27.1.09

O Orkut e seus indecifráveis mistérios

Desde 2006 faço bom uso, como proprietária de um perfil, do site de relacionamentos Orkut - hoje para mim mais um eficiente calendário para lembrar aniversários e um álbum de fotos com boa capacidade de armazenamento do que um "espaço" para fazer "novas amizades" - hahaha, se é que alguém consegue fazer amizades pelo Orkut.
Aí que, de vez em quando, gosto de dar uma conferidinha nas "comunidades" das quais teoricamente participo. E pela segunda ou terceira vez, sei lá, descobri-me participante de uma comu (olha a intimidade) com a qual não tenho a menor identificação e onde não entrei por livre e espontânea vontade. Imagino que a original tenha sido roubada por hackers, que tratam de modificar seu nome para coisas das mais esdrúxulas.
Por exemplo: semana passada vi-me inserida na comunidade "Viver é superar desafios". Mas, quá, dede quando euzinha aqui vou join assim, facinho, numa chumbreguice destas?
Desfiliei-me e me dei ao trabalho de fuçar suas relacionadas. São comus que não dizem nada com coisa alguma e que abusam de clichês e de filosofia rasteira, do tipo "A vida é feita de escolhas" (really?); "O segredo é NÃO correr atrás" (jura?, pois eu achava que a correria era parte da vida...); "Sou assim e não vou mudar" (é por estas que eu nunca vou fazer novos amigos by Orkut), além desta, que é o máximo: "Quem é você para me criticar?", tipo, você deve ter sido cruelmente criticada na vida para querer entrar nessa, né?
Outra recordista de participantes é "Deixe acontecer naturalmente", hahaha, muita gente que conheço está nessa, são justamente as mais ansiosas, carro-na-frente-dos-bois style.
Outra divertida (de tão cafona) é a "Atitudes valem mais que palavras" (deve ser por isso que todos amam os mudinhos) e, finalmente, "Minha atitude depende da sua" (what? Desculpa, minha inteligência rasa não consegue compreender direito o significado disto).
Eu não sei exatamente qual de minhas queridas comunidades foi furtada para dar espaço a estas pérolas da mediocridade virtual, mas será que estes hackers fdps não poderiam roubar comus do tipo "Eu amo chocolate" ou "Eu odeio acordar cedo"? É por estas e por outras que eu faço questão de pertencer a esta comunidade aqui, só pra não correr riscos...

Colegas...

A moça, aquela atentada, afastada temporariamente do jornalismo a fim de cumprir tarefas mais nobres (como as aulas de Alemão Arcaico, Esperanto, Aramaico e Português - Versão Novas Regras Gramaticais), circulava tranquila por sua comunidade quando, ao cruzar pelo bar da esquina escuta aquela voz bizonha: "Ei, coleeeega!". Assustada, a brunette bem que tentou fingir que não era com ela, mas o dono da voz foi um pouco mais além: "Eeeeeei, Charlotte B., eeeei, coleeega!", nominou. Aí não houve meios de fazer a surda.
Lentamente e temerosamente, a paulistana desvairada foi virando o pescocinho na tentativa de reconhecer seu interlocutor. Enquanto isto, mil pensamentos eram fabricados ininterruptamente pelas sinopses nervosas de seu cérebro em ebulição. "Ai, quem deve ser? Só tem um tipo de gente aqui na região que infla o peito pra chamar o outro de colega, os que pertencem à categoria pseudo-jornalista", antevia a médium. Estava coberta de razão.
Curioso, fosse ela médica ou advogada, a cena não aconteceria. Mas não, além de professora Charlotte é JORNALISTA, ou seja, cheinha de colegas por toda Shark city e adjacências. Colegas temos aos montes, centenas, do pedreiro ao encanador, do gerador de caracteres ao sonoplasta. Basta um microfone na mão, ou caneta e bloquinho, e voilá! Temos um colega. Argh.
Voltando à história. E quem cumprimentava nossa heroína, aos berros, copinho suado de cerveja na mão? Siiiiiim, mais um destes coleguinhas, um tipão figurinha fácil na cidade, gordo, afetado, espalhafatoso, barulhento, daqueles que vivem de lembranças dos bons tempos passados e que jura ter alcançado fama, glamour e poder protagonizando um programete de TV no canal 247 que só pega na Coronel Cabral.
Mas ele não estava só, que desgraça pouca é bobagem. Junto ao gorduchinho fanfarrão havia uma outra criatura bizarra da pseudo-press sharkcitiana, mais reconhecido por suas semelhanças físicas com um cantor da MPB do que por qualquer outra coisa.
Embriagados, os dois propagandearam os mais mirabolantes projetos, e que vão "revolucionar o jornalismo no Sul catarina", algo entre um site e um programa de rádio, whatever.
"Faço questão da sua participação, Charlottinha, contamos contigo! Me passa o teu msn!", gritava o gordo. Maldito msn. Endereço fake repassado, "um batizado me espera logo ali na São Judas Tadeu" foi dado como desculpa para fugir e finalmente nossa morenaça belzebu viu-se livre da dupla do capeta.
Sabemos da necessidade de vagas e oportunidades de emprego neste ramo que escolhemos como profissão, mas... numa hora destas limpar uma privada bem suja é praticamente poesia.

