31.1.08

Holydays

Yep! Primeiro dia das minhas tão merecidas férias! E para ilustrar este momento ilustre, imagem de minha querida sertaneja, Germana girl, em momento "bate forte o tambor, eu quero tiquetique tiquetique-tá". A moça, repórter de mão cheia, num furo de reportagem com o bandleader da outrora tão famosa Carrapicho, conhecido popularmente como Bruxa do Pica-Pau ou, ainda, Zezinho. Direto de Manaus:



A moça se encantou foi com os cachos doirados de Zezinho. Fogo e paixão. "Vermelho, vermelhaço, vermelhusco, vermelhante, vermelhão!" (...)

E agora, sem mais delongas, despeço-me, que vou pra casa dormir enquanto a chuva pinica a janela. Eitcha, que este Carnaval promete...

26.1.08

Gossip girl

O que eu quero nesta vida, minha gente, é ver o circo pegar fogo. Quer dizer, nada assim, do gênero "Roma em chamas", algo mais suave, menos brusco, algo que não mereça a capa dos tablóides sensacionalistas (haha). Mas que tenha fogo, que tenha implicações mil, que tenha veneno, picardias, que tenha múltiplas versões, controvérsias e uma pitadinha de polêmica.
O que eu quero é ser confortavelmente informada sobre quem está comendo quem, que a filha da fulana está prenhe, que o político influente em cidade X vai até cidade Y dançar vanerão e Latino de calça colada acompanhado de um séquito de amigos, todos igualmente gays. Que a nova funcionária daquela empresa está dando para o estoquista, no sétimo andar, deixando camisinhas usadas em todas as lixeirinhas (hahahahaha).
Quero só saber de coisas do tipo bizarre style, como o caso do coleguinha de trabalho que solicita serviços de disk-tóxico com certa freqüência; da moça aquela, do carro fechado na película, que pediu a escova de dentes da amiga (nem tão amiga assim) emprestada; da magrinha ninfomaníaca que, na cara dura, pediu DOZE folhas de cheque emprestadas para todos do setor onde trabalha.
Que o beltrano se separou; que a ciclana foi chutada e que a dita-cuja passa suas inúmeras horas de solidão fazendo sexo virtual usando uma falsa identidade na net. Que a amiga da amiga passa suas longas e insuportáveis noites agarrada num garrafão de rum e que aquele conhecido tem ornado a cabeça da esposa com belas hastes chifráceas durante todas as quartas-feiras, quando vai se divertir com alguém colhido no trevo da Vesul (ou rua da rodoviária nova, whatever).
Enfim, são coisas que fazem a vida valer a pena, não é mesmo? E coisas que, infelizmente, não podemos abrir assim, sem comprometer imagens alheias. Mas que dariam histórias bombásticas por estas plagas, ah, dariam... quem sabe um dia (ou uma noite, em casa de G. girl). Em breve, mais.

24.1.08

Momento ternurinha felina

Prefiro os cãezinhos e sou mais da prosa que da poesia, mas não pude resistir a este poeminha do Ferreira Gullar, roubado do blog Fogo nas Entranhas (do qual gosto muitcho). Não é que é isso mesmo? Motorzinho... hahahahaha! Pra ilustrar, a blogueira ainda usou a foto de um gatinho cinza-prata, igualzinho ao meu Catherine (era macho, mas como o acolhemos micro-filhote não sabíamos o sexo, ele mal tinha pintinho. Como eu lia O Morro dos Ventos Uivantes, na época, pus o nome da protagonista. Aí ficou Kathy, forever. Lindo e antipático de morrer).


O gato é uma maquininha
que a natureza inventou;
tem pêlo, bigode, unhas
e dentro tem um motor.

Mas um motor diferente
desses que tem nos bonecos
porque o motor do gato
não é um motor elétrico.

É um motor afetivo
que bate em seu coração
por isso faz ronron
para mostrar gratidão.

No passado se dizia
que esse ronron tão doce
era causa de alergia
pra quem sofria de tosse.

Tudo bobagem, despeito,
calúnias contra o bichinho:
esse ronron em seu peito
não é doença - é carinho.



A imagem eu não tirei do blog, e sim do google. Igualzinho ao Kathy. Saudades do meu bichinho...

