentinho e o guardanapo de linho
Parte I
Há três meses todo o clã Teixeira se preparava para a cerimônia que prometia entrar na história dos casórios sul-catarinas. Madame, que não é boba nem nada, comprou roupa nova de cetim na butique, mandou engraxar os sapatos de salto (couro de crocodilo) e, para dar aquele up no visú, tascou para o protético a missão de desenhar nova dentadura que ressaltasse suas belas maçãs do rosto. Dito e feito. Pagamento antecipado, três dias antes do casório a dentadura nova e brilhante chega, em embalagem exclusiva da Hérmes. "Olha só que coisa linda, a gengiva é até rosa. A antiga é que não valia nada", disse madame, repetindo um mantra proferido na ocasião da compra de cada uma de suas dentaduras, ao longo da vida. A anterior nunca foi boa, só a nova.
Aí foi testar o apretrecho. Atirou os dentes antiguinhos, gastos de tanto serem lavados a escovão, num canto escuro da mansão. De dentes novos, madame sorria a torto e a direito. "Dentes bem grandes, compridos, parece um cavalo", gabou-se Maísa, revelando um segredo até então desconhecido por Cíntia, que não sabia que dentadura encolhe com o uso.
Exibida, madame circulou por toda a orla do bairro universitário, distribuindo sorrisos gratuitos a todos. À noite, um perhaps: a chapa nova ainda não aderira de todo à boca de madame, ou, como diria o saudoso David, não "fez a casa". Dor, muita dor e muito tylenol, para aliviar a pressão na arcada enquanto o apetrejo novo se moldava da maneira mais adequada.
Faltando apenas um dia para o casamento, madame faceira, roendo seu croissant e bebericando seu chá matinal, a surpresa. Faltava-lhe um dente, logo o caninão, bem na frente. O bichinho sumiu do mapa. "Acho que eu engoli. O negócio é espiar depois, quando for ao banheiro", calculou madame, levemente tensa pelo incidente que lhe custaria o sorriso de ouro, na grande festa do casório. Drama.
Parte II
Sábado, o grande dia. Cíntia, Déia e madame, devidamente agasalhada em seu visón, rumam ao instituto de beleza mais próximo, alisar as madeixas e carregar no make-up. A vaidade é tanta que o também saudoso Zé mandou avisar que vai suspender a milionária pensão de madame, lá do além, para que ela dê um fim a estas frescurinhas de fêmea. Madame mandou-o se catar. Fez as unhas, uma drenagem linfática rápida, bronzeamento artificial e ainda coloriu os cabelos (chocolate ao leite). Linda, mas ainda frustrada: a falta do dente na chapa nova e a obrigatoriedade de ter de resgatar a dentadura velha lhe trouxe uma leve dor de cabeça.
Entrada triunfal no salão de baile, e a lembrança da dentaça avariada não lhe saia da mente ("Segunda-feira de manhã já tô lá", esbravejava madame, tão furiosa que chegou a dar pena do protético, que numa hora destas já deve ter sido xingado de cara de cu e de ilhorpa pra baixo).
O drama desanuviou-se após doses generosas de uísque, martine e batidinhas de coco, além do melhor champagne gelado (madame jamais larga sua flute). Comilanças, sobremesas generosas, muita dança e diversão. Vou ao banheiro aliviar-me de tantas bohemias consumidas quando deparo-me com madame, que ainda fechava o zíper de sua calça de cetim enquanto acionava a descarga da privada.
"Conseguiu encontrar o danado?", perguntei, brincando. "Que nada, o bacio é muito fundo", observou, levemente tensa, enquanto limpava as mãos freneticamente em um guardanapo de linho.
P.S.: mais do casório da Carol, em breve. Aguardem.
P.S.2: Caetano não mais admite textinhos que ponham em risco a reputação de madame. Está furioso, aliás, com a suposição (fantasiosa) descrita acima.
Na boquinha da garrafa
Crisis momentum
"Porque eu estou bem certo de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as coisas do presente, nem do porvir, nem os poderes, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor".
Vai dizer que não é pra chorar?