Michelle e os modelitos

Não acho muito simpático - pra não dizer pretencioso demais - afirmar que Barack Obama chegou para ocupar o cargo de grande líder mundial - o que, tecnicamente, menosprezaria todos os outros grandes líderes, pondo em xeque questões tão importantes quanto soberania e independência (Hipocrisia ou ingenuidade? Whatever, eles são grandes, mas não são dois).
Mas devo admitir ter me emocionado com a trajetória do mais novo presidente americano - quer coisa mais simbólica, e bela, e unificadora, e representativa do que um homem negro, cujo nome sustenta origens africanas, árabes e tribais, no comando da grande nação americana?
Mas o que me encantou durante o longo e memorável dia 20 de janeiro de 2009, data da posse de Barack, foi a perfeita integração da família Obama, os gestos de carinho, o orgulho e a alegria, os sorrisos largos.
Tudo - pelo menos do meu ponto de vista - parecendo muito natural, muito espontâneo, sem aquele carão de roteiro pré-estabelecido e exaustivamente ensaiado (ok, sabemos que havia um gigantesco protocolo a ser seguido, ainda assim prevaleceu a impressão de que todos estavam muito à vontade, felizes, sem deslumbramento).
Fino demais - além de mega-significativo - foi a descoberta da misteriosa designer responsável pelos modelitos de Michelle Obama, na posse. Ao contrário das apostas dos mais influentes fashionistas de plantão, que davam como certo o toque de estillistas já consagrados, a autora dos elegantes trajes da primeira-dama foi uma cubana, Isabel Toledo. Michelle já está fazendo história, e de maneira bastante positiva, no controverso hall de primeiras-damas americanas. A esposa de Barack é conhecida por optar por peças de estilistas fora do tradicional circuitinho de moda, o que, na terra dos exageros e da breguice, pode até ser encarado como ousadia - se Michelle não soubesse sustentar, o que vem fazendo com maestria desde que se tornou pessoa pública.
Mais do que uma prova inconteste de estilo próprio, elegância e bom gosto, Michelle mostrou personalidade e pés no chão, diante do maior templo da frivolidade e do deslumbramento, no mundo.
Ah, e ordenar o fechamento de Guantánamo também é sinal de que finalmente começaremos a caminhar rumo a um mundo melhor.

17.1.09

BBB e novelas wannabe Hollywood

Mesmo alimentando certa curiosidade, ainda não me dei ao trabalho de assistir algum capítulo (sim, capítulo, tipo novela, haja vista que o programa deve ter até roteiro pormenorizado) do BBB. Nada radicalmente contra o reality, mas cheguei ao meu limite com aquele "amor" ensebado, nauseabundo, absurdamente fake e exaustivamente explorado pela mídia entre Alemão e Siri. O jantar rebelava-se em meu estômago e ameaçava sair por onde havia entrado com uma simples troca de carícias entre o paulista marrento e a caipira oxigenada.

