24.12.07

Best wishes

Passagem rápida só pra desejar um feliz Natal aos queridos e fiéis leitores (e aos poucos que se aventurarem a circular por aqui em pleno feriadão, com destaque). O post é só pra dizer que eu amo Porto Alegre, amei o brick da Redenção e sempre vou amar momentos consumistas. Vou-me, até mais.

21.12.07

Personal VIP

Charlotte C. é uma mulher prática. Adquiriu o cartão Ibi/Angeloni justamente porque o bichinho, além de facilitar sua vida e permitir-lhe luxos como home theather em 48 prestações, ainda reverte em pontos parte da grana investida (coisa na casa dos milhares).
Eventualmente, quando a moça acumula uma boa pontuação (o que acontece com freqüência), ela ruma ao amigo Angelo Toni munida do Ibizão embaixo do braço para trocar por mercadorias úteis. "Pra que vou deixar acumular pontos? Pra trocar por um home theater? Home theater eu já tenho", costuma dizer, gabando-se.
Dia desses os simpáticos, finos e bem-sucedidos vizinhos Cíntia e marido circulavam em busca de sushi pelo Angeloni quando deparam-se com a morenaça negociando com o trocador de pontos do estabelecimento. Debaixo do braço, sua mais nova aquisição trocada: um pacote de Personal V.I.P., branco, folhas duplas, 40 metros.
"Se estou precisando de papel higiênico em casa, venho e troco pelos meus pontos mesmo, ora essa... além do que, não devo explicações a vocês!", disse, furiosa, enquanto nos enxotava do supermercado.
Na hora, pensei: "Isso dá um post no bloguinho". Demorô. Charlotte, espero que o papel higiêncio macio Personal VIP tenha lhe caído bem. E jingle bell, jingle bell, acabou o papel. Não faz mal, não faz mal, limpa com jornal. Nunca a musiquinha satírico-natalícia caiu tão bem, não é mesmo, minha gente?

17.12.07

Visita


Visitinha das mais agradáveis no fim de semana... Ju se prepara para o Natal.

Festas de fim de ano: todo cuidado é pouco

Festas de fim de ano podem se tornar uma lancinante dor de cabeça pelos próximos 12 meses de sua vida. As realizadas como confraternização com colegas de trabalho, então, só devem ser encaradas com seriedade, cuidado redobrado e muito tato.
Não à toa, é bom evitar excessos na bebida e/ou contato físico com companheiros de jornada com os quais você até então só trocava um oi. Sempre é bom lembrar: você está sendo observada. Invariavelmente, pela chefia.
Tábata (nome fictício) é funcionária, há poucos meses, de uma universidade da região. Empolgada com o novo cargo, comprou um bonito vestido estampado, que realçava suas exuberantes formas de 23 aninhos, para ir ao jantar de fim de ano na casa dos chefes (digamos que o dono da casa é uma espécie de reitor, e sua esposa, uma coordenadora-mor, ou qualquer coisa do gênero. Very Important Person).
A moça chegou e aceitou um drink gentilmente servido por um dos garçons. A partir de então, "deitou o queixo", como diria Madame Louise. Foram cervejinhas geladas, vinhos perfumados, martinis ultra-doces, batidinhas de coco e uma dosezinha de uísque para rebater. Do jantar, sequer provou uma azeitona (álcool tira a fome).
Não deu outra: foi parar no banheiro social da elegante residência, literalmente agarrada à privada, reencontrando todo o líquido ingerido na noite e algo mais, entre arroz e banana, não identificável.
Além dos jorros de vômito no banheiro da chefia, Tábata desandou a chorar e a implorar pelo emprego - já o considerava perdido. Mesmo com todas as garantias (ainda que mentirosas) de que ela seria mantida no cargo, por parte da chefia, a moça não parava de se lamentar. De repente, desmaiou.
Pânico na high-society universitária. Ninguém sabia direito o que fazer até que a Big Boss notou um bambolê dourado na mão direita da pobrezinha desfalecida.
- Ei, vamos ligar para o NOIVO dela! Só ele poderá salvá-la! - pensaram todos.
Munida de celular, a patroa encontra o número do noivo da bêbada, importante funcionário público num balneário da região, e relata, educadamente.
- Fulano, olá, tudo bem? Olha, estamos com um probleminha por aqui. A Tábata tomou alguns drinks a mais e agora não está passando muito bem... Tem como você vir buscá-la?
A resposta foi a mais surpreendente. Noivos há quatro anos, o casal já planejava juntar os trapinhos, em breve. Com a notícia da bebedeira, no entanto...
- O QUE??? EU NÃO TENHO MAIS NADA A VER COM ISSO! ELA QUE SE VIRE! - desabafou o rapaz, rompendo um longo noivado por telefone, através da chefe e diante de todos os colegas da rapariga, boquiabertos.
Isso é que é dor de cabeça para 2008...