19.1.08

Zodíaco

Nasci às 7h45 de uma quinta-feira de outono, em 4 de maio de um já tão distante 1978. De acordo com o João Bidu, responsável por iniciar milhões de pessoas, no Brasil, às artes da astrologia, sou taurina, ascendente em Gêmeos, e no horóscopo chinês meu signo é o Cavalo. Você pode até me apresentar teorias das mais elaboradas mostrando que a posição de determinados astros e estrelas celestiais, no exato momento em que você nasceu, tenham influenciado de alguma maneira seu jeito de ser e de agir, sua personalidade e suas características mais marcantes. Fique com estas teorias, portanto. Eu, particularmente, me recuso a acreditar, ou sequer tentar entender, o cultuado universo das forças astrais. Detesto. Acho brega, coisa de empregada doméstica (sem querer desmerecer a categoria, for god´s sake). Na minha fantástica cabecinha imaginativa eu relaciono horóscopo com um quartinho 2x2 com um pôster do Amado Batista (ou do Kalipso, sejamos mais modernos) pregado na parede. Pessoas que gostam e acreditam em horóscopos pintam as unhas das mãos e dos pés de manga-rosa, têm o cabelo descolorido bem maltratado e usam legging sem cobrir a buzanfã. De botas mega-plataforma.
Ok, desconto para o desprezo com os fãs da astrologia. É que esta “ciência” (há!), especificamente, na minha humildíssima e taurina opinião, é um pouco pior que religião. São fatos desarrazoados baseados em teorias não muito sensatas, sem qualquer credibilidade e/ou respaldo científico. Acredita quem quer, assim como os que freqüentam cartomantes ou os jogos de búzios.
Probleminha maior é quem pauta sua vida em razão das previsões astrológicas para seu signo. Exemplos constrangedores: há alguns anos, fui visitar minha querida amiga Jane Marie em seu novo apartamento, o qual dividia com algumas moças até então desconhecidas, para mim. Chegando lá fui recepcionada por uma vizinha, que já havia se apresentado e feito “amizade” com as novas moradoras. Eu sento no sofá, a guria, que ficou meio enciumada, me olha dos pés a cabeça e lasca: “De que signo você é?”. Eu, já levemente nauseada, respondi polidamente. “Tour...”. Não acabei de concluir a palavra e a moça solta: “Ai, eu ODEIO quem é de Touro!”. Meu queixo caiu em algum lugar entre o chão da sala e da cozinha. Ela complementou: “Meu pai e minha mãe são de Touro, os DOIS! Por isso que a gente não se dá bem”, concluiu a sábia. Eu já não sabia mais onde enfiar minha carinha constrangida quando minha amiga veio ao meu socorro. É claro que a moça não batia muito bem, mas acredito que a crença em astrologia havia piorado seu estado de espírito e sua relação com outras pessoas.

Ainda há poucos dias alguém soltou a pérola, perto de mim. “Nossa, que pessoa interessante, é bonita, inteligente, bem-humorada... SÓ FALTA SER DE ÁRIES!”. Hahahahahahaha! Como se a pessoa, perfeita do jeito que parecia ser, precisaria necessariamente pertencer ao signo de Áries – tipo pacote completo.

Também há poucos dias coleguinha de trabalho metido a astrólogo afirmou com convicção que “o signo de Aquário é o melhor do zodíaco. O melhor. Não há ninguém melhor que os de Aquário”. Não preciso nem comentar, não é mesmo, minha gente?, com todo respeito que tenho pelos aquarianos, incluindo aí meu amorzinho, a Juju.

O pior de tudo isso? Trabalho num veículo de comunicação e acompanho mais de perto o trabalho dos ditos “astrólogos” em enviar suas previsões “diárias”. Diárias o caráleo, os joãos-bidús mandam um pacotão de previsões para o mês todo, e muito mais, às vezes. Putz, como é que funciona isso? E devo admitir: em alguns momentos da vida, revisando páginas aqui e acolá, euzinha mesma fiz a Bárbara Abramo e escrevi, de próprio punho, as previsões para um dia repleto de realizações e/ou tragédias iminentes para o seu signo regente. Olho vivo...

A dica é: se nada parecer muito promissor e as previsões apontarem para um inferno astral sofrido, é só partir pra macumba. Ou a Cientologia.

18.1.08

Girl power

Então na escola nós aprendemos que existem os três poderes: o Executivo, o Legislativo e o Judiciário. Aí no curso de Jornalismo nós, orgulhosamente (foca é foda), somos informados de que, oh, glória das glórias, jornalistas são o QUARTO poder (hhahahaha). E aí de repente você se vê beirando os 30, labutando arduamente para poder continuar comprando seus sushis, sashimis e bonecos da Liga da Justiça, quando percebe que existe um quinto poder de soberania inquestionável neste mundo de meu Deus (pelo menos no Ocidental). É o poder da mulher, o poder da racha-mestra, a força que emana debaixo das saias em formato A. Sim, porque devemos admitir, todos, homens e mulheres: poucas entidades são tão poderosas quanto a mulher, quando o querem.
Sem mais delongas, vou relatar a história do dia: um grupo de amigos, todos homens, foi agraciado pela presença inédita de uma jovem nova funcionária no ambiente de trabalho, um escritório de contabilidade de Shark city (hahahaha...). A menina, magrinha, poucas curvas, penetrantes olhos amarelos (né, André?), BURRA feito porta, risadinhas incontroláveis all the time, deslumbrada com as infinitas possibilidades que consegue dimensionar, em seu novo local de trabalho. Os rapazes, moços descolados, vividos, experimentados, curtidos na vida, simplesmente caíram de quatro pela amareladinha. QUATRO. Queixo caído.