Tanto mal me fez que não tive condições psicológicas de acompanhar a edição seguinte, de onde, como pude constatar, nenhuma pseudo-celebridade conseguiu alcançar mais do que míseros 10 minutinhos de fama, e se. Quem ganhou, fui informada, foi um emo muito do fuleiro sem o menor carisma - este é um país que sabe como ninguém eleger seus representantes...

No novo BBB diverte-me a idéia de dois velhotes dividindo espaço com bombas hormonais ambulantes, mas é tudo o que sei do programa, até então. Certamente vou seguir o conselho da amiga Charlotte e acompanhar, ainda que en passant, a odisséia dos famintos por reconhecimento e admiração - Grasi Massafera deve ser a mulher mais invejada do Brasil. E se calhar de acompanhar situações divertidas, estas serão devidamente postadas e comentadas neste espacinho cor-de-rosa. Vamos ver se vai valer a pena...



Plus A Favorita - E o engodo das oito que tem a incrível capacidade de parar um país finalmente chegou ao fim - e mais uma vez escapei incólume das garras de outra novela global. A Favorita bateu recordes de audiência com, mais uma vez, um elenco canastrão, uma trama absurda e cada vez mais parecida com suas irmãs mexicanas. Bebericando um dry-martini no nosso point de estimação, Youngest Child, pude acompanhar, num misto de fascínio e horror, o último capítulo do folhetim mais badalado da Vênus Platinada e, concomitantemente, a reação e os comentários de seus fiéis discípulos seguidores. "Ah, eu sabia que ciclana iria ficar com beltrano". Infelizmente não consegui decorar os nomes dos personagens.

O que me arrancou algumas risadas marotas (que tiveram que ser abafadas, dada a cara de reprovação das pessoas ao meu redor) foi o final feliz da atriz Claudia Raia com seu partner novelesco (hahahahha, a gay couple...). Na cara dura, o autor simplesmente "inspirou-se" no bestseller (e agora filme) Marley e Eu e encaixou um cão labrador na vida do casal. Pa-té-ti-co.

Mas o mais engraçado foi flagrar meus amiguinhos chegarem apressados ao bar, depois da novela. Todos eles com os olhinhos levemente inchados... Novelas são o ópio do povo.

12.1.09

Promoções da semana

O cara entregando folhetos promocionais da Drogapopular me enxerga de longe e de lembrança me estica não um, mas cinco folderes. O do Magazine Luiza praticamente caminha na minha direção, eu devo ter cara de quem precisa urgente de uma cadeira do Papai ou de um processador de alimentos.
Devo confessar: não posso ver uma folhinha com as promoções mais quentes da semana - seja de que produto for - para já ir esticando a mãozinha faminta.
Minha tara pelos folhetos tem explicações. Primeiro: vai que eu deixe passar a liquidação mega-super-blaster da minha vida? E segundo: certa vez um conhecido quebrou um galho distribuindo folhetinhos na rua e me relatou os "horrores" da ingrata profissão. Uns o xingavam por ter entregue o papelzinho, outros chegavam ao cúmulo de amassá-lo e atirar na cara do moço. Muitos simplesmente ignoravam seu humilde bracinho esticado. O problema é que até o fim do dia o sujeito tem que entregar todo aquele monte de lixo. E não adianta atirar na lixeira mais próxima - as lojas vão descobrir. Sim, estes conglomerados devem usar de magia para descobrir quando o cara entrega ou não, diz a lenda que é melhor distribuir do que simplesmente livrar-se deles.
Pois bem, estávamos eu e a nordestininha mais sumida da face da Terra circulando pelo Centrão de Shark city quando, ao passar em frente a uma "butique" conhecida da cidade - onde regatinhas feiosas de malha custam R$ 480 e onde não entra ninguém, vai entender como o dono se sustenta - vimos um lounge instalado. Uma tenda, com sofazão, estampas tropicais e jovens sarados de barriga de fora distribuindo... folhetinhos! Como pensei que a loja estivendo apelando pra um torra-torra, achei que não custaria muito espiar o folderzinho das meninas. Mas quem disse que alguém se dignou a me entregar?
Percebi que a galera que circulava pela calçada (de bermudão, tênis, regata e óculos na cabeça), coisa dos 20 e poucos, era fortemente assediada pelas meninas (e meninos) do lounge. Passou um moço de dreadlocks no cabelo, ganhou folheto. Passou uma loiraça de microsaia e calcinha vermelha à mostra, folheto. Passaram duas adolescentes pseudo-emos de jeans skinny e all-star, folheto. Passamos eu e minha idosa amiga... nada.
Não engoli a história direito. Peraí, vai dizer que os belíssimos entregadores de folheto foram orientados a distribuir os panfletinhos só para pré e pós-adolescentes? (olha o despeito...). Após algumas comprinhas, retornamos ao mesmo local. "Agora a moça vai ter que me dar o folheto", calculei. Passou um cabeludo com camiseta de banda, ganhou folheto; uma dondoquinha a la Paris Hilton, idem; uma hippie de saião arrastando no chão e cabelos desgrenhados, folheto na mãozinha. Quando cruzamos a frente do lounge as loirinhas do folheto nem tchuns, basicamente não nos enxergaram.
Como eu praticamente me debrucei no folheto para enxergar o que o bendito comunicava, descobri que se tratava da "transferência" de uma casa noturna de Shark para o balneário mais badalado da região, durante os meses de verão. Só então respirei aliviada: o lugar definitivamente não faz meu estilo. Nada contra o ritmo predominante neste tipo de náite, uma incrível mistura de DJs e bandas de pagode, que isso é Brasil (hehehe, contém ironia).

Velhos hábitos (ou O Menino e os ossinhos)

Quando iniciamos este humilde bloguinho, eu e Stellita, imaginamos que, para que a idéia funcionasse de fato deveríamos postar diariamente, várias vezes ao dia, se possível. No início a coisa fluiu bem, mas com o passar dos meses minha disposição foi se reduzindo e os assuntos, escasseando (assuntos nunca escasseiam, mas é a desculpa mais compreensível, vinda de um blogueiro).
Outro problema era o meu acesso precário à net. Logo no início deste ano, quando finalmente conquistei o status on line sem restrições, calculei que finalmente o As Imediatas seria bombardeado por postagens múltiplas. Ledo engano. Bastava sentar em frente ao computador para invocar o mal-afamado "bloqueio" de escritor. Nada, branco, vazio, oco, no máximo algumas idéias esparsas que caberiam muito bem em um rascunho.
Hoje dispus-me em frente a TV e, casualmente, enxerguei meu caderninho (um dos vários que mantenho, atirados por todos os cômodos da casa). Imediatamente diversas idéias tomaram forma e foi só pegar na caneta para sair escrevendo postagens que estavam encalhadas em alguma gavetinha do cérebro.
Lembrei-me de quando acompanhava o programa dominical Fantástico - durante a infância, a família se reunia na sala de TV para assistir às reportagens especiais, era meio que sagrado esta confraternização silenciosa (porque o pai não permitia um mísero pio que desviasse sua atenção).
Uma reportagem marcou-me sobremaneira. Um repórter visitou o sertão nordestino para mostrar a vida de algumas famílias miseravelmente pobres, sem comida, sem água, sem qualquer infra-estrutura que lhes oferecesse dignidade. Mas sobreviviam, com trabalho duro, com suor e lágrimas, às duras penas.
Um menino comovou o repórter: quando não estava trabalhando com o pai (em plantações de cana ou cavando poços artesianos), ele, que deveria ter uns oito anos, divertia-se com seus brinquedinhos feitos em casa, nada mais do que pedaços de ossos de animais precariamente moldados em formatos que a imaginação da criança garantia serem carrinhos e bonequinhos.
Emocionado, o jovem jornalista retornou à cidade e lá comprou um super presente para o menino sertanejo, entregando-o nas mãos do mesmo: um autorama dos mais modernos, o equivalente a um Playstation, nos dias de hoje.
Qual não foi a surpresa do repórter ao retornar à casa da criança, semanas depois? Sentadinho no batente da porta, o menino não fazia nada diferente do que anteriormente. Brincava animado com seus pedacinhos de osso. Sobre o guarda-roupa quebrado da família repousava, quase que intocada, a caixa do autorama.
Não se tratava de pouco caso com o presente, mas o brinquedo novo era tão suntuoso, tão bonito, colorido, que trouxe preocupação a todos os membros da família. E se quebrasse? Melhor seria não mexer. Sendo assim, o menino voltou, resignado, para seus carrinhos de ossos. O repórter chorou (minha mãe também).
Neste momento quis ser repórter também, igual ao moço generoso da Globo, para conhecer universos totalmente díspares do meu, para ter contato com as mais diferentes personalidades, para constatar quão grande é este mundão, e para descobrir o quanto é difícil modificar velhos hábitos. Sei que posso fazer mais por mim e pelo blog com meus bloquinhos em punho. Subitamente, me enxeguei no menino dos ossinhos. Em breve, mais postagens (agora é sério).