Quelzinha, a Vênus platinada (parte 2)

Continuando a odisséia de nossa musa tropical, Quelzinha.

Confesso que, maldosamente, eu, John e o amigo Adelson, quarto integrante da trupe, não conseguíamos reprimir risadinhas e nos espetávamos muitas vezes, proferindo comentários jocosos a respeito do visú de nossa querida companheira. Ora, vejam só, deveríamos morder a língua...
Todos solteiros, saímos à caça. Raquel, no entanto, desprezando aquela muvuca toda do Latitude, só soube bocejar e dizer:
- Será que se eu pedir, este DJ não toca uma valsinha?
Perfumados, maquiados e elegantemente vestidos, eu John e Adelson minguávamos com a falta de sucesso. Ninguém nos dava importância. Quando olhei para o lado, Quelzinha já estava sendo cortejada por DOIS interessantíssimos homens. Ar blassé total.
- Acho que nestes lugares que vocês vêm ninguém paga cerveja pra mulher, né? Que pobreza... Lá no 11 eles pagam tudo - provocava.
Um dos que disputavam os encantos de Raquel pulou na frente e se adiantou, oferecendo-lhe o que ela quisesse beber, exposto na geladeira transparente do bar.
- Quero aquela garrafinha azul ali, ó! - apontou, com o dedinho de unhas roídas até o sabugo. Era uma Smiroff Ice, de preço nada popular. Ela provou, fez careta e me entregou inteirinha.
- Coisa ruim, isso aqui! - queixou-se. Eu nem pude.
No fim da noite, 5 horas da manhã, rumávamos para o carro. Saldo negativo para os três. Quelzinha, no entanto, foi acompanhada pelo insistente e charmoso pretendente da Smirnoff Ice.
- Me dá teu telefone, vamos nos encontrar. Adorei te conhecer. Vou para Shark city e você vai me levar neste tal de 11, prometo dançar vanerão - jurava o moço.
O mais incrível? O trelelê de fim de náite não era apenas cantada barata. O sujeito, rico, endinheirado, VIP no Latitude, realmente pegou a estrada e veio ver Quelzinha, a moça das roupas escandalosas e do baton vermelho Valentino, que gosta de vanerão e de beber de graça.
- Mas não quis não, dispensei. Éramos muito diferentes - sentenciou, enquanto ouvia Bruno e Marrone no rádio.

Quelzinha, a Vênus platinada (parte 1)

Raquel havia rompido um casamento de alguns anos e agora estava decidida a recuperar o tempo perdido e cair na náite. Sem contato com as velhas amigas da adolescência, resolveu procurar a prima aqui (eu, Cíntia, como diria Z.) para diverti-la.
Num belo findisemana estava eu acampada na mansão Joenck. À noite, planejávamos, eu e John, um bonde do rolê para a Lagoa da Conceição. Quando menos espero, toca o telefone:
- Animale? É a Raquel!
Para resumir, a prima pedia pouso, seus planos para a Capital catarina tinham ido por água abaixo e a moça não tinha onde pernoitar.
Sempre generoso, John ordenou que seu motorista fosse buscá-la e mandou o mordomo ajeitar um dos quartos de hóspedes.
A princípio, Quelzinha queria apenas um bom banho morno de espuma e uma cama macia com lençóis de algodão egípcio. Mas quando soube de nossos planos para a noite, mudou de idéia.
- Vou com vocês!
Ok.
Fomos nos arrumar para a balada, e foi aí que começou a diversão. A bordo de um jeans ultra-skinny stretch muito-muito-justo três-números-a-menos-que-0-dela, e sem bolsos atrás, montada em plataformas vertiginosas e ostentando um decote até o umbigo, Quelzinha era a definição do glamour, muito linda e digna para freqüentar o Latitude 27, reduto universitário descolado bastante badalado, à época.
Ornando a produção, baton vermelho Valentino nos lábios; um perfume doce-náusea e os cabelos, delicadamente oxigenados.
Decidi intervir. Por que? Porque quem conhece Quelzinha sabe de suas formas "exíguas". Para melhor comprensão, digamos que a moça não tem "volume" glúteo, e é do time das que "deram com uma pá atrás".
E se ali não abunda, peito inexiste. O decotão pronunciado passava em brancas nuvens, assim como o jeans sem bolsos atrás.
O saltão plataforma dava um toque kitsch totalmente desnecessário, e o baton vermelho... bom, o baton vermelho...
Com alguns sugestões, conseguimos modificar, de leve, o look beira de estrada da moça, apesar de seus protestos. Não abriu mão, no entanto, do baton vermelho, apesar da boca finíssima. Fomos para a balada, finalmente. (continua)

9.12.07

Fetiche

Natal ao lado de marido funciona o ano inteiro, manja? Faltando semanas para o Grande Dia, o fofo já me faz travessuras como esta abaixo. Até lá, muitas surpresas extras...

