31.8.06

Mulher de 30


Isto é para as mulheres de 30 anos pra cima... E para todas aquelas que estão entrando nos 30, e para todas aquelas que estão com medo de entrar nos 30... E para homens que têm medo de meninas de mais de 30!!! Este texto foi escrito por Andy Rooney do programa CBS 60 Minutos Andy Rooney. "Á medida que envelheço e convivo com outras, valorizo mais as mulheres que estão acima dos 30."
Estas são algumas razões do porquê: Uma mulher de 30 nunca o acordará no meio da noite para perguntar: "O que você está pensando?"Ela não se importa com o que você pensa, mas se dispõe de coração se você tiver a intenção de conversar. Se uma mulher de 30 não quer assistir o jogo, ela não fica à sua volta resmungando. Ela faz alguma coisa que queira fazer. E, geralmente é alguma coisa bem mais interessante. Uma mulher de 30 se conhece o suficiente para saber quem é, o que quer e quem quer.
Poucas mulheres de 30 se incomodam com o que você pensa dela ou sobre o que ela está fazendo.Mulheres dos 30 são honradas. Elas raramente brigam aos gritos com você durante a ópera ou no meio de um restaurante caro. É claro, que se você merecer, elas não hesitarão em atirar em você, mas só se ainda sim elas acharem que poderão se safar impunes. Uma mulher de 30 tem total confiança em si para apresentar-te para suas melhores amigas. Uma mulher mais nova com um homem tende a ignorar mesmo sua melhor amiga porque ela não confia no cara com outra mulher. E falo por experiência própria. Não se fica com quem não se confia, vivendo e aprendendo, né???
Mulheres se tornam psicanalistas quando envelhecem. Você nunca precisa confessar seus pecados para uma mulher com mais de 30. Elas sempre sabem. Uma mulher com mais de 30 fica linda usando batom vermelho. O mesmo não ocorre com mulheres mais jovens. Mulheres mais velhas são diretas e honestas. Elas te dirão na cara se você for um idiota, se você estiver agindo como um! Você nunca precisa se preocupar onde você se encaixa na vida dela. Basta agir como homem, e o resto deixe que ela faça.
Sim, nós admiramos as mulheres com mais de 30 por um "sem" número de razões. Infelizmente, isso não é recíproco. Para cada mulher de mais de 30, estonteante, inteligente, bem apanhada e sexy, existe um careca, velho, pançudo em calças amarelas bancando o bobo para uma garçonete de 22anos. Senhoras, eu peço desculpas: Para todos os homens que dizem, "porque comprar a vaca se você pode beber o leite de graça?", aqui está a novidade para vocês: Hoje em dia 80% das mulheres são contra o casamento, sabe por quê? Porque as mulheres perceberam que não vale a pena comprar um porco inteiro só para ter uma lingüiça. Nada mais justo."

29.8.06

28 de agosto

John é meu amigo há... (parada para pensar) uns sete anos. Ou mais, provavelmente. Aí que, em 2005, eu cometi a gafe imperdoável de não parabenizá-lo devidamente no dia de seu birthday, VINTE E OITO DE AGOSTO (sim, eu SEI qual é a data, eu definitivamente não esqueço, só não me comuniquei devidamente naquela ocasião). Aí, desgraça das desgraças, hoje recebo um torpedinho by celular violentíssimo e afiadíssimo de meu amore/irmão, me cutucando por, pelo segundo ano consecutivo, tê-lo ignorado sumariamente em seu aniversário!!!! Céus! Seria eu capaz de tanta maldade, indiferença, desprezo e pouco-caso? Claro que não! Pro John eu não dedico apenas um e-mail vagabundo (que não chegou, devo admitir, apesar de ter sido enviado da porra do outlook), pro John eu dedico um post inteiro no meu bloguinho, que ele merece tudo o que há de bom (não estou dizendo que o post é bom, mas bem que eu me esforço). Ele merece um passe permanente para todas as peças de teatro decentes do mundo, uma cadeira cativa na Broadway, uma coleção inteira de camisetas transadas do Hercovitch, merece todos os boxes de Sex and the City (ele já tem), de Desperate Housewives e de Lost, passagens aéreas para os lugares mais bacanas do mundo, e uma taça de espumante geladíssima com uma generosa fatia de torta de morango. John, querido, sabes que eu te amo, desarma o bico e perdoa meu outlook. E feliz aniversário atrasadíssimo, mas de coração (hihihiihi)... (by Cíntia T.)