3.1.09

New Yorker

Você, profissional de qualquer área, certamente deve alimentar sonhos fabulosos a respeito de sua carreira. Invariavelmente, médicos sonham em montar clínica própria - ou ter um trabalho citado e reconhecido em palestras mundo afora. Cientistas imaginam-se conquistando o Prêmio Nobel por alguma descoberta sensacional, do tipo cura do câncer, viagens no tempo ou teletransporte. Professores gostariam de ser os queridinhos da turma; publicitários, de criar a nova versão do “primeiro sutiã a gente nunca esquece”.
Mulheres-fruta desejam desesperadamente ganhar um programa de auditório próprio. Apresentadoras de TV querem abraçar a carreira musical; cantores se arriscam o tempo todo a fazer pontas na novela das oito. Modelos wannabe Gisele.
Jornalistas também têm sonhos. Sonhos belíssimos, mágicos, esplêndidos. Sonhamos em lançar livros mega-reportagem que vendam mais de 100 mil exemplares no país (Há!, vendendo mais de mil já se está no lucro. Vender qualquer coisa já seria lucro). Sonhamos com aquele furo de reportagem que denunciaria uma injustiça social das mais atrozes. Enfim, sonhamos, basicamente, com certa estabilidade e com um salário um tantinho mais digno, o que já estaria de bom tamanho.
No Brasil, há os que almejam trabalhar na Folha. Os que preferem sonhar com o Estadão. Também há os que dariam os olhos para trabalhar na revista Veja (tem gosto e cérebro pra tudo no mundo). Conheço os que amariam topar com uma Contigo! ou uma Caras; os que se acham com o perfil da Rede Globo e os modernos, que apostam em blogs para ganhar dinheiro - há quem diga que isto poderá ocorrer, algum dia.
Como telespectadora compulsiva da programação da tv fechada, chamou-me atenção, no entanto, o sonho de TODAS as heroínas de filmes e séries dos últimos 20 anos: ser jornalista. Mas não uma jornalistazinha qualquer, trabalhando no periódico da esquina. Elas almejam a fama, a glória e o reconhecimento de um único veículo, em todo aquele país, o The New Yorker.
Rory Gilmore planejava publicar seus textinhos prolixos no The New Yorker desde bebê, provavelmente; Betty Suarez, a protagonista de Ugly Betty, rala adoidado como babá do editor da Mode, mas nos bastidores vive escrendo suas mal-traçadas mirando a prestigiada revista. Megan Smith, de Privileged, é jornalista e por enquanto passa o tempo como tutora de gêmeas milionárias, mas algum dia, ahhh, algum dia, guess what? Andrea Sachs, de The Devil Wears Prada, também só deu um tempo na Runway até ser "descoberta" pelo TNY. Até o Bryan, de Family Guy, já arriscou enviar alguns textos para a publicação.
Vale informar: de acordo com a Wiki, a The New Yorker é uma revista editada nos Estados Unidos que publica críticas, ensaios, reportagens investigativas e ficção. A publicação é reconhecida em todo o mundo ocidental pela qualidade de seu jornalismo, e é apontada como responsável pela popularização da crônica, que eu adoooooooro, como forma literária nos Estados Unidos. É só dar uma olhadinha na lista dos nomes que já se aventuraram pelas páginas desta revista para sentir o naipe do negócio, não é a toa tamanho fascínio de Hollywood e afins.
Ah, é claaaro que eu também gostaria de ser publicada na The New Yorker. Mas quer saber? O meu sonho de verdade é ter um texto publicado na revista Piauí. Ou no Diarinho, o que vier primeiro.