As coleguinhas de trabalho mais "antigas" dos moços relatam que o grupo, agora, simplesmente esquece suas obrigações diárias e passa horas a fio a cercar a menina, tal qual atração bizarro/turística, como se um extra-terrestre desse expediente no escritório, tamanha fascinação.

A menina ri. Eles riem também. A menina suspira. Ouve-se um jogral de suspiros. A menina espirra. Uma avalanche de "saúde!" e "God bless you". A menina ronrona (sim, ela é mestra em ronronar). Eles gozam de prazer.

Agora a menina, a qual, mesmo sem conhecer, já aprendi a admirar profundamente, tomou gosto pelas piadinhas. E dá-lhe piada. Os garotos debulham-se no chão de tanta graça e beleza. Ela estrala os dedos, todos se ajoelham aos seus pés. E juro, não há (muito) exagero.

Quer ter homens ao seus pés? Quer se sentir uma Marilyn Monroe em "Os homens preferem as loiras", mesmo sem necessariamente aderir à tintura platinada?
It´s soooo easy, baby! Não estude, não leia, não se informe, não force a barra tentando ser inteligente. Ronrone. Solte risadinhas descontroladas. Gema. Suspire. Faça carinhas, boquinhas e denguinhos. E voilá! Os homens se jogarão aos seus pés, boquiabertos. Deslumbrados. Quarto poder? Quá! O poder é das mulheres, mesmo...
P.S.: não posso esquecer de outra dica muito importante: seja minimamente bonita. Um corpinho de tábua ou uma cinturinha de bujão não ajudam muito.

13.1.08

Privacidade (and happy birthday to you)

Hola, que tal? Então, época de férias são tempos duros para certa categoria de blogueiros que se divide entre dormir e passar o resto do dia trabalhando - os últimos dias (semanas) têm sido deveras duros para a moça aqui, que até então não entendia direitinho a velha e boa expressão jornalística "matar um leão por dia" (há, odeio). But, whatever. Sigamos, entonces.



Vamos então hablar sobre privacidade. Ou a falta dela. Ou o desrespeito a ela. Há alguns dias estávamos, me, marido, Charlotte, the brunette-barraco, and Nordestina girl bebericando alguns mojitos bem gelados quando a anfitriã, em sua nova casinha, lembrou-nos que seu mais novo colega de trabalho - o gringuinho simpático - estaria habitando o mesmo prédio que ela. Ok.

Surpresa foi o que veio dias depois. O hermano chegou para nossa querida nordestininha e, como quem não quer nada, questionou quem seriam as pessoas que dividiam o espaço do diminuto apartamento com ela, exatamente na noite dos mojitos.

"Era uma barulheira, uma mulherada falando e barulhos de latinhas sendo abertas", disparou o intrometidinho. O que me queimou foram "latinhas sendo abertas", coisa de pobre, eu jamais bebo nada que venha em latas (hahahahahaha).

Sem nos bandearmos para o lado da falta de respeito com a vizinhança (vide o caso da boate Chama), e admitindo que, sim, fazíamos certa fuzarquinha, o que raios tem a ver o tal do chilenito para nos interpelar por nossas latinhas abertas? Ó, faça-me o favor... faltou apenas perguntar exatamente O QUE conversávamos, o curioso sem-noção. Antipatia à primeira vista, manja?



E por falarmos em privacidade, descobri algo maravilhoso em minhas incursões orkutianas. Bloqueei qualquer espécie de contato com gente estranha e esquisita que fuça lá pelas minhas paradas. Para ver meu belo e sorridente rostinho nas fotos do álbum, só sendo "amigo". Para fuçar os scraps, too. Mas que coisa mais legal que é este Orkut, não é mesmo, minha gente? Viva!



Ok, hoje o dia está meio fraco de novidades. Volto em breve, com mais news. Beijos e abraços a todos,



Cíntia T.



Ahá! Mas não pense que esqueci, nordestininha arretada. Feliz aniversário para minha queridíssima amiga, vinda da exótica terra do boi voador, do suco de cajá e das ladeiras vertiginosas. G. girl, que voltou a Shark city de mãos abanando, sem a minha galinha d´Angola e meu lampiãozinho, saiba que mesmo assim ainda te queremos muito bem (eu e marido). Felicidades mil!