O livro "Fetiche: moda, sexo e poder" é da escritora Valerie Steele e foi brilhantemente explanado por nossa querida professora imediata Aglair Bernardo, durante o curso de Jornalismo.

7.12.07

Contradição X psicopatia

Ah, somos tão contraditórios nesta vida de meu Deus, não é mesmo, minha gente? Sim, porque numa época em que você passa a ser curiosamente observado por pelo menos uma dúzia de pessoas bastando apenas iniciar seu computador; numa época em que os recursos tecnológicos te permitem pendurar fotos e mensagens ultra-íntimas de amigos e amantes e estampar gostos e preferências pessoais num site de acesso público, dizer que se deseja privacidade parece contraditório sim.
Há limites, no entanto, a serem considerados. Você não vive sem a piscante janelinha do messenger; confere os scraps do Orkut de hora em hora e vive queimando neurônios ao pensar em novas idéias de posts pro seu blog? Ok. Então não adicione aquele sujeito com quem você só cruza ao meio-dia, no bandeijão da esquina, como coleguinha de chat-line. Não aceite o testemunho emocionado, no Orkut, da moça que sentou na sua mesa de bar há 15 dias e da qual você mal sabe o nome. Não force as amizades virtuais. E mantenha os olhos bem abertos, o botão de ignorar usuário está logo ali, ao alcance do mouse.
Coisa deveras curiosa - e totally freak, vamos e venhamos - é você, querido amigo orkutiano, que tem um perfil todo bonitinho e prosa, que coleciona um bando de coleguinhas e admiradores, que troca scraps gentis e cordiais de quando em vez, perceber através da bina que alguém que você CONHECE andou fuçando sua área. Como diria a super Z. girl, até aí, tudo bem.
O problema é quando você conhece a pessoa mas não mantém qualquer espécie de contato com ela, não sabe o que anda fazendo da vida, e nunca mais cruzou com a sujeitinha. E mesmo assim vem ela e dá aquela fucinhadinha em your own private life.
Tá lá o nomezinho da lôca, exibidinho na sua página. Tá lá, a prova inconteste de que ela remexeu na sua gavetinha de confidências, no seu albunzinho de fotos fofuchas. O pior (e mais assustador ever): ela NUNCA deixa um oi sequer. Nunca diz: oi, fulana, tô passando aqui pra vasculhar sua vida, bitch! Não...
M. Zim também tem medo desta laia de espiãs do mal. Acredita que pessoas que te conhecem, te fuçam mas não deixam um mísero oi são do gênero sociopatas. Tendo a crer nesta teoria. Mas, peraí, quem escreveu intimidades e postou fotinhos na minha página de acesso público não fui eu mesma? Como reclamar, então? Tenha medo, tenha muuuuito medo...

P.S.: curiosamente, em minha vidinha sharkcitiana já convivi com uma (outra) Glenn Close de Atração Fatal. Caê boy sabe do que estou falando e M. Zim também. Ui...

3.12.07

Gafes sexuais

Circulando por meus bloguinhos prediletos (que são vários), deparei-me com um, em especial, que trazia uma pesquisinha proposta pela revista Criativa, sobre o polêmico tema "gafes sexuais". Vamos às questões?
A pergunta era: Você já passou por alguma (ou várias) destas situações?
E seguiam-se estes constrangedores momentos da vida de qualquer serumano:

Trocar o nome do parceiro.
Cochilar durante as preliminares.
Cochilar durante a penetração.
Só perceber que a menstruação desceu na hora H.
Usar uma calcinha furada.
Estar tão peluda quanto o Tony Ramos.
Soltar um pum em um momento inadequado.
Atender o celular durante a penetração ou as preliminares.
Fazer um comentário sobre o tempo ou a programação da TV durante a transa.
Deixar escapar um "Que bonitinho" ao descobrir que o pênis dele é pequeno.
Olhar no relógio pensando no compromisso que tinha a seguir.
Sentir enjôo durante o sexo oral e não conseguir disfarçar.
Caiu da cama.
Bateu nele sem querer.

Coisas da vida, né, minha gente? Conheço um punhado de louca por aí que poderia preencher uma verdadeira bíblia com as gafes sexuais das mais escalafobéticas e absurdas do universo. Alguém se habilita a relatá-las ou terei eu que fazê-lo? Dou três dias, hein?

P.S.: importante lembrar: a enquete foi publicada pela revista Criativa e divulgada pelo blog http://inconfidenciamineira.com/, da Vanessa, sempre ótimo.