P.S.: na fotinho, eu e o meu queridíssimo e melhor amigo John. J., strike a pose no metro em SP, muito pheenos.

Bizarria

Não é todo dia que monomotores despencam céu abaixo sobre casinhas de vilarejo, ainda mais em cidade do interior. Aqui em Shark city, no entanto, a experiência já se repetiu por TRÊS vezes, acreditem ou não. E em todas elas o jornal onde trabalho estava presente. Os pilotos das aeronaves, evidentemente, faleceram, e de maneira nada glamurosa. O primeiro acidente deu-se em 1994, Mamonas Assassinas nem eram nascidos e certo boeing da TAM ainda estava em bom estado. Nesta época a internet funcionava, incipiente, em alguma universidade do Sudeste do país e câmeras digitais só existiam na imaginação de algum engenheiro da Kodak. Na segunda queda, em 2000, a história já foi um pouquinho diferente - o fotógrafo do jornal tinha o equipamento digital, e (quase) mais ninguém. O último acidente aconteceu no sábado passado. E o mais triste, em momentos como esse, é acompanhar uma revoada de urubus (e não estou falando de repórteres), cada um com a sua digital cyber shot de três megapixels, procurando os ângulos mais bizarros da tragédia com o objetivo único e exclusivo de lançar as imagens na net. Bizarrices, sangue, exposição de órgãos internos, acidentes graves de maneira geral chamam a atenção (não sei exatamente o motivo) de muita gente, não me deixam mentir sites como www.picarelli.com.br (ridículo, by the way). Ainda assim dá pra ser pior: são os que ao invés da câmera do celular se valem de equipamentos profissionais para registrar, literalmente, a desgraça alheia. Foi o que fez um conhecido, cinegrafista de uma TV local, que, até ingenuamente, achou que abalaria bangu ao divulgar um filminho em seu videoblog mostrando a retirada do corpo do infeliz. É nauseante, constrangedor e chocante ver aquelas imagens. Mais nauseante ainda foi ter que conversar com familiares do morto, que acreditavam estarmos (minha empresa) envolvidos no assunto. Não estávamos, claro. Ainda assim fiz as vezes de ombro amigo e consolador para a irmã do sujeito. O rapaz prometeu tirar o video do ar, mas não o fez. E ainda se vangloria do incrível número de acessos (já ultrapassam os cinco mil), conquistados através de convites por Orkut e messenger. Tecnologia de merda... (by Cíntia T.)

28.8.06

Brincando de ser moderna


No último programa Saia Justa, Maitê Proença comentou sobre um livro chamado “O que toda mulher deve saber!”. Segundo a apresentadora, ele alertava, em suas páginas iniciais, que toda mulher inteligente deve se garantir, sendo livre, independente e cuidando apenas de seu nariz. Com exceção desta primeira passagem, segundo Maitê, o livro inteiro seguiu-se tentando ensinar como agarrar um homem, em uma contradição absurda E ela está certa. Fiquei pensando nesta infinidade de manuais da mulher moderna que não passam de guias de como conseguir o seu homem. Analisando tudo isso, vejo que nada mudou...Roupagem nova, apenas.
Ah, em tempo... é claro que eu li uma dessas bobagens...”Ele simplesmente não está a fim de você...”, que fala nada maiso óbvio que sabemos, mas não queremos enxergar.

24.8.06

Voltei



Engraçado, quando nós (eu e Cintita) estávamos bolando o blog, sempre falávamos em mostrá-lo aos outros quando ele já estivesse pronto, com a cara já formatada. Mas percebi que esperando ajuda para melhorá-lo, corríamos o risco (melhor, eu corria porque Cíntia resolveu botar a mão na massa e mostrar suas idéias maravilhosas em um texto fabuloso!) de deixar a idéia passar e perder, mais uma vez, a oportunidade de fazer uma coisa legal...Pois bem...enquanto a ajuda não vem (alguém se dispõe??) vamos assim, escrevendo de forma despretensiosa e totalmente divertida! Boa leitura.

22.8.06

Como é que pessoas tecnicamente bastante inteligentes e articuladas podem ser tão imbecis, preconceituosas e machistas em determinadas ocasiões? Exemplo básico é um rapaz que eu conheço que não admite - e não responde - qualquer pergunta (tolinha, eu confesso) referente a futebol que eu venha a fazer. Muito pelo contrário, além de não se dignar a esclarecer a dúvida, ainda se regozija por debochar sarcasticamente de minha adorável carinha diante de todo mundo, como se fosse muito engraçado alguém ter dúvidas futebolísticas - justamente por NÃO acompanhar futebol. Já convivi com homens mais civilizados "esportivamente" falando... É aquela história, já que dizem por aí que "mulher no volante, perigo constante", então deve ser verdade, e dá-lhe gente idiota escrachando as pobres coitadas quando assumem a direção do bólido. Seguindo a mesma linha de raciocínio, existem os otários que afirmam categoricamente que "mulher não entende de futebol". Vão tomar no cu. Não entendo porque não quero, não tenho interesse, e quando tenho não há um idiota a disposição pra me explicar devidamente. Pois só de ódio mortal vou aprender a dirigir em três meses e provar que até posso não entender de futebol, mas se quiser poderei ganhar o mundo sobre quatro rodinhas. Aí eu quero ver o despeito. Mágoa.

21.8.06

Horário político

Diferentemente de Madame Louise, que considera o programa absolutamente execrável, para mim, o período que antecede as eleições tem um gostinho todo especial de saudade, carinho e risadas sem fim. É que através do horário político gratuito - programão básico do momento - acabo me recordando de minha adorável avó - que é muito viva, graças a Deus - dona Minerva. Ocorre que muitas eleições atrás, anos 90, eu freqüentemente procurava a residência da vovó, onde permanecia por alguns dias. Aí enquanto vovô desistia de acompanhar sua querida novelinha nas oito e rumava para a cama, "que é mais quente", vovó fazia a delicadeza de permanecer comigo, como excelente anfitriã que é. Acompanhando o horário político, inventamos uma brincadeirinha altamente recomendável para todo bom amendobobo (como eu). O primeiro sujeitinho que aparecia fazendo promessas era "o namorado da vó"; o segundo, era o meu. E assim sucessivamente. A idiotice só terminava com o início da novela, mas aí já estávamos arfando por tantas risadas, e vovó precisava tirar seus gigantescos óculos de grau para limpar lagrimazinhas que teimavam em escorrer por seu rostinho enrugado. Deu saudade (snif)...

17.8.06

Mistérios da meia-noite


E eu adorei saber que foi encontrado o corpanzil de um lobisomem no Maine (EUA), a terrinha de Stephen King, como fez lembrar meu querido Caetano. Achei bárbaro imaginar que as criaturas fantásticas que tanto nos assombravam na infância (e até na adolescência) podem ser, de fato, verdadeiras. E contemporâneas. Agora só falta encontrarem a bruxa da colina, o Saci da floresta, o vampiro da Pensilvânia e a múmia do Egito, todos bem vivinhos e muito articulados. Ou então surgir um comunicado desmentindo a autenticidade da foto do lobinho... seria uma pena. O povo tem uma tendência irresistível de acreditar naquilo que está além do racional, do comprovado cientificamente. Me too, porque é excitante demais e cria a (falsa) impressão de que a vida não é este livro aberto e (já) tão sem graça no qual vivemos. Dê uma olhadinha nos olhos quase humanos dele. Será? Acho que eu provavelmente caí num hoax. Mas se for assim estou perdoada, porque até o estadao.com.br também caiu. Haha!

16.8.06

Os mais odiados



Desde que o filme "Alta Fidelidade" virou hit entre os descoladinhos, fazer lista dos 10 + (ou cinco +, três +, whatever), tornou-se o hábito mais divertido de todos os tempos. Eu que o diga, que esboço listas dos mais variados gêneros, estilos, temas e abordagens desde os oito anos de idade (não há exagero, juro). Aí que no meu selviço não é diferente - em conjunto, eu e os coleguinhas já criamos inúmeras listas, todas divertidíssimas. Hoje apontávamos os dez mais odiados pela silicone-girl M. Zim (âmbito regionalíssimo). Bom, apesar da minha minúscula audiência, eu escrevo para um universo potencialmente gigantesco, e não hei de publicar nenhuma lista "íntima" de mais odiados porque pegaria muito mal, caso fosse descoberta. Então vamos lá para a listinha básica de sacripantas nacionalmente conhecidos, de quem todo mundo fala mal (ou bem, dependendo do tipinho). Aí eu não meço esforços para destruir starlets, enrustidos e rock stars wannabe. Here we go!
* Faustão (sim, é ele);
* Renato Aragão (para desgosto de Nhonho e T.boy);
* Dercy Gonçalves (morra, velha desgraçada!);
* Raul Gil (precisa explicar?);
* Kalypso, the band (não pára não...);
* Todos os "comentaristas" do programa da Lu Gimenez;
* Sandy & Junior, Wanessa Camargo, Dado Dolabella, Luana Piovani e afins (vão todos no mesmo bloco, valem por um, ok?);
* Manoel Carlos (o cara da novela, que parece ter horror a pobre, é elitista e sexista);
* Zagallo (morra, velho desgraçado!);
* o Jota Quest (e-se-quiser-saber-pra-onde-eu-vou...).
Aceito acréscimos, mas não defesas agressivas dos supra-citados. Certamente eles possuem uma assessoria de imprensa bastante eficaz. Além disso, jamais se incomodariam com a lista, dada a irrelevância do blog. O que é bastante apropriado, aliás.


*** Upgrade "Andrea" - Galvão Bueno, com toda a virulência do meu ódio.
*** Upgrade "Malhação" - Charlie Brown Júnior (the band, claro, não seria o cartoon fofo jamais). Com ódio o suficiente para desejar a queda do avião deles (Deus me perdoe).

15.8.06

Comentários tolos desenvolvidos ao longo do dia

  • Nada mais adorável, divertido, surpreendente e edificante do que horário político na TV. Não perco. O candidato a deputado federal que contou uma piadinha para se auto-promover foi luxo e glamour. Fino mesmo.
  • Será que quando alguém desabafa, junto aos colegas, que gostaria mesmo era de "estar na cama, bem quentinho, vendo sessão da tarde e comendo pipoca", está sendo sincero? Já passei pela triste experiência de ficar desempregada, e tomei verdadeiras overdoses de filmes às 16 horas, Malhação, novela das seis e toda a grade de desenhos infantis da manhã. Aí quando a cama se torna incrivelmente irresistível numa tarde chuvosa basta lembrar daqueles dias terríveis e tão desesperançosos para uma injeção de ânimo súbito.
  • Estou desenvolvendo uma listinha de expressões extremely populares. Se alguém, algum dia, ler este (e outros) posts deste blog, saiba que eu aceito contribuições. Coisas do tipo: "Tô indo pro meu selviço...".

14.8.06

Falsos pudores

Madame Louise and me estamos até agora com lágrimas nos olhos de tantas gargalhadas. A razão de tanta alegria, alegria foi uma reportagenzinha curiosa que "deu no Fantástico" do último domingo: um doutor muito polêmico estaria receitando sessões de hard sex a suas idosas pacientes. Revoltadas e ofendidas, as velhas senhôuras organizaram um abaixo-assinado, que já contava com mais de 200 assinaturas, até o momento, exigindo a saída do médico do PS local. Toda a história se deu na belíssima Blumenau, vejam só, bem pertinho da gente (eu PRECISO de um médico deste). Soou-me engraçado estes pudores extremados da minha gente brasileira. Primeiro, o testemunho da senhora que ficou "babada" ouvindo "Côncavo e Convexo", do Roberto, enquanto "touched herself", na novela global Páginas da Vida. O céu pareceu desabar, e enquanto muitos perdiam tempo com discursos moralistas, o videozinho da declaração foi (e ainda é) um dos mais procurados no Youtube. Agora a comunidade germânica do Vale do Itajaí exige providências, tem sede de sangue, quer a transferência do Doutor Taradão para outra paróquia, ele que vá recomendar sessões de sexo pra mãe dele, uau!!! Pobrezinho, apenas um bem-intencionado. Enquanto isto, lépida e faceira, a única paciente do doutor que levou a recomendação a cabo (e a rabo) refestelava-se, ao lado do maridón, no sofazinho da casa, pronta para outra dose do precioso remédio, gota a gota. "Agora minha vida virou amor, sexo e rock´n´roll, como dizem por aí, não é?", ria, feliz. (by Cíntia T.)

11.8.06

Testezinho

Testando coisas novas no blog... vamos ver se vai dar certo (hihihihi). Dor de cabeça violentíssima parece estar indo embora. Vou aproveitar a fase de teste pra encher o post de firulinhas, cores, formas e afins. Blargh. Vambora.

10.8.06

Casar ou comprar uma bicicleta?


Pensei que esta fase jamais fosse chegar, mas finalmente me aproximo daquele momento da vida em que amigos e conhecidos estão traçando planos para juntar trapinhos e/ou ter filhos. Eu imaginava que pertencia a uma tribo de peter pans que jamais encararia a vida com muita seriedade - não que casamento e filhotes sejam indícios signiticativos de maturidade. Mas incrivelmente todos os que me cercam - os mais íntimos, deixo claro, assim como eu, se arrastaram lentamente em direção ao caminho mais óbvio percorrido pela humanidade: a formação de uma família. Fico feliz de saber que gente tão querida está finalmente realizando sonhos como a aquisição de um apartamento, o planejamento detalhado da cerimônia de casamento ou a organização das finanças para a chegada de um pimpolho no lar. Confesso que aos poucos vou me sentindo mais próxima deste time, dos que por livre e espontânea vontade (ok, Caetano, nem tão de livre e espontânea assim, né?) procuram a forma mais adequada de se amarrar. A querida Gisa, a amada Jane F., John, Marcito e afins, todos estão devidamente comprometidos ou rumo ao altar. Crescemos, é fato. Mas quero acreditar que esta história de "tendência" não exista realmente, e que minha geração ainda tenha representantes ferrenhos da single way of life. Que é chiquérrimo, by the way. (by Cíntia T.)

8.8.06

Histórias de Louise - parte 2

Num belo dia, o vigia noturno, precisando de um extra, decidiu oferecer seus préstimos como técnico de aparelhagem de som e, com auxílio do próprio pai, confeccionou uma grande placa de compensado, escrito, em letras vermelhas garrafais: "Conserta-se alto-falante" (sic). Contente (como sempre), pediu auxílio à mulherzinha para, juntos, fixarem a medonha placa no portão de entrada da residência de Madame. Que não gostou nada daquilo tudo, mas, sempre muito fina e educada, permaneceu no mais recatado silêncio. Até a hora em que ambos partiram para o culto religioso... pé ante pé, Louise, munida de um alicate, arrancou às pressas a plaquinha acanhada de seu portentoso portão. Ora, era só o que faltava! À noite, batidas abafadas na porta: "dona Madame, a senhora viu a placa do portão?". Ao que ela respondeu, muito cálida e perfeitamente controlada: "Placa? Que placa? Estes maconheiros estão levando de um tudo, mesmo, né?". Enquanto isto, a tão malfadada chapa de compensado repousava, bloqueada por cobertas e chinelos, sob a cama de Louise. Naquela noite, nenhuma risadinha pode ser ouvida na parte da frente da ilustre residência... (by Cíntia T.)

Histórias de Louise - parte 1

Havia uma distinta senhora - vamos chamá-la aqui de Madame Louise - que residia em uma bela e ampla casa num bairro universitário de uma pacata cidade do interior. Sempre atenta e preocupada com o fator $, Madame Louise, que não é boba nem nada, dividiu sua casa ao meio e destinou a parte da frente para locação. Público-alvo? Estudantes universitários, claro. Mas nem sempre funcionou desta maneira. Eventualmente, entre a saída de um inquilino e a procura por outro - $$$, é preciso $$$!!! - a aplicada senhora acaba aceitando hóspedes meio que "fora do padrão" inicialmente definido. E aí passaram por seu endereço figuras inenarráveis, personas inclassificáveis, histórias quase que impossíveis de serem relatadas, comédia, tragédia, muito riso, algumas lágrimas, babados, buchichos, bate-bocas, barracos e afins. Tudo muito digno e limpinho, que Madame Louise é gente de primeira qualidade. Eis que, num desses entra-e-sai de inquilinos, bate à sua porta um casalzinho muito humilde, muito acanhado - ele, vigia noturno em uma empresa próxima; ela, entregadora de folhetos nas ruas da cidade. Ambos, evangélicos. Mas enfim, entregaram os R$ 300 necessários em mãos de madame e negócio fechado! O casal, muito pobrezinho, mas muito decente, tornou-se logo em seguida um símbolo da verdadeira felicidade. Mesmo em épocas de dificuldades, vacas magras, pouco dinheiro no bolso, sempre se podia ouvir risadinhas de puro encantamento e alegria vindas dos cômodos ocupados pelo par. Sim, eles eram felizes, autenticamente felizes, invejavelmente felizes... (by Cíntia T.)

6.8.06

Província X Metrópole

Eu odeio fazer papel de suburbana e provincial girl... mas morando há mais de dois anos em uma pequena e bucólica cidadezinha do interior isto se torna inevitável. O fato é que neste último fim de semana fui passear com o namorado em Porto Alegre e, novamente, me dei conta de que gosto mesmo é de capital. Em todos os sentidos. A cena de minha entrada triunfal na Renner (que vai abrir aqui, merda!), agarrando um sacolão e enfiando tudo o que via pela frente foi patética. Mas também, o que fazer quando saias godê e bermudas chiquérrimas são comercializadas a R$ 30? E o melhor: quando ninguém vai ter igual, aqui na Cidade Azul? Bom, pelo menos até outubro... Como descreveu a vó do Caetano, muito cosmopolita, by the way, parecíamos uns estancieiros na cidade grande, fazendo compras para toda a família. Ui, ainda bem que ninguém me conhece por aquelas plagas... (by Cíntia T.)

3.8.06

Loira, gelada e apelativa

Já fomos considerados os melhores do mundo na produção de comerciais inteligentes e criativos. Hoje, no entanto, a publicidade brasileira passa por um tétrico período de constrangimento e preconceitos. Que o diga o comercial da vergonhosa Skol, cuja agência não mede esforços nem poupa idéias imbecis na tentativa de cooptar uma fatia de mercado que talvez nem seja assim tão promissora, no fim das contas: são aqueles que, de tão tapados, conseguem enxergar graça e beleza em um filme que mostra um nordestino caricato fazendo as vontades do playboy amo-e-senhor descendente de europeus ao servir-lhe, na hora exigida, a cervejinha mais gelada do freezer. Segue a humilhação, atolada em preceitos neo-nazistas, um bordãozinho infeliz que, deus me livre e guarde, vai cair na boca da macacada - redôndja! Resta saber o que é mais ultrajante: comerciais xenofóbicos (vide os brasileiros que, num mundo perfeito, sempre tiram vantagem sobre argentinos); preconceituosos (contra garçons, nordestinos e garçons nordestinos) ou sexistas e/ou misóginos (mulheres sereias, A Boa, gostosas saradas que topam TUDO por uma gelada). Acho que entendi porque tanta gente está aderindo ao vinho, assim, subitamente... (by Cíntia T.)

2.8.06

Recife é uma festa

Ahhhhhhh, estava absolutamente sem notícias para relatar quando de repente, após algumas trocas de mensagem com Germana, the pernambuco girl, me vi em meio à possibilidade de pisar, mais uma vez, na queridíssima Recife! Yes! Com passagens da Gol sendo vendidas pela bagatela (sim, aqui eu uso a expressão bagatela sem ninguém pra encher o saco) de R$ 1, aí fica mais fácil tostar meu corpinho já dourado nas areias escaldantes de Porto de Galinhas. E dá-lhe Itamaracá, Coroa do Avião, Boa Viagem, ladeiras de Olinda, feirinhas, igrejonas e, claro, meu amado Shopping Recife na veia! Uhu! Tive a oportunidade dos sonhos de conhecer o litoral do Nordeste (quase) todo, há alguns anos, e só então pude me unir ao coro dos patriotas, que afirmam, categóricos: antes de conhecer o Exterior, conheça o Brasil, sempre, tudo o que puder. Devore o Brasil, percorra-o de alto a baixo, vasculhe-o. Germana, the pernambuco girl, é (bem) mais viajada que eu e também recomenda. Aí, só então, permita-se aquele tour básico pela Champs-Élysées (não deve ser nada mal, aliás). (by Cíntia T.)

...

Ai, que dia mais sem inspiração... tava aqui pensando que o grande desafio de se manter um blog sempre atualizado e minimamente interessante (será que é o caso?) é o fato de se ter um assunto diverso todos os dias, na ponta da língua, pronto para ser explanado. Mas, e quando absolutamente NADA de interessante, curioso ou revoltante te acometeu nas últimas 24 horas? Neste caso, o ideal é fazer o jerry seinfeld e ficar assim, enchendo linguiça e discursando sobre o nada... sorry, periferia. (by Cíntia T.)

1.8.06

Help

Gostaria de saber o porquê do nosso blog não ser lincado em sites como o Google. Quer dizer, até aparece, mas só depois de eu pesquisar utilizando um trecho bem grande de um texto qualquer do site. Afff, como é ruim ser uma completa ignorante em matéria de informática... e lincar blogs interessantes, alguma alma caridosa se habilita em me explicar como é que se faz? (by Cíntia T.)