3.1.08

Fedora

Ah... como eu odeio modismos... brinco gigante numa só orelha, mega-plataforma de madeira torneada, LEGGING, cabelo da Victoria Beckham, por aí. Aliás, modismos e modinhas são tema recorrente por estas plagas. Agora, se há algo mais detestável que modismos, são modismos que-já-dataram-há-anos-luz no mundo e só então chegam nesta região do país.

O amigo André encantou-se pela moda dos malditos chapéus-fedora, hit (re)lançado há coisa de dois anos (ou até mais) pelo carismático e legítimo fazedor de moda Justin Timberlake. Ok.


Só que o André não sabe disso - foi passar o Réveillon numa praia gaúcha e, como é de praxe, voltou se achando muito fashion observer. "A moda agora é usar camisa listrada e um chapéu meio desabado na cabeça", lançou o cabeludo. Não pude deixar de imaginá-lo com o ridículo acessório no meio da vasta cabeleira de R$ 3 mil.
Vamos então analisar a proliferação da maldita moda do chapéu fedora.
De acordo com o oráculo Wikipédia, Fedora é um tipo de chapéu ordinariamente em feltro, fabricado no formato do chapéu Panamá, e que fez grande sucesso no século XX, a partir dos anos 20 (vejam só).
O porquê do nome? A Wiki também tem a resposta! Fedora é um nome feminino russo, versão local para Teodora - e que foi tornado popular na peça teatral Fédora, de Victorien Sardou, feita para Sarah Bernhardt - e depois vertida em ópera, em 1898 - grande sucesso no começo do século XX.
Chega de história. Quando Justin lançou, em 1996, o CD Future Sex Love Sound (eu não curto Justin, só o considero uma grande personalidade), lançou também a moda do chapeuzinho arriado de banda.
Meses depois, no Brasil, a boa-moça-de-família Júnior Lima passou a freqüentar a noite a bordo de um exemplar do gênero (jurando que fazia a linha Justin, há!). Mais muitos meses depois, um maldito Big Brother - que, não à toa, ganhou o apelido de Justin - também posava para as câmeras com um fedora (imitação baratérrima do camelox).
Quaaaase mais um ano depois (e atualmente), e voilá! O fedora aporta em terras sul-brasileiras. Meu novo amigo, Guilherme, disse que o acessório bombou na cabeça dos "mais descolados", em Laguna. E, nas mãos, o hit era uma garrafa pet cortada ao meio cheia de caipirinha de cerveja. Argh...

A dois passos do paraíso

Por uma deliciosa coincidência do destino, nossas amigas habitués do bloguinho mais abandonado de Shark city encontraram-se - ora, vejam só - na RODOVIÁRIA (fino) mais movimentada da América Latina, na Paulicéia Desvairada.
Germana girl, bronzeada (neste caso, bronzeada é eufemismo, para não parecer crime racial), sorridente e saudosa da terrinha sul-catarina; e Charlotte, a furona-de-festa-de-Réveillon-regada-a-champagne-do-bom, mais alisada do que nunca e ostentando um bronze branco-iglú.
Juntas, as meninas bandearam-se para o botequinho mais charmoso das margens do Rio Tietê e, pedidos de ovo de codorna com doses de catuaba feitos, desataram num conversê sem precedentes.
Após brindes animados celebrando o encontro - ora feitos com chopps, ora com rabo de galo - as amigas tiveram que se separar. A paulistana, bem instalada num bólido da Reunidas, ar-condicionado no máximo.
A nordestina, a bordo de um Pluma caindo as pedaços, cujas janelas tiveram que permanecer abertas all the time para aliviar o mormaço de 38 graus. A asa da graúna gritava alucinada no narizinho delicado da garota do Norte, acostumado à água de flor de laranjeira. Ô, dó!
Pior foi o mega-engarrafamento. Foram cinco cruéis horas extras dentro de seus respectivos veículos, esperando pela liberação da via que liga o resto do Brasil ao nobre Estado catarina.
"O que me animou foram os torpedos da Germana, enviados ao longo de todo o trajeto", regalava-se Charla, the refreshing girl.
Germana, por sua vez, narinas pregadas com grampo de roupa para não sentir o mafuá gambasístico de seu recinto móvel, torcia as mãozinhas de excitação a cada quilômetro percorrido, cada vez mais próxima do verdadeiro paraíso terrestre, o Rincão.

P.S.: Germana, a pândega, sempre muito divertida, ainda teve a presença de espírito de enviar torpedinho-pilhéria para nossa amiga brunette. "Onde tu tá?", dizia a mensagem. A remetente, no caso, estava presa no bus, mais uma vez, desta feita em Laguna. O Pluma quebrou, após exaustivas 100 horas de viagem desde Recifolia, cruzando este Brasil de meu Deus. Mais vale o lombo do jegue, como dizia certa redação de